Macaé Evaristo, deputada estadual pelo PT de Minas Gerais, aceitou o convite do presidente Lula para assumir o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania no lugar de Silvio Almeida, demitido por denúncias de assédio sexual. Ela reuniu-se com Lula ontem no Palácio da Alvorada, junto com a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, e com a ministra interina Esther Dweck, que também comanda Gestão e Inovação. A posse deve ocorrer até semana que vem, depois de Macaé se licenciar do atual cargo. A escolha de uma mulher negra para a pasta é uma forma de Lula responder à crise. (Globo) A futura ministra defendeu a apuração das acusações contra Almeida, garantindo privacidade e sigilo sobre os fatos, principalmente das pessoas lesadas, entre elas a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. “Quanto às denúncias, é muito importante que os órgãos responsáveis façam as apurações devidas”, disse. “Acho que é preciso garantir o direito dos denunciantes, [mas] também o amplo e pleno direito de defesa.” (Folha) Prima da escritora Conceição Evaristo, Macaé é professora desde os 19 anos e coordenou programas voltados à inclusão de indígenas e negros no ensino superior. É graduada em Serviço Social, mestre e doutoranda em Educação. Está em seu primeiro mandato como deputada estadual e elegeu-se vereadora de Belo Horizonte em 2020. Foi a primeira mulher negra a ocupar a Secretaria de Educação da capital mineira, entre 2005 e 2012, e do estado, de 2015 a 2018. No governo de Dilma Rousseff, foi titular da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. (g1) Mas Macaé também é ré na Justiça mineira por superfaturamento na compra de kits de uniformes escolares em 2011, quando secretária de Educação de BH. Ela afirmou que não houve decisão judicial na ação, contestada por sua defesa, e que segue “tranquila e consciente do compromisso com a transparência e correta gestão dos recursos públicos”. Também foi acionada judicialmente por sobrepreço na compra de carteiras escolares quando secretária estadual de Educação entre 2015 e 2018. Nesse caso, fez um acordo com o Ministério Público para encerrar o processo e pagou multa de R$ 10,4 mil. (Estadão) Meio em vídeo. Há denúncias reais de importunação e assédio sexual contra Almeida. Será que há espaço para termos uma conversa franca sobre como este processo se deu? Confira no Ponto de Partida, com Pedro Doria. (YouTube) Congressistas da oposição entregaram ontem pessoalmente ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), um novo pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Pacheco disse que tomará uma “decisão fundamentada” que considerará “critérios técnicos e políticos”. Cerca de 150 congressistas são favoráveis ao impeachment. E uma petição virtual acumulava 1,4 milhão de assinaturas até a tarde de ontem pedindo sua saída. Ele acumula outros 23 pedidos de destituição no Senado. (Poder360) A Justiça Eleitoral de São Paulo rejeitou os pedidos de indeferimento da candidatura de Pablo Marçal (PRTB) à prefeitura de São Paulo apresentados pelo PSB e por integrantes do próprio partido do ex-coach. O secretário-geral do diretório nacional do PRTB, Marcos André de Andrade, alegava que Marçal não tinha autorização da cúpula da legenda para fazer a convenção que formalizou sua candidatura, enquanto o PSB questionava o fato de a filiação ao partido ter ocorrido menos de seis meses antes da convenção. (Folha) O Brasil vai se unir à Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Paraguai e Peru para denunciar violações de direitos humanos cometidas pelo regime nicaraguense de Daniel Ortega às Nações Unidas, conta Jamil Chade. Além da expulsão, em agosto, do embaixador brasileiro de Manágua, uma câmara de comércio brasileira foi fechada e Lula passou a ser alvo de ataques em discursos oficiais. Em resposta, o Brasil expulsou de Brasília a embaixadora da Nicarágua. (UOL) O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou ontem que vai encerrar o processo contra Edmundo González, candidato presidencial da oposição. Ligada ao governo de Nicolás Maduro, a Procuradoria-Geral pediu a prisão de González por crimes eleitorais e incitação ao terrorismo por divulgar cópias das atas de votação mantidas em sigilo pelo governo. O pedido foi aceito pela Justiça. Além de afirmar que o exílio de González na Espanha mudou a situação processual do caso, Saab alegou que as pressões para que ele deixasse o país vieram também de María Corina Machado, principal líder opositora. Os advogados do candidato negam a afirmação e dizem que seu cliente sofria ameaças constantes. (CNN Brasil) María Corina afirmou ontem que permanecerá no país. Ela está escondida desde o começo de agosto. A oposição teme que a saída de González enfraqueça o movimento. (g1) |
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