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Cascavel,08/09/2024

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TSE desiste de mandar observadores à Venezuela


TSE desiste de mandar observadores à Venezuela

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu não enviar observadores para acompanhar as eleições do próximo domingo na Venezuela. A medida é uma reação às declarações do presidente Nicolás Maduro, candidato à reeleição, que afirmou que as eleições brasileiras não passavam por qualquer tipo de auditoria. A alegação é falsa, já que, como foi demonstrado ao longo da última eleição presidencial no Brasil, o sistema é auditável em todas as suas etapas. “Em face de falsas declarações contra as urnas eletrônicas brasileiras, que, ao contrário do que afirmado por autoridades venezuelanas, são auditáveis e seguras, o Tribunal Superior Eleitoral não enviará técnicos para atender convite feito pela Comissão Nacional Eleitoral [CNE] daquele país para acompanhar o pleito do próximo domingo”, disse em nota o TSE. (g1)

Num outro movimento similar ao do ex-presidente Jair Bolsonaro, semelhança que irritou o Planalto, o governo venezuelano convocou embaixadores latino-americanos para uma reunião e apresentou pesquisas que mostram ampla vantagem de Maduro na eleição de domingo, além de pedir que os representantes diplomáticos evitem “surfar na onda do já ganhou da oposição liderada por María Corina Machado”. (Globo)

O sistema eleitoral venezuelano, exaltado por Maduro em seu discurso, é bastante seguro do ponto de vista técnico — o que não impediu que houvesse manipulações em pleitos passados. Entenda como ele funciona. (Folha)

“Se Edmundo [González] ganhar, entregamos e seremos oposição. Pronto. Meu pai não nasceu sendo presidente”, disse Nicolás Maduro Guerra, filho de Maduro, em entrevista, acrescentando que o governo não tem qualquer pesquisa que indique uma derrota — ao contrário, seus números apontam para uma vitória por até 10 pontos percentuais. Há outras pesquisas que mostram González com 50% das intenções de voto. (El País e BBC Brasil)

O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, também descartou a ideia de um “banho de sangue” em caso de derrota do presidente, afirmando que as Forças Armadas respeitarão o resultado do pleito. “Vamos esperar a decisão do povo transmitida através da CNE e pronto. Quem ganhou, que comece seu projeto de governo, e quem perdeu que vá embora descansar. Isso é tudo”, garantiu. (CNN Brasil)

A dias da votação, Maduro vem se isolando cada vez mais. O ex-presidente da Argentina Alberto Fernández, que também havia sido convidado pela CNE para atuar como observador, disse em sua conta no X ter recebido um recado do governo pedindo que ele não viajasse ao país. O motivo seria o incômodo com o endosso de Fernández às declarações do presidente Lula, que se declarou “assustado” com a retórica agressiva do venezuelano. Em resposta a Lula, afirmou que quem se assustou deveria “tomar chá de camomila”. Apesar do mal-estar, o assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, embarca amanhã para Caracas a fim de acompanhar o pleito. Membros da diplomacia brasileira avaliam que Lula acertou em dar, no ano passado, um voto de confiança ao venezuelano, a fim de normalizar o diálogo e firmar que isso só se daria por meio de um processo eleitoral limpo. (Meio)

O presidente Lula lançou, em evento preparatório do G20 no Rio, a iniciativa Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, destinada a erradicar a fome no planeta. O projeto, que pretende ligar regiões necessitadas a países e entidades com disposição para custear ações locais, teria metade de seu custo bancado pelo Brasil. O ministro do Desenvolvimento, Wellington Dias, estima que o país desembolsará entre US$ 9 milhões e US$ 10 milhões até 2030. Os governos da Espanha e da Noruega já sinalizaram que pretendem participar da iniciativa, que será oficializada em novembro, durante a cúpula do G20. (UOL)

A desnutrição estava entre os principais assuntos da quarta-feira por conta da divulgação do relatório Estado da Segurança Alimentar e da Nutrição no Mundo, produzido por cinco agências da ONU. O documento mostrou que quase 31 milhões de brasileiros deixaram de passar fome entre 2021 e 2023, em comparação com o triênio encerrado em 2022. Apesar da melhora, o país não saiu do Mapa da Fome, pois 4% da população, cerca de 8,4 milhões de pessoas, ainda vivem na condição de subnutrição. Segundo a ONU, há 733 milhões de pessoas subnutridas no mundo. (Globo)

No evento do G20, Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltaram a defender a taxação global dos chamados “super ricos” para financiar ações contra a fome. O presidente salientou que alguns bilionários têm “programas espaciais próprios”, enquanto “pagam proporcionalmente menos impostos que a classe trabalhadora”. Já Haddad apresentou um estudo afirmando que, caso os super ricos pagassem 2% de imposto sobre seu patrimônio, o país poderia arrecadar entre “US$ 200 bilhões e US$ 250 bilhões por ano”. (Meio)

Meio em vídeo. Os memes contra o ministro Fernando Haddad não são apenas críticas legítimas que podem ser repetidas. São a manifestação genuína de uma democracia. Sim, mesmo que fossem orquestrados, ainda são parte do jogo. Pode-se criticar ministro quando se vive num regime livre, lembra Pedro Doria no Ponto de Partida. (YouTube)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um pronunciamento à nação para explicar o que o levou a desistir da candidatura à reeleição. Segundo ele, a decisão foi um ato em “defesa da democracia”. “Adoro esse cargo, mas amo mais o meu país”, afirmou. “A defesa da democracia, que está em jogo, é mais importante que qualquer título. Assim, decidi passar a tocha para uma nova geração.” Ele dedicou uma parte do pronunciamento à vice Kamala Harris, virtual candidata democrata às eleições: “Ela é experiente. É durona. É capaz. Tem sido uma parceira incrível para mim e uma líder para o país.” (CNN)

Em sua rede, a Truth Social, o republicano Donald Trump, criticou o pronunciamento do presidente. “O discurso do trambiqueiro Joe Biden no Salão Oval mal foi compreensível. Muito ruim”, escreveu. (Truth Social)

Não foi só a campanha eleitoral que mobilizou Washington nesta quarta-feira. Enquanto uma multidão protestava do lado de fora do Capitólio, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu discursou para senadores e deputados, afirmando que os dois países têm inimigos em comum. “Quando combatemos o Irã, estamos combatendo o mais radical e assassino inimigo dos Estados Unidos”, disse. Netanyahu foi recebido com festa pelos parlamentares republicanos, mas diversos democratas boicotaram seu discurso. A vice-presidente Kamala Harris, que preside o Senado dos EUA, alegou compromissos de campanha e não compareceu. (BBC)

As eleições americanas estão pegando fogo e não tem lugar melhor para você acompanhar essa disputa do que este Meio. Jornalistas com larga experiência no assunto, cientistas políticos com análises certeiras, curadoria de primeira do que é publicado a respeito aqui e lá fora. Assine o Meio Premium e fique por dentro da política nacional e mundial.

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Viver

O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) não levou na esportiva as críticas ao uniforme que a delegação brasileira usará na abertura dos Jogos de Paris, amanhã. Especialistas em moda classificaram as peças, feitas pela rede de lojas Riachuelo, como “conservadoras e estereotipadas”. “Não é a Paris Fashion Week, são os Jogos Olímpicos. Nosso foco está nisso”, reclamou Paulo Wanderley, presidente do COB. Já Gustavo Herbetta, diretor de marketing do comitê, afirmou que o uniforme tem elementos de brasilidade e foi feito por bordadeiras nordestinas. “Esse uniforme traz sustentabilidade no material, e elementos da moda parisiense, que algumas pessoas gostam mais, e outras pessoas gostam menos.” (UOL)

Serão 275 atletas brasileiros em Paris, mas a representação do país é desigual: 62% deles são da região Sudeste, sendo 95 de São Paulo e 54 do Rio de Janeiro. A cidade do Rio, sozinha, tem o total de competidores da região Nordeste inteira. O Norte conta com apenas 2 esportistas, Pedro Henrique Nunes, do atletismo, e Michael Douglas, do boxe. Sete atletas ainda têm dupla cidadania ou são naturalizados e competirão pelo Brasil. (Folha)

A abertura oficial é amanhã, mas a bola já rolou em Paris. No primeiro jogo do torneio de futebol masculino, o Marrocos venceu a Argentina por 2 a 1 em uma partida cheia de lances polêmicos. Os argentinos marcaram um gol de empate aos 16 minutos de acréscimo do segundo tempo, e houve uma invasão generalizada do campo. Os jogadores das duas seleções e os árbitros deixaram o gramado e durante mais de uma hora o site da Fifa dava a partida como encerrada em 2 a 2. Após duas horas de paralisação e a anulação do gol pelo VAR, o jogo foi reiniciado para os três minutos finais dos acréscimos. (ge)

Panelinha no Meio. Já que estamos em clima de Paris 2024, vamos fazer um clássico da gastronomia francesa, o cassoulet, uma espécie de feijoada da terra de Balzac. Para dar um toque brasileiro, uma farofinha de pão com ervas.

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Cotidiano Digital

O governo federal apura um ataque hacker ao Sistema Eletrônico de Informações (SEI), que contém os processos administrativos da União. A parte afetada do sistema é utilizada pelo Ministério da Gestão, outras oito pastas e dois órgãos federais. O incidente de segurança cibernética foi identificado na segunda-feira. O Ministério da Gestão informou que “o incidente se restringiu ao sistema multiórgão e algumas funcionalidades do Processo Eletrônico Nacional e que o SEI dos demais órgãos não foi afetado, assim como os serviços ofertados ao cidadão via Gov.br”. (UOL)

A Apple enfrenta uma nova investigação sobre práticas contrárias à concorrência na Europa, desta vez iniciada pela autoridade de concorrência da Espanha, a CNMC. A companhia é acusada de impor condições comerciais injustas aos desenvolvedores que utilizam a App Store para distribuir aplicativos aos usuários de iOS. Se a investigação confirmar as violações, a Apple pode levar uma multa de até 10% de seu faturamento anual global, mas a checagem da agência espanhola pode durar até dois anos. Desenvolvedores têm criticado a Apple por suas altas taxas, processos de revisão de aplicativos e governança, acusando a empresa de decisões arbitrárias e injustas. A Apple se defende alegando que suas regras são claras e visam proporcionar uma experiência segura e de alta qualidade. (TechCrunch)

Para ler com calma. Uma das apostas dos EUA para se manter como a maior economia do mundo é revitalizar sua indústria de semicondutores. Porém, as políticas protecionistas que o país implementou a partir de 2018 – tanto na cobrança de tarifas quanto na restrição ao ingresso de imigrantes – podem impedir que isso aconteça. O número de estudantes que terminam a faculdade com as habilidades necessárias para essa indústria, por exemplo, vem decrescendo ano a ano. (VoxEU)

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Cultura

Que fã de quadrinhos nunca sonhou em ver Wolverine e Deadpool juntos em um (bom) filme? A espera acaba hoje com a estreia do longa – somente para maiores – estrelado por Ryan Reynolds e Hugh Jackman. Os cinemas recebem ainda um drama sobre uma família japonesa em vias de ver sua vida pacata abalada. Uma comédia inglesa baseada em um fato inacreditavelmente real e um documentário sobre a vida em conventos nas duas maiores cidades brasileiras. Confira todas as estreias e veja os trailers no site do Meio. (Meio)

O mundo da música perdeu um gigante com a morte, aos 90 anos, do cantor e multi-instrumentista inglês John Mayall (Spotify), o homem que fez a transposição do Mississippi para o Tâmisa e despertou em uma geração de ingleses a paixão pelo blues. Nascido perto de Manchester em 1933, mudou-se para Londres aos 29 anos e fundou um grupo que definiria o gênero, o John Mayall & The Bluesbreakers (Spotify), pelo qual passaram jovens guitarristas que se tornariam lendas, como Eric Clapton, Peter Green, John McVie e Mick Taylor. Problemas com o álcool atrapalharam sua carreira ao longo dos anos 1970, mas seguiu lançando álbuns de alta qualidade por toda a vida e jamais abandonou os palcos. (AP)

Ainda Estou Aqui, novo filme do diretor Walter Salles, com Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro e inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, vai para a competição principal do Festival de Veneza, em setembro. O longa original do serviço de streaming GloboPlay ainda não tem data de lançamento ao público geral e também será exibido no festival de Toronto, no Canadá. O enredo conta a história da mãe de Rubens Paiva, que teve Alzheimer, e como ela lidou com a prisão e desaparecimento do marido na ditadura. Walter Salles e Fernanda Montenegro trabalharam juntos em Central do Brasil, que concorreu ao Oscar. (g1)



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