Apesar dos apelos internacionais por uma distensão, o conflito entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah se intensificou ao longo do fim de semana, a ponto de a coordenadora especial da ONU no Líbano, Jeanine Hennis-Plasschaert, afirmar que o Oriente Médio está diante de uma “catástrofe iminente”. Já o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que “fará o que for necessário para evitar a eclosão de uma guerra aberta”. Segundo fontes militares israelenses, cerca de 150 mísseis foram lançados contra o norte do país entre sábado e domingo por militantes do Hezbollah com alcance maior que o normal, atingindo áreas próximas à cidade de Haifa. Israel tem respondido com bombardeios a bases de lançamento dos militantes no Sul do Líbano. Ontem, Benjamin Netanyahu disse que tomará “qualquer medida para garantir a segurança” da região. (BBC) O Hezbollah, por sua vez, disse que trava “uma batalha aberta de acerto de contas” com Israel. O conflito de décadas entre o grupo xiita e o governo israelense se agravou após os ataques terrorista do Hamas em 7 de outubro de 2023 e a invasão da Faixa de Gaza. Na semana passada, uma ação de sabotagem – não assumida oficialmente por Israel – fez explodirem pagers e radiocomunicadores usados pelos militantes libaneses, matando 42 pessoas. O Hezbollah respondeu com mísseis e, na sexta-feira, Israel bombardeou um prédio residencial em Beirute, deixando 44 mortos, entre eles o comandante do braço armado do grupo xiita, mas também mulheres e crianças. (Guardian) E o dia amanheceu com novos bombardeios no Sul do Líbano. Um civil morreu e seis ficaram feridos até o momento. Israel enviou por telefone nesta segunda-feira milhares de mensagens gravadas à população libanesa recomendando a todos que deixassem suas casas. O ministro da Informação do Líbano, Ziad Makari, disse que as ligações são uma estratégia de “guerra psicológica”. (Guardian) Enquanto isso... Netanyahu tem em mãos um plano para expulsar toda a população civil do norte de Gaza, incluindo a capital. O documento foi elaborado por um grupo de generais da reserva e tem como objetivo apertar o cerco ao Hamas, que mantém cerca de 100 reféns israelenses. Centenas de milhares de palestinos ainda vivem na região, e o plano israelense não prevê como e quando – ou mesmo se – a população civil poderia voltar para casa. (CNN) O presidente Lula criticou em Nova York neste domingo o que chamou de falta de “ambição e ousadia” dos países para resolver problemas como o aquecimento global. Ao participar da Cúpula do Futuro, evento paralelo à Assembleia-Geral das Nações Unidas, cobrou investimentos de países desenvolvidos em ações para mitigar a crise climática. E voltou a criticar a legitimidade do Conselho de Segurança. “O Sul Global não está representado [no conselho] de forma condizente com seu atual peso político, econômico e demográfico”, disse. Lula também enfatizou a necessidade de se cumprirem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), segundo ele “o maior empreendimento diplomático dos últimos anos”, mas que caminham para um “fracasso coletivo”. “No ritmo atual, apenas 17% das metas da Agenda 2030 serão atingidas”, afirmou. (Globo) Alexandre de Moraes decidiu no sábado manter o bloqueio do X no país, mesmo com a indicação de um representante legal da plataforma no Brasil. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) deu prazo de cinco dias para que a rede de Elon Musk entregue mais documentos e comprove a regularidade de suas operações. Também pediu que, em 48 horas, órgãos do governo como a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Polícia Federal atualizem a situação cadastral da firma. Na sexta-feira, o X comunicou ao STF a indicação da advogada Rachel Villa Nova Conceição como sua representante legal no Brasil. Ela já havia representado a rede em processos judiciais antes que Musk decidisse fechar o escritório do X no país. Para Moraes, as informações apresentadas não são suficientes para que o X seja autorizado a operar novamente. (g1) Características da esquerda, as candidaturas coletivas em partidos de direita e de centro dobraram nas eleições deste ano, com 26% dos “mandatos coletivos” disputando o pleito contra 13% de quatro anos atrás, segundo o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc). Entre as siglas que aderiram à modalidade estão União Brasil, Republicanos, PSDB, PRD, PL, MDB e PP. As legendas de esquerda continuam dominando o modelo, mas caíram de 83% para 74% das candidaturas em grupo. Siglas desse campo político popularizaram o formato em 2020 como estratégia para aumentar a força eleitoral de mulheres, negros e da comunidade LGBTQIA+. Naquele ano, foram eleitos 24 mandatos pelo país. O modelo foi reconhecido pelo TSE em 2022, mas a minirreforma eleitoral aprovada pela Câmara no ano seguinte o proíbe. O texto ainda tem de ser analisado pelo Senado. (Folha) Após perder espaço para Ricardo Nunes (MDB) entre os eleitores evangélicos, o candidato a prefeito de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, chamou um encontro virtual com pastores e líderes religiosos para hoje. Pesquisa do Datafolha divulgada na quinta-feira mostrou que o influenciador recuou cinco pontos percentuais entre os evangélicos em uma semana, passando de 31% para 26% das intenções de voto, enquanto Nunes avançou de 29% para 32%. Essa é a primeira vez em cinco semanas que o emedebista aparece numericamente à frente de Marçal nesse segmento. (Estadão) Ainda na tentativa de conter danos, Marçal admitiu a apoiadores que fez “uma cena” na ambulância que o levou a um hospital de São Paulo após levar uma cadeirada do apresentador José Luiz Datena (PSDB). Em imagem divulgada nas redes sociais, o candidato aparecia dentro do veículo de olhos fechados e com máscara de oxigênio, embora tivesse sofrido ferimentos leves. “Eu precisava daquela ambulância. Eles queriam fazer uma cena”, disse, referindo-se à sua equipe. A pesquisa do Datafolha, realizada após o incidente, mostrou a rejeição a Marçal chegando a 47% do eleitorado. (UOL) Marçal estagna nas pesquisas
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