O blecaute provocado pelas chuvas em São Paulo – ainda não encerrado após quase uma semana – está servindo de pretexto para que o governo federal estude um controle maior sobre as agências reguladoras. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é alvo de críticas pela suposta falta de rigor com a Enel, concessionária de energia no estado. O presidente Lula encomendou um estudo sobre a possibilidade de reduzir os mandatos dos conselheiros das agências de cinco para quatro anos ou a substituição total ou parcial deles a cada mudança de governo. O Planalto alega que esses órgãos foram “capturados por interesses privados”, mas a proposta enfrenta resistência até de aliados do governo. (Globo) Nessa mesma linha, a Controladoria-Geral da União instaurou ontem uma investigação preliminar para verificar possíveis irregularidades envolvendo dirigentes da Aneel no caso de São Paulo, a pedido do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. A capital paulista e a Região Metropolitana podem sofrer com novas tempestades a partir de hoje, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia. (CNN Brasil) Já a Justiça deu 24 horas para a Enel restabelecer a energia de todos os imóveis atingidos pelo apagão: 74 mil imóveis ainda estavam sem energia ontem. Se a ordem não for cumprida, a empresa pode ser multada em R$ 100 mil por hora. (Folha) A primeira pesquisa após o apagão que deixou no escuro a Grande São Paulo indica que o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), segue na liderança. Levantamento da Quaest mostra Nunes com 45% das intenções de voto, enquanto o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) tem 33%. Entre os que votaram em Pablo Marçal (PRTB), 74% declararam que no dia 27 optarão por Nunes e 13%, por Boulos. Já no eleitorado de Tabata Amaral (PSB), 54% disseram que migrarão para o candidato do PSOL e 23% para o atual prefeito. (g1) E a poucas horas do debate Folha/UOL/RedeTV!, o candidato à reeleição desistiu de participar e citou como motivo uma reunião marcada pelo governador Tarcísio de Freitas na manhã de hoje. Diante da desistência, Boulos será entrevistado sozinho. O encontro entre eles seria às 10h20. (Folha) Segundo relatório da Organização dos Estados Americanos (OEA), houve ações do crime organizado nas eleições municipais brasileiras. Quinze observadores estrangeiros mencionaram no documento atividades de criminosos para coagir eleitores, restringir a mobilidade de candidaturas em suas áreas e financiar campanhas. E entre janeiro e 1º de outubro foram registrados 469 atos de violência contra políticos, 58,9% a mais do que em 2020. (CNN Brasil) Líderes do Congresso querem votar os projetos que tratam do acordo firmado com o Supremo Tribunal Federal (STF) para desbloqueio das emendas parlamentares logo após o segundo turno. Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), reuniram-se ontem para tratar do assunto. Eles vão conversar com outros parlamentares nos próximos dias para chegar a um consenso sobre o que deve ser apresentado. A principal exigência do ministro Flávio Dino para liberar as verbas é a transparência, a disponibilização de informações que deixem mais claro os autores das indicações do dinheiro e o destino. (Globo) O Brasil começou a enviar à chancelaria argentina uma série de pedidos de extradição dos foragidos investigados por participarem dos atos golpistas de 8 de janeiro do ano passado. A embaixada do Brasil recebeu ontem 36 de 63 pedidos determinados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Segundo dados da Conare (Comissão Nacional para Refugiados), 181 brasileiros pediram refúgio ao país vizinho entre dezembro e setembro passados. (Poder360) A 20 dias das eleições presidenciais americanas, a vice-presidente e candidata democrata, Kamala Harris, deu entrevista ao canal ultraconservador Fox News (íntegra). A conversa foi tensa. Ao âncora Bret Baier, ela afirmou que seu governo “não será uma continuação da presidência de Joe Biden” e disse que o povo americano está cansado da retórica de divisão da última década. Disse que a democracia está em risco e destacou as ameaças de Donald Trump a quem discorda dele. “Você e eu sabemos que ele falou sobre colocar os militares contra o povo americano. Ele falou sobre prender pessoas porque elas discordam dele. Somos uma democracia.” (CNN) Mais de 300 mil pessoas foram às urnas na Geórgia na terça-feira, dobrando o recorde do estado para um primeiro dia de votação antecipada. Ontem, o ritmo de participação seguia igual, com a expectativa de superar 500 mil votos. E o estado não terá contagem manual. Um juiz da Geórgia bloqueou uma série de regras eleitorais aprovadas a poucos dias do pleito por uma maioria pró-Trump do Conselho Eleitoral do estado. Já a Pensilvânia registrou o envio de quase 630 mil votos e Wisconsin recebeu mais de 267 mil cédulas antecipadamente. A votação antecipada começa hoje na Carolina do Norte. (Washington Post) E o mais longevo ex-presidente americano, Jimmy Carter, que completou 100 anos no último dia 1º, está entre os eleitores que já votaram. Sua cédula de votação por correio, marcada com o nome de Harris, foi depositada em Plains, na Geórgia, segundo seu neto Jason Carter. (New York Times) |
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