Chegou a hora de levar a sério uma revisão de gastos estruturais no Brasil. Foi o que afirmou ontem a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, após reunião com o titular da Fazenda, Fernando Haddad. A equipe econômica pretende endereçar uma série de medidas em três pacotes. O primeiro deve ser apresentado ao presidente Lula após o segundo turno das eleições municipais. A meta é encaminhá-lo em seguida ao Congresso. “A ideia é colocar o máximo possível de medidas ainda neste ano dentro daquilo que a gente sabe que é possível votar ou começar a discussão e terminar no primeiro semestre do ano que vem”, disse Tebet. A ministra não detalhou as medidas, mas afirmou que uma delas teria potencial de aumentar o espaço fiscal em até R$ 20 bilhões. Ela lembrou que mudanças na política de valorização do salário mínimo e da aposentadoria estão fora de discussão. (Folha) O pacote pretende cortar entre R$ 30 e R$ 50 bilhões em despesas. Entre as medidas, o governo avalia reduzir as políticas de proteção ao trabalhador, sobretudo a multa de 40% do FGTS para demissões sem justa causa e o seguro-desemprego. A análise da equipe econômica é que, além do alto custo, os benefícios desestimulam a permanência no emprego, principalmente quando o mercado de trabalho está aquecido. (Globo) Já o presidente Lula vai se reunir hoje com os presidentes dos principais bancos para discutir a situação do crédito e outros assuntos relevantes para o mercado, como taxação de milionários, regulação das bets e reforma tributária. (Valor) Míriam Leitão: “O primeiro item a ser cortado serão os supersalários do setor público, que entre outras coisas desrespeita a lei do teto dos salários. O cálculo é que vão ser economizados de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões por ano apenas fazendo cumprir a lei.” (Globo) Alvaro Gribel: “Antes tarde do que nunca. O problema é que o mercado já não dá mais o benefício da dúvida ao governo. O entendimento de analistas é que faltou o detalhamento das propostas e um número que indique uma meta sobre o quanto o governo quer cortar de forma estrutural.” (Estadão) Com um total de 81 deputados e a segunda maior bancada da Câmara, o apoio da federação PT, PCdoB e PV é essencial para os pré-candidatos à presidência da Casa. Em troca de votos, eles têm ofertado vagas na mesa diretora. PSD e União Brasil, cujos candidatos são Antônio Brito e Elmar Nascimento, respectivamente, ofereceram a primeira vice-presidência ao PT, o que garante também a vice-presidência do Congresso. Brito e Elmar fizeram um acordo para forçar um segundo turno contra Hugo Motta (Republicanos-PB), que tem o apoio do atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). (UOL) E em um novo ato de aproximação dos evangélicos, o presidente Lula sancionou a lei que estabelece 9 de junho com o Dia da Música Gospel. A sanção ocorreu em uma cerimônia restrita no Palácio do Planalto, na qual o deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), que integrou a base de Jair Bolsonaro (PL), discursou em nome da bancada evangélica e elogiou a convivência com o petista. (g1) Aniversário do Meio. Democracia é um valor inegociável por aqui e na Edição de Sábado que liberamos para todos os assinantes hoje, a história de um brasileiro que desejou democracias distintas para o Brasil ao longo da vida, Ruy Barbosa. Jair Bolsonaro (PL) já admite a aliados que Tarcísio de Freitas (Republicanos) é o favorito da direita para as eleições presidenciais de 2026. Mas o governador de São Paulo terá de ir até ele em busca de aval. Com isso, Bolsonaro quer mostrar que, apesar de inelegível, segue ditando os rumos da direita nas eleições. Até o momento, ele descarta nomes como o dos governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União). (Globo) No Meio Político, que sai às 11h para assinantes premium, os cientistas políticos Manuel Meléndez-Sánchez e Alberto Vergara escrevem sobre a política de segurança de Nayib Bukele, presidente de El Salvador. Esse artigo inédito estará na íntegra no Journal of Democracy, que será publicado em 28 de outubro pela Plataforma Democrática (Fundação Fernando Henrique Cardoso e Centro Edelstein de Pesquisas Sociais). Outras edições do periódico estão disponíveis gratuitamente. O governo americano enviou uma carta a Israel dando um prazo de 30 dias para a situação humanitária em Gaza melhorar. Caso contrário, o Estado hebreu corre o risco de violar leis americanas que regem a assistência militar a países estrangeiros, sugerindo que o apoio dos Estados Unidos pode ser suspenso. Apesar do alerta, a ajuda do governo de Joe Biden a Israel segue firme, incluindo a entrega de um sistema avançado de defesa aérea e tropas americanas que começaram a chegar ao país na segunda-feira. (CNN) Donald Trump passou 39 minutos de um evento de campanha ouvindo sua playlist preferida. Depois de eleitores passarem mal por causa do calor na Pensilvânia, estado-chave na disputa, ele indagou se “mais alguém gostaria de desmaiar” e pediu que não fossem feitas mais perguntas. Em uma cena constrangedora, dançou no palco ao som de nove músicas, entre elas Ave Maria. “Não vamos fazer mais perguntas. Vamos só ouvir música”, disse. A candidata democrata à Casa Branca, Kamala Harris, compartilhou o vídeo no X com uma ironia: “Espero que ele esteja bem”. (Washington Post) |
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