Na primeira pesquisa do Datafolha após o início do horário eleitoral gratuito, a disputa pela prefeitura de São Paulo segue tecnicamente empatada. O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) aparece com 23%, mesmo número do levantamento anterior. O influenciador Pablo Marçal (PRTB) passou de 21% para 22%, enquanto o prefeito Ricardo Nunes (MDB) oscilou de 19% para 22%. Tabata Amaral (PSB) surge com 9%, pela primeira vez numericamente à frente de José Luiz Datena (PSDB), que tem 7%. Depois vêm Marina Helena (Novo, 3%) e Bebeto Haddad (DC) e Ricardo Senese (UP), ambos com 1%. Quanto à decisão sobre o candidato, 59% dizem estar certos de seu voto e 41% podem mudar. Em caso de alteração, a segunda opção de voto preferencial é por Boulos (18%), empatado com Nunes (17%) e Tabata (15%). Depois aparecem Datena (13%), Marçal (9%) e Marina Helena (8%). A margem de erro é de três pontos percentuais para cima ou para baixo. (Folha) E em um eventual segundo turno, Boulos e Nunes venceriam Marçal, segundo simulação feita em pesquisa do Datafolha. O atual prefeito também venceria o deputado federal. Em uma disputa entre Nunes e Marçal, o primeiro ganharia por 53% a 31%. Uma briga entre Boulos e Marçal seria mais apertada, 45% a 39%, com os números apontando empate no limite máximo da margem de erro. No embate Nunes contra Boulos, o resultado seria 49% a 37%. (Folha) O desempenho de Marçal nas pesquisas levou Nunes a rever sua estratégia de campanha. Investindo em um discurso mais ideológico, ele tem priorizado entrevistas a veículos identificados com a extrema direita, radicalizado em questões de costumes e criticado o regime da Venezuela, apesar da pouca relação do tema com o pleito municipal. Pode estar dando certo. Em agosto, Marçal saltou sete pontos. Agora, apenas um. Nunes subiu três. (Globo) Já no Rio de Janeiro, o candidato à reeleição, Eduardo Paes (PSD), passou de 56% para 59% das intenções de voto, mantendo-se na liderança. O segundo lugar está tecnicamente empatado: o deputado federal Alexandre Ramagem (PL) passou de 9% para 11%, enquanto o deputado federal Tarcísio Motta (PSOL) foi de 7% para 6%. (Folha) “Pelo menos é um nome novo”Marcelo Martinez
O Projeto Comprova lançou ontem um pacote de recursos para auxiliar jornalistas na cobertura das eleições municipais de outubro. Entre eles estão uma “caixa de ferramentas” com aplicativos para verificar conteúdos em todas as mídias, um manual sobre inteligência artificial voltado a esses profissionais e um serviço de mentoria gratuita com especialistas sobre a identificação de conteúdo falso ou suspeito. Liderado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, o Comprova reúne jornalistas de 42 veículos, entre eles o Meio, para descobrir, investigar e desmascarar conteúdos suspeitos nas redes. Observar a conversa política em mais de 80 mil grupos públicos de WhatsApp e Telegram é ver como a militância tenta manipular a massa. No começo da semana, circularam pelos apps de mensagem dezenas de postagens sobre Gusttavo Lima apoiando Pablo Marçal (PRTB), enquanto um grupo capitaneado por Caetano Veloso se alinhava com Guilherme Boulos (PSOL). Depois, veio a onda de elogios à esposa do candidato do PRTB frente às críticas à mulher de Ricardo Nunes (MDB). No Rio, o confronto físico entre um candidato a prefeito do União Brasil e um candidato a vereador pelo PT chamou atenção, só perdendo em popularidade para o pastor de Michelle Bolsonaro, que acolheu em seu templo e orou para dois nomes da disputa eleitoral da cidade no mesmíssimo dia. Assine a Ebulição, da Lupa. O presidente Lula negou ontem que tenha um candidato para suceder Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara dos Deputados. “A presidência da Câmara é da responsabilidade dos partidos políticos. A presidência do Senado é da responsabilidade dos partidos políticos”, disse a uma rádio mineira. Lula tem evitado entrar publicamente na disputa, mas tem participado das negociações nos bastidores. Nesta semana, recebeu no Palácio do Planalto Marcos Pereira (Republicanos-SP) que indicou Hugo Motta (Republicanos-PB) como candidato e que também foi recebido por Lula. O petista conversou ainda com Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, que tem como candidato Antônio Britto (PSD-BA). (UOL) União Brasil e PSD avaliam um pacto para enfrentar Motta. O líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA), que é candidato, reuniu-se na quarta-feira com Kassab e falou por telefone com Brito ontem. Combinaram que os dois partidos vão manter as candidaturas, pois faltam cinco meses para a votação, mas o melhor seria somar forças contra Motta. (Globo) O ministro do Supremo Tribunal Federal Kassio Nunes Marques indicou ontem que mandará para o plenário da Corte as ações do Novo e da OAB questionando, respectivamente, a suspensão do X no Brasil e a multa de R$ 50 mil para quem acessá-lo via VPN. As duas medidas foram tomadas por Alexandre de Moraes e confirmadas pela Primeira Turma. Em seu despacho, Nunes Marques disse que a questão é “sensível e dotada de especial repercussão para a ordem pública e social”. Ele deu cinco dias para que a Advocacia-Geral da União e à Procuradoria-Geral da República se manifestem. A expectativa é de ao menos a suspensão do X seja mantida. (g1) Meio em vídeo. Com a suspensão do X no Brasil, duas redes despontam como alternativas para o internauta brasileiro: BlueSky e Threads. Pedro Doria e Cora Rónai discutem qual das duas é a melhor. (YouTube) A esquerda francesa ganhou, mas não levou. Após dois meses de impasse, o presidente Emmanuel Macron nomeou como primeiro-ministro um político de direita, Michel Barnier, do partido Republicanos. A nomeação provocou protestos na coalizão de esquerda Nova Frente Popular (NFP), que foi o grupo mais votado nas eleições parlamentares, mas não conseguiu a maioria. Barnier não vai ter uma vida fácil. Somados, seu partido e a aliança de centro de Macron têm 213 das 577 cadeiras no Legislativo, o que exigirá uma composição com a esquerda ou com a extrema direita do Reagrupamento Nacional. (BBC) |
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