A participação do presidente Lula por videoconferência na cúpula do Brics é incerta. A decisão de reavaliar a presença online do petista no encontro que começa hoje em Kazan, na Rússia, foi tomada após Lula passar o dia de ontem no Palácio da Alvorada, recuperando-se do acidente que causou um traumatismo craniano e cinco pontos na sua nuca. Um dos fatores que pesam é o horário. Para discursar amanhã, ele teria de acordar às 4h em pleno período de “repouso relativo”, como definiu o médico do presidente Roberto Kalil Filho. Além disso, a participação requer uma preparação que precisaria ocorrer no momento em que Lula ainda tem exames a fazer. O discurso remoto ainda não está descartado. Em todas as demais reuniões do evento, o chanceler Mauro Vieira falará em nome do petista. Lula tem um telefonema agendado com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, na manhã de hoje. (Globo) O acidente foi classificado por Lula como grave. Em telefonema ao candidato do PT à prefeitura de Camaçari (BA), Luiz Caetano, ele afirmou que a equipe médica precisa de três a quatro dias para saber o “estrago que fez a batida”. “Foi grave, mas não afetou nenhuma parte mais delicada. Estou cuidando, porque qualquer coisa na cabeça é muito forte, né?”, disse Lula a Caetano. A conversa em viva-voz – primeira vez que Lula fala desde que caiu no banheiro do Palácio da Alvorada e bateu a cabeça – foi postada nas redes sociais do candidato. (Folha) Pouco antes da publicação, o Palácio do Planalto divulgou as primeiras imagens de Lula após o acidente. Ele despachou da residência oficial, onde recebeu o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o assessor especial da presidência Celso Amorim. Padilha afirmou que, embora Lula esteja autorizado a realizar algumas atividades, ainda não há previsão de retorno aos compromissos no Palácio do Planalto. (g1) E na véspera da reunião do Brics que vai discutir a expansão do bloco, podendo incluir a Venezuela, Amorim afirmou ser contra a iniciativa para que o grupo possa manter sua “natureza especial”. “Há um excesso de nomes colocados à mesa. O Brics tem de conservar a sua essência de países expressivos e com influência nas relações internacionais. Não estou diminuindo os outros países, mas para isso tem a ONU e o G-77”, afirmou. Lula também quer evitar a entrada da Nicarágua no bloco. (Estadão e Poder360) Nova pesquisa AtlasIntel mostra que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) lidera a corrida eleitoral na cidade de São Paulo, com 54,8% das intenções de voto. O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) tem 42,2%. Considerando apenas os votos válidos, Nunes soma 56,5% contra 43,5% de Boulos. Entre os que votaram em Pablo Marçal (PRTB) no primeiro turno, 84,4% disseram que agora votarão em Nunes, enquanto 11,1% optarão por Boulos. Entre quem votou em Tabata Amaral (PSB), 73,9% disseram que vão ficar com o psolista, enquanto 20,3% preferem o emedebista. A margem de erro é de dois pontos percentuais. (Estadão) Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal rejeitou um recurso de Jair Bolsonaro (PL) para voltar a ter contato com aliados que também são investigados pela Corte. Com isso, o ex-presidente segue impedido de se comunicar com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o general da reserva Walter Braga Netto, que foi seu vice na chapa presidencial em 2022. A defesa de Bolsonaro pediu ainda a devolução do passaporte do ex-presidente, recurso que também foi negado. (Globo) Enquanto isso... O comando da Fundação Álvaro Valle, órgão do PL destinado a pesquisas e cursos de doutrinação política, é alvo de disputa entre a família Bolsonaro e Costa Neto. Com o apoio do pai, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pede o controle do instituto, mas o presidente do PL diz que manterá o controle da fundação. A Lei Eleitoral obriga os partidos a repassarem ao menos 20% do valor total do fundo partidário às suas fundações. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, de janeiro a setembro deste ano, o PL recebeu R$ 124 milhões. (Globo) Meio em vídeo. A performance da mestranda Tertuliana Lustosa, que em uma mesa de antropologia rebolou, mostrou a calcinha e cantou sobre “educar com o cu”, foi boa para todo mundo. Foi boa para ela, que ganhou seguidores, vendeu livros e cresceu no Spotify. Foi boa para os influenciadores de esquerda identitários, que mostraram que são livres de preconceitos. Foi boa para os influenciadores de direita, que puderam denunciar a devassidão das universidades. Só não foi boa para a universidade. E parece que ninguém está nem aí para ela. Assista ao Ponto de Partida, com Pedro Doria. (YouTube) Pela primeira vez desde agosto, o modelo estatístico da Economist mostra que Donald Trump tem mais chances de vencer as eleições do que Kamala Harris. Ele aparece com probabilidade de vitória de 54%, seis pontos percentuais acima da previsão de uma semana antes, enquanto ela tem 45%. Segundo a revista, a mudança reflete uma diminuição da liderança de Harris nas sondagens nacionais no mês passado. Pouco depois de ela se tornar candidata, um grupo de entrevistados indecisos, de tendência democrata, começou a apoiá-la, aumentando suas chances de 46% para 49%. Já Trump parece se beneficiar de uma consolidação semelhante, à medida que os indecisos de tendência republicana acabam optando pelo candidato do partido. A previsão da Economist ainda dá à vice-presidente 74% de chances de vencer no voto popular, mas Trump avançou no colégio eleitoral e sua posição se fortaleceu ligeiramente nos estados-pêndulo. (Economist) E após Trump passar alguns minutos como atendente do McDonald’s no domingo e Harris ter dito que trabalhou na rede de hambúrgueres nos anos 1980, a gigante do fast food afirmou que não tem partido nem candidato preferido na eleição presidencial. (Bloomberg Línea) |
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