Faltando apenas três dias para as eleições municipais, a Rede Globo realizou na noite de quinta-feira debates entre os candidatos mais bem colocados nas pesquisas das capitais. Em São Paulo, onde há um empate técnico triplo, o confronto (íntegra) até começou com propostas, mas descambou para ataques, ou melhor, defesas. Guilherme Boulos (PSOL), alvo de acusações de uso de drogas, apresentou um exame toxicológico negativo, enquanto Ricardo Nunes (MDB) levou um boletim de ocorrência para desmentir acusações de violência doméstica. Tabata Amaral (PSB) disse que Pablo Marçal (PRTB) usava um “gesso cenográfico” para simular um ferimento pela cadeirada que levou de Datena (PSDB) em um debate anterior. (g1) No Rio, o prefeito Eduardo Paes (PSD), líder nas pesquisas, foi o alvo prioritário dos demais candidatos (íntegra), especialmente sobre suas alianças políticas, corrupção e segurança – uma atribuição prioritariamente estadual. Paes defendeu sua gestão, enquanto Alexandre Ramagem (PL) fez acenos a camelôs e procurou se distanciar do governador Caio Castro, de seu partido. Tarcísio Motta (PSOL) criticou os pedidos por “voto útil” no prefeito. (g1) Veja também como foram os debates em Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e outras cidades no país. E confira o que foi verdade, o que foi mentira e o que ficou no meio do caminho nos debates em São Paulo, Rio e Porto Alegre. (Lupa) Reta final vale tudoMarcelo Martinez
Nova pesquisa do Datafolha divulgada ontem, apenas três dias antes das eleições, mantém o triplo empate técnico na disputa pela prefeitura de São Paulo. O cenário, no entanto, está mais embolado do que no levantamento anterior. Guilherme Boulos (PSOL) aparece na frente, com 26%, um ponto percentual a mais do que há uma semana. Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB), ambos com 24%, vêm em seguida. Mas enquanto o atual prefeito recuou três pontos percentuais, o ex-coach avançou exatamente na mesma proporção. Os dois disputam o eleitorado à direita e ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Tabata Amaral (PSB) avançou de 9% para 11% e José Luiz Datena (PSDB) recuou de 6% para 4%. Ao analisar apenas os votos válidos – sem brancos e nulos –, os únicos considerados pela Justiça Eleitoral para calcular os resultados, Boulos aparece com 29%, seguido por Nunes e Marçal, com 26% cada um. Nessa leitura, os três também estão tecnicamente empatados. Já Tabata tem 12% e Datena, 4%. A margem de erro é de dois pontos percentuais. (Folha) E a rejeição a Marçal voltou a crescer, passando de 48% para 53%. O segundo mais rejeitado é Datena, que avançou de 36% para 39%, ultrapassando Boulos, que manteve os 38% de uma semana antes. A taxa de Nunes também acelerou, indo de 21% para 23%. (Folha) Assim como na sondagem anterior, Marçal aparece com dificuldades no segundo turno. Nunes venceria Boulos por 52% a 37% e o influenciador, por 56% a 28%. O psolista também derrotaria o ex-coach, mas por 48% a 36%. (g1) Lauro Jardim: “Nos arraiais do petismo já se esboça a articulação para a criação de ‘uma frente ampla contra o fascismo’ igual à que foi formada em 2022 em torno de Lula. Em 2022, o fascismo atendia por Jair Bolsonaro; agora, tem outro nome e sobrenome, Pablo Marçal. Este será o tom do discurso da esquerda se Marçal bater Nunes e for para o segundo turno contra Boulos”. (Globo) No Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes (PSD) mantém a liderança, mas viu sua vantagem cair em relação a Alexandre Ramagem (PL). Ele passou dos 59% registrados nas duas últimas pesquisas para 54% das intenções de voto. Ramagem manteve a tendência de alta, chegando a 22%. Há duas semanas, ele tinha 17% e há um mês, 11%. Já Tarcísio Motta (PSOL) encolheu de 7% para 4%. Considerando apenas os votos válidos, o atual prefeito tem 63%, Ramagem, 25% e Tarcísio, 5%. A margem de erro é de três pontos percentuais. (Folha) Já a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Cármen Lúcia, defendeu que o pleito municipal ocorra com “tranquilidade democrática e civismo responsável” e pediu aos eleitores que não depositem nas urnas seus “dissabores na vida ou ideológicos”. Ela destacou que a Justiça Eleitoral já tomou as providências necessárias para evitar transtornos no dia da eleição, garantindo a locomoção dos eleitores e o livre acesso aos locais de votação. (Poder360) Aniversário do Meio. O ano era 2021, Bolsonaro era nosso projeto de autocrata no poder, Trump já havia deixado a Casa Branca e visto sua tentativa de golpe fracassar. Na Edição de Sábado, que abrimos para todos os assinantes hoje, Pedro Doria partia do livro Como As Democracias Morrem, dos cientistas políticos Steven Levitsky e Daniel Ziblatt, para tentar entender o reverso da tese dos americanos: como as democracias sobrevivem. Morreu ontem o ex-prefeito do Rio de Janeiro Roberto Saturnino Braga, aos 93 anos. Ele estava hospitalizado sob cuidados paliativos devido a uma doença pulmonar obstrutiva crônica. Iniciou a carreira como deputado federal em 1963, mesmo cargo do pai e do avô. Em 1966, sua candidatura à reeleição foi impugnada pela ditadura. Foi senador de 1975 a 1985 após se filiar ao MDB. Em 1986, foi eleito prefeito do Rio pelo PDT, o primeiro após a redemocratização. Desentendimentos com Leonel Brizola o levaram a romper com o partido e se filiar ao PSB. Também foi vereador no Rio e secretário de Desenvolvimento Econômico de Niterói. Em 1998, voltou ao Senado, onde encerrou a carreira política. (g1) Israel realizou na noite de ontem mais um bombardeio pesado a Beirute, agora tendo como alvo Hashem Safieddine, provável sucessor de Hassan Nasrallah na liderança da milícia xiita Hezbollah. Fontes militares israelenses dizem que Safieddine estaria em um bunker na capital libanesa, mas ainda não há confirmação por parte do grupo islâmico. Nasrallah foi morto em outro ataque aéreo na semana passada (New York Times) O Exército libanês anunciou ontem que seus soldados trocaram tiros com militares israelenses pela primeira vez desde o início da incursão de Israel. Até então, os combates se deram exclusivamente entre as tropas do país vizinho e militantes Hezbollah. Em publicação no X, o comando do Exército do Líbano disse que forças de Israel atiraram contra um posto militar de Bint Jbeil, matando um soldado, e que a guarnição respondeu. Segundo analistas, é improvável que o incidente leve a um envolvimento direto das Forças Armadas regulares do Líbano no conflito, visto como uma questão entre Israel e a milícia apoiada pelo Irã. (Guardian) O presidente americano, Joe Biden, deixou a porta aberta para um ataque israelense às estruturas petrolíferas do Irã. Ao ser perguntado por jornalistas se apoiaria esse tipo de ataque, respondeu: “Estamos discutindo isso, mas não vai acontecer nada hoje; falaremos sobre isso mais tarde”. E o petróleo fechou em alta de 5%. Na véspera, o democrata deixou claro que não apoiaria um ataque de Israel às instalações nucleares iranianas. (CNN) Isabel Kershner: “Um ano depois do que talvez tenha sido o pior desastre militar e de inteligência de Israel, os militares estão reabilitando sua imagem. Pesquisa realizada nesta semana pela Universidade de Tel Aviv mostrou que 87% da população judaica de Israel tem uma confiança elevada ou muito elevada nos militares. Apenas 37% expressaram tais níveis de confiança em relação ao premiê, Benjamin Netanyahu.” (New York Times) Meio em vídeo. Faltando um mês para as eleições americanas, uma parte do novo livro de memórias de Melania Trump ganhou o noticiário e pode se transformar num grande incômodo na campanha do seu marido. A ex-primeira-dama dos Estados Unidos declara ser a favor do aborto, posição contrária à de seu marido Donald Trump e do Partido Republicano. Veja o que diz Mariliz Pereira Jorge na coluna De Tédio a Gente Não Morre. (YouTube) |
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