A articulação pela indicação de um nome de consenso para suceder Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara parece ter chegado ao fim. O vice-presidente da Casa e presidente do Republicanos, Marcos Pereira (ES), anunciou que Lula deu aval para Hugo Motta (Republicanos-PB) disputar a eleição em fevereiro. De acordo com o deputado, o petista disse que “não iria interferir no processo e não apresentou resistência”. Disse também que precisava conhecer Motta melhor e que o considerava muito jovem, por ter 34 anos. “Mas concordou com a minha escolha e disse que eu precisava apresentar este plano ao Lira também, mas que por ele não havia objeções. Sei que nem o Lira e nem o Lula querem uma disputa”, afirmou Pereira, acrescentando que Lira trabalharia para viabilizar essa solução. O mais novo candidato à vaga passou ontem mesmo por sabatinas informais com Lula e Jair Bolsonaro (PL). Nos dois encontros, segundo interlocutores, foi questionado sobre suas relações com a direita e a esquerda. (Globo) Motta é líder do Republicanos na Câmara e era visto como um dos nomes favoritos de Lira. Mas havia resistência no seu partido, pois Pereira planejava há alguns anos suceder o atual presidente e era um dos três principais nomes na disputa, junto com Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Antônio Brito (PSD-BA). Mas ele desistiu da candidatura na terça-feira. Com a reviravolta, caciques de MDB, União Brasil e PSD começaram a dialogar, conta Gerson Camarotti. As três legendas não descartam unir esforços em torno de um único nome. Isnaldo Bulhões (MDB-AL) também está no páreo. (g1) Tales Faria: “Elmar era tido como o nome de Lira para sua sucessão, da mesma forma que também figurou como o candidato da preferência do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia. Sentiu-se traído quando notou que Maia, na verdade, articulava para ele próprio ser reeleito. Agora circula no partido a versão de que o líder da sigla foi vítima da mesma traição. Além de sofrer restrições do PT na Bahia, Elmar teria outra dificuldade: sua legenda já tem o candidato mais forte a presidente do Senado. Davi Alcolumbre (AP) é considerado praticamente eleito pelos colegas”. (UOL) A reação à suspensão do X no Brasil e a avaliação do Supremo Tribunal Federal (STF) refletem a polarização no país, mostra pesquisa da AtlasIntel (íntegra) divulgada na noite de ontem. A retirada da plataforma é reprovada por 50,9% dos entrevistados e aprovada por 48,1%; 56,5% acreditam que ela teve motivação política, enquanto 41,7% acham que foi uma decisão técnica. A suspensão enfraquece a democracia para 54,4% e a fortalece para 44,9%. Por outro lado, 49,7% acreditam que o ministro Alexandre de Moraes está certo na polêmica, contra 43,9% que dão razão a Elon Musk. O bilionário sul-africano tinha obrigação de acatar as decisões do Supremo para 48,9% e deveria ignorá-las para 37,6%. Há uma maioria clara na rejeição à multa de R$ 50 mil a quem acessar o X via VPN: 64,5% são contra e 34,7% são a favor. A margem de erro é de dois pontos. (Meio) Musk tem desafiado não apenas a Justiça brasileira. Ele tem um histórico de conflitos com autoridades europeias. Organizações da sociedade civil do Velho Continente avaliam que, em democracias, empresas privadas não podem descumprir a lei. Mas alertam sobre a necessidade de proporcionalidade e os riscos das decisões de Moraes em relação ao X. (Deutsche Welle) “Pablo Marçal” e “PCC”. Pesquisas no Google pelos dois termos ganhavam tração na última sexta-feira, após a campanha do prefeito e candidato à reeleição em São Paulo Ricardo Nunes (MDB) sugerir que os eleitores fizessem essa busca. Mas a tendência se alterou após um suposto atentado contra o candidato do PRTB em um comício. Às 15h18m, a equipe de Pablo Marçal acionou a Polícia Militar e relatou a presença de um “homem armado”, que teria ameaçado o candidato e fugido. Após o episódio vir à tona, o interesse pela ligação entre Marçal e o PCC caiu, segundo dados do Google Trends, e a pesquisa sobre o atentado subiu. O candidato, porém, não mencionou qualquer arma no boletim de ocorrência. (Globo) E uma reportagem da Folha identificou doações suspeitas de R$ 25 mil à campanha de Marçal. Uma delas é de Danecleide Claudia da Silva, que morava em uma favela na zona norte da cidade quando foi selecionada como beneficiária de um conjunto habitacional. Ela recebeu auxílio aluguel até março de 2022. Outro homem, que ganhou auxílio emergencial na pandemia, doou exatamente o mesmo valor dois dias antes. Nesta eleição, Marçal já recebeu R$ 1,28 milhão de pessoas físicas. A lei eleitoral determina que essas doações não podem ultrapassar 10% dos rendimentos brutos do doador no ano anterior ao pleito. (Folha) Meio em vídeo. Marçal sempre chega de mansinho. Capial goiano, tão feliz de estar aqui. Aí começa a dar pontadas. Pequenos ataques. De leve. Provoca as pessoas a subirem o tom. É aí que ele cresce. E o que isso tem a ver com Xandão e liberdade de expressão? Entenda no Ponto de Partida, com Pedro Doria. (YouTube) Ordens aos gritos, prazos de trabalho inviáveis, crises de ansiedade e orientação para gravar reuniões em busca de divergências na equipe. Esses são relatos de ex-funcionários do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, alvo de denúncias de assédio moral e pedidos de demissão desde o início da gestão de Silvio Almeida, em janeiro de 2023. Em um ano, foram abertos dez procedimentos internos para apurar assédio moral — sete foram arquivados por “ausência de materialidade”, e três estavam abertos até julho passado. Além disso, 52 pessoas saíram do ministério no primeiro ano, sendo que ao menos 31 pediram demissão. Em nota, o ministério afirma que as informações são baseadas “em falsas suposições” e que “desenvolve diversas ações para prevenção e enfrentamento de assédios e discriminações”. (UOL) A dois meses das eleições presidenciais nos Estados Unidos, os seis principais campos de batalha têm perspectivas diversas, segundo pesquisas da CNN. Kamala Harris leva vantagem sobre Donald Trump entre os prováveis eleitores de Wisconsin (50% contra 44%) e Michigan (48% ante 43%), enquanto o republicano aparece à frente no Arizona (49% a 44%). Na Geórgia e em Nevada 48% apoiam Kamala e 47% preferem Trump, enquanto na Pensilvânia ambos aparecem com 47%. Joe Biden conquistou os seis estados em 2020. (CNN) |
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