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Cascavel,22/12/2024

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Musk cumpre todas as ordens e Moraes autoriza volta do X


Musk cumpre todas as ordens e Moraes autoriza volta do X

Após 39 dias de bloqueio, o X voltará a funcionar no Brasil. A liberação foi aprovada ontem pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, depois do pagamento de R$ 28,6 milhões em multas e da indicação de um representante legal da plataforma no país. Moraes determinou que a decisão seja cumprida em 24 horas (até a tarde de hoje). Mas, a depender do provedor de internet e do meio de acesso, pode demorar mais para alguns usuários. A empresa de Elon Musk comemorou o retorno. “O X tem orgulho de estar de volta. Proporcionar a dezenas de milhões de brasileiros acesso à nossa plataforma indispensável foi prioridade durante todo este processo”, afirmou. A volta dos brasileiros ao antigo Twitter também rendeu memes na plataforma, no Bluesky e no Threads, que serviram como alternativa para os “órfãos” da rede social. (g1)

Com o X regularizado, surgem questões sobre seu futuro no Brasil. Do ponto de vista legal, analistas destacam que é preciso observar como a rede vai se comportar. E especialistas dizem que o conjunto de ferramentas do X e as comunidades já estabelecidas devem fazer com que haja um movimento de retorno em massa à plataforma. (Estadão)

Thiago Bronzatto: “O recuo de Musk foi um avanço na discussão dos limites da atuação das redes sociais no Brasil. Durante as invasões às sedes dos Três Poderes, algumas plataformas transmitiram em tempo real os ataques à democracia, estimulando e monetizando o algoritmo da barbárie. A falta de responsabilização abriu uma brecha para o populismo digital extremista mover as engrenagens da desinformação. Ao enquadrar o X, o STF estancou a sensação de que o poder econômico do dono da plataforma gozava de imunidade perante os tribunais.” (Globo)

Como esperado, o nome de Gabriel Galípolo foi confirmado ontem como próximo presidente do Banco Central. Após ser aprovado por unanimidade na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o economista passou com facilidade pelo crivo do plenário da Casa: 66 votos a cinco. É o placar com maior folga desde 1999, quando Chico Lopes obteve 67 votos a favor e três contrários. Para assumir a autoridade monetária em 1º de janeiro, o indicado do presidente Lula precisava de maioria simples. (UOL e Globo)

Nas cerca de quatro horas de sabatina na CAE, Galípolo foi questionado sobre a taxa de juros, possíveis pressões políticas, autonomia da instituição e até mesmo bets. Ele disse ter frustrado expectativas de que representaria Lula em disputas com o atual chefe do BC, Roberto Campos Neto, e destacou sua boa relação com ambos. Também sugeriu uma melhoria na comunicação da autoridade monetária para esclarecer sua autonomia e seu objetivo de seguir as metas de inflação. (Valor)

Enquanto Galípolo era sabatinado, Lula afirmou a uma plateia de empresários do agronegócio e dos combustíveis renováveis, que a taxa de juros está alta, mas cairá. Lula se disse satisfeito com os resultados da economia, mas reclamou da Selic. (Estadão)

Alvaro Gribel: “Coube ao senador oposicionista Marcos Rogério (PL-RO) dar o melhor recado a Galípolo durante sua sabatina: ‘Vossa senhoria sabe como está entrando para a presidência do BC, mas, se vai sair como Mantega (no caso, o correto seria dizer Alexandre Tombini) de Dilma, ou com a imagem de Meirelles, de Lula, ou Campos Neto, de Bolsonaro, são suas escolhas que vão decidir’, afirmou. Pela sabatina, Galípolo passou fácil. Seu grande desafio será desempenhar o papel de equilibrista, ignorando as pressões que certamente vão acompanhar os seus quatro anos de mandato.” (Estadão)

O presidente Lula vai gastar a sola do sapato neste mês para visitar as cidades mais importantes onde o PT e seus aliados estão no segundo turno. Nesta semana, ele estará em Fortaleza e Belém. Na próxima, em Porto Alegre e Belo Horizonte. Lula também deve ir a Natal. Mas o foco principal, é claro, é na maior cidade do país, São Paulo, onde Guilherme Boulos (PSOL) enfrenta Ricardo Nunes (MDB) nas urnas. (UOL)

Silas Malafaia, um dos mais extremados líderes evangélicos do país, chamou Jair Bolsonaro (PL) de covarde, revela Mônica Bergamo. “Que porcaria de líder é esse?”, indagou diante do que classifica como omissão do ex-presidente nas eleições municipais. Para ele, Bolsonaro não se engajou de fato na campanha de Nunes por medo de perder para Pablo Marçal (PRTB), que ficou em terceiro. (Folha)

No Meio Político, que sai às 11h para assinantes premium, Wilson Gomes se debruça sobre a guinada à extrema direita, que se revelou contagiosa, com um número cada vez maior de populações de importantes democracias no mundo decididas a apoiar candidatos que exibem com orgulho o seu radicalismo e a sua vocação autocrática. E avalia que, no Brasil, o pêndulo político não dá sinais de que vá voltar ao padrão pré-2016 e que é preciso olhar para o fenômeno sem ilusões.

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Orlando Pedroso

Para ler com calma. Em War (Guerra), seu mais recente livro, o jornalista americano Bob Woodward, da dupla que revelou o caso Watergate, conta que Donald Trump manteve contato frequente com o russo Vladimir Putin após deixar a Casa Branca. O texto mostra ainda a frustração do presidente Joe Biden com o premiê israelense Benjamin Netanyahu. (AP)

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Evolução Energética

A emergência climática afeta a qualidade de vida global, mas evidências recentes apontam que impacta de forma mais acentuada as mulheres devido às desigualdades de gênero preexistentes. Segundo a ONU Mulheres, o gênero feminino representa uma parcela significativa da população pobre no mundo, sendo mais vulneráveis a fenômenos climáticos extremos. Na semana passada, o Governo federal promoveu o evento “Mulheres na Transição Energética” em Foz do Iguaçu (PR), reunindo autoridades como a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Durante o encontro, a ministra destacou a necessidade de garantir tanto o acesso à energia, quanto a presença feminina em debates e decisões sobre transição energética. “Há muitas mulheres que ainda não têm acesso à energia”, afirmou. (Além da Superfície)

O presidente Lula sancionou ontem a lei que cria os programas nacionais de diesel verde, de combustível sustentável para aviação e de biometano. Conhecido como o “combustível do futuro”, o programa, liderado pelo Ministério de Minas e Energia, busca incentivar a menor emissão de carbono dos setores de transporte e mobilidade. A expectativa é que a medida atraia R$ 260 bilhões em investimentos e evite a emissão de 705 milhões de toneladas de CO² até 2037. (Metrópoles)

Meio em vídeo. No Pedro+Cora, o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás, Roberto Ardenghy, fala sobre a importância do petróleo brasileiro no processo de menor emissão de carbonos global. Para o IBP, a descarbonização não é um mundo sem hidrocarbonetos, pois ainda há dependência energética dos combustíveis fósseis. É preciso fazer uma transição sustentável. Veja o vídeo e saiba mais. (YouTube)

Já recebeu seu convite para conhecer o Meio Premium, nosso serviço de streaming? Ele está em testes e os assinantes premium estão sendo convidados de acordo com seu número de assinante (mais antigos primeiro). O Meio Premium vai trazer programas, documentários e entrevistas exclusivas que podem ser vistos no celular, computador ou em Smart TVs. Conheça nossos lançamentos!

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Viver

Um relatório global divulgado ontem mostra que a destruição de florestas aumentou em 2023, superando os índices apresentados há três anos, na COP26, quando 140 países prometeram acabar com o desmatamento até 2030. A Forest Declaration Assessment 2024, produzida por organizações de pesquisa e da sociedade civil, aponta que quase 6,4 milhões de hectares de floresta foram devastados no ano passado e outros 62,6 milhões foram destruídos por construção de estradas, exploração madeireira e incêndios. Os picos de desmatamento ocorreram na Indonésia e Bolívia. (Guardian)

David Baker, da Universidade de Washington, Demis Hassabis e John M. Jumper, ambos do Google DeepMind, em Londres, ganharam o Nobel de Química por estudos sobre a estrutura das proteínas, fundamentais para a vida. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira pela Real Academia de Ciências da Suécia. (Nobel Prize Org)

Cientistas da Stanford Medicine descobriram uma forma de utilizar manipulação genética para reativar a produção de novos neurônios em cérebros envelhecidos, abrindo caminho para pacientes com perda de memória e outras doenças neurodegenerativas terem um tratamento mais eficaz. Publicada na revista Nature, a pesquisa revela que a produção de neurônios, que diminui com a idade, pode ser retomada ao manipular genes específicos com a tecnologia Crispr, uma ferramenta de edição genética que permite modificar o DNA de forma precisa. (Globo)

Seguindo a norma da Igreja Católica, o cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, apresentou ao Papa Francisco sua carta de renúncia ao completar 75 anos, no último dia 21. Nesta semana, o Pontífice aceitou o pedido, mas pediu que o cardeal permaneça à frente da Sé paulista por mais dois anos. Segundo Dom Odilo, esse tempo permitirá a Francisco selecionar com mais calma o substituto na arquidiocese, uma das mais importantes do país. (g1)

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Cultura

O escritor Salman Rushdie anunciou no festival de literatura ucraniano Lviv BookForum que está escrevendo sua primeira obra de ficção desde que perdeu um olho em um ataque a faca em 2022. No ano passado, ele lançou Knife (Faca), um livro de memórias em que relata sua recuperação. A nova obra será formada por três novelas, com cerca de 70 páginas cada, que se relacionam com “os três mundos da minha vida: Índia, Inglaterra e América. E todas de alguma forma consideram a ideia de um fim”. O autor, de 77 anos, contou que não deve lançar muitos títulos futuramente. (Globo)

A Netflix divulgou ontem a data de estreia e um pôster de Cem Anos de Solidão, aguardada adaptação para o streaming da mais importante obra literária de Gabriel García Márquez. A série de ficção será dividida em duas partes e os oito episódios da primeira irão ao ar daqui a dois meses, em 11 de dezembro. O projeto tem direção de Alex García López e Laura Mora Ortega, e é produzido para a Netflix pela Dynamo. (Rolling Stone Brasil)

Timothée Chalamet mostrou que sabe cantar no novo trailer de A Complete Unknown, o filme de James Mangold sobre Bob Dylan. No vídeo, o ator de 28 anos canta dois dos principais hits de Dylan: Girl From the North Country e Like a Rolling Stone, canção do verso que dá título à obra. O longa narra a ascensão de Dylan, de sua chegada a Nova York, aos 19 anos, vindo de Minnesota, até se tornar um astro que revolucionou a música americana. O filme chega aos cinemas em 25 de dezembro. (Variety)

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Cotidiano Digital

O TikTok está enfrentando novos processos movidos por 13 estados americanos e pelo Distrito de Columbia, que o acusam de prejudicar a saúde mental das crianças com um produto projetado para ser viciante. Segundo a acusação, a rede social utiliza um algoritmo intencionalmente construído para manter as crianças online o máximo de tempo possível. “O TikTok tem como alvo intencional as crianças porque sabe que elas ainda não têm as defesas ou a capacidade de criar limites saudáveis em torno de conteúdo viciante”, afirmou o procurador-geral da Califórnia, Rob Bonta. A companhia disse estar decepcionada com a via legal em vez de os estados trabalharem “conosco em soluções construtivas para os desafios de todo o setor”. (Reuters)

Usuários de redes sociais na União Europeia terão um novo fórum para contestar as decisões das plataformas sobre remover ou manter conteúdos que violam suas regras. Um órgão extrajudicial de solução de controvérsias, previsto na Lei de Serviços Digitais, foi certificado ontem pelos reguladores irlandeses para arbitrar disputas de moderação nos 27 países do bloco, começando com casos envolvendo Facebook, YouTube e TikTok. (AP)

Aniversário do Meio. Hoje liberamos para todos os assinantes uma de nossas primeiras Edições de Sábado, que trazia um balanço da edição de 2019 da maior feira de tecnologia do mundo, a Consumer Electronics Show (CES). De Las Vegas, Pedro Doria trazia uma constatação: a China havia chegado para ficar.



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