Segue imprevisível a corrida eleitoral em São Paulo. Segundo a AtlasIntel, Guilherme Boulos (PSOL) está na frente com 28% das intenções de voto, seguido por Pablo Marçal (PRTB), com 24,4%. O atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), aparece em terceiro com 20,1%. É a primeira vez que Marçal ultrapassa Nunes fora da margem de erro, de dois pontos percentuais. Em cenários de segundo turno, Boulos e Marçal empatam tecnicamente, mas Nunes vence os dois. Já a Quaest segue indicando empate técnico triplo: Nunes lidera com 24%, seguido de Marçal com 23% e Boulos (PSOL) com 21%. Entre os três, Boulos foi o único a oscilar negativamente em relação ao levantamento anterior, passando de 22% para 21%. (Terra e g1) Meio em vídeo. A disputa embolada entre Marçal, Nunes e Boulos é tema do Conversas com o Meio desta semana. Flávia Tavares, editora-chefe do Meio, entrevista Luciana Chong, diretora-geral do Datafolha, que fala do funcionamento das avaliações, das intenções de voto e dos desafios dos institutos de pesquisa. (YouTube) A votação de um projeto de lei que trata da anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 gerou embate entre grupos políticos ligados ao presidente Lula (PT) e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A matéria é pano de fundo para a disputa pela sucessão de Arthur Lira (PP-AL) no comando da Câmara. Do lado governista, Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Antonio Brito (PSD-BA) tentaram inviabilizar a votação na Comissão de Constituição e Justiça, com apoio do PT, enquanto Hugo Motta (Republicanos-PB), aliado de Bolsonaro, trabalhou para aprovar o projeto. A votação foi interrompida pela sessão no plenário, que adiou a decisão. (Folha) Enquanto isso... Lira confirmou nesta quarta-feira a líderes partidários que pretende indicar Hugo Motta como seu candidato à sucessão no comando da Casa. “Não cabe debater a questão governo versus oposição, mas tão somente garantir a escolha de um nome que assegure o funcionamento harmônico e independente do Poder Legislativo”, disse em nota após um almoço com os líderes. O encontro aconteceu no mesmo dia em que Elmar se reuniu com o presidente Lula para tentar evitar o apoio do Executivo a Motta. (Poder360) O procurador-geral da República, Paulo Gonet, emitiu parecer nesta quarta-feira defendendo que o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeite sem analisar o mérito as ações do Novo e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) contra, respectivamente, a suspensão do X no Brasil e a multa para quem o acessar via VPN. O bloqueio à plataforma e a cobrança foram determinados pelo ministro Alexandre de Moraes e confirmados pela Primeira Turma do STF, o que, na avaliação de Gonet, corresponde a uma decisão do próprio tribunal. As duas ações estão sob relatoria do ministro Nunes Marques, que pediu posicionamento à PGR e à Advocacia Geral da União (AGU). (Folha) Contrariando pesquisas com eleitores e avaliações de especialistas, o ex-presidente Donald Trump afirma que venceu o debate de terça-feira com a vice-presidente Kamala Harris. Em entrevista ao canal conservador Fox News, chegou a dizer que foi “o melhor debate” de que já participou e criticou duramente os mediadores da rede ABC por desmentirem suas afirmações aos longo do programa. Ele chamou a emissora de “a mais desonesta empresa de comunicação” e defendeu a cassação de sua concessão de TV. (Guardian) E o presidente Joe Biden provocou surpresa ao colocar por alguns instantes um boné de campanha de Trump durante um evento com bombeiros para lembrar os atentados de 11 de setembro de 2001. Biden falava sobre a união nacional que se seguiu aos ataques quando um bombeiro apoiador do republicano pediu que ele colocasse o boné “em nome do bipartidarismo”. (Newsweek) Meio em vídeo. Kamala Harris venceu o debate contra Donald Trump, ontem à noite. Se isso vai afetar a eleição, não está claro, mas sua tática muda o jeito de enfrentar a extrema direita. E isso pode ser uma lição para o Brasil, conta Pedro Doria no Ponto de Partida. (YouTube) Para ler com calma. Quatorze dos 18 estados do Sudão, terceiro maior país africano, são campos de batalha na guerra entre as Forças Armadas Sudanesas (SAF), lideradas pelo general e presidente de fato Abdel Fattah al-Burhan, e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF), comandado por Mohamed “Hemeti” Dagalo. Já são mais de 150 mil mortos na guerra mais devastadora do mundo. A ONU acusa os dois lados de cometerem crimes contra a humanidade e sugere a formação de uma força militar de paz para proteger a população. Mas o Ministério das Relações Exteriores do país rejeitou a ideia. (Financial Times) Morreu nesta quarta-feira vítima de câncer, aos 86 anos, o ex-presidente do Peru Alberto Fujimori. Filho de imigrantes japoneses, ele foi eleito em 1990. Dois anos depois, em meio a uma crise com o Legislativo e com alta popularidade por conta do sucesso de sua política econômica e do combate à guerrilha de esquerda, aplicou um autogolpe. Governou o Peru até 2000, quando renunciou e fugiu para o Japão. Em 2005, durante uma viagem ao Chile, foi preso, extraditado e levado a julgamentos por violações dos direitos humanos, sendo condenado a 25 anos de prisão. Foi solto em 2023, já doente, por uma decisão judicial. (g1) |
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