MUNDO

De olho no bloco. Os representantes das nações do BRICS estão reunidos na Rússia para discutir, entre outros assuntos, a criação de uma nova categoria de “países parceiros”.

A importância: Depois da adição de 5 países como membros plenos, o BRICS passou a somar 35% do PIB mundial e 46% da população global. Comparando, o G7 detém 33% do PIB do mundo.

Com o bloco ganhando cada vez mais importância, existe o receio de que o BRICS se torne um grupo contrário ao G7 e aos interesses dos EUA — o que se confirmaria com a entrada de Venezuela, Cuba e Nicarágua.

Acabou a amizade? Mesmo ficando em Brasília por causa de um acidente doméstico, Lula sinalizou para a sua equipe diplomática que o Brasil deve se posicionar contra a entrada do país governado por Maduro no bloco.

O que está por trás disso? O Brasil quer que todos os novos membros do BRICS se comprometam a apoiar sua entrada no Conselho de Segurança da ONU, e teme perder força dentro do grupo com muitas novas adesões.

BRASIL

Os brasileiros doam mais por impulso e menos como rotina

Questão cultural. A maioria dos brasileiros decide fazer doações apenas em momentos de grandes catástrofes — a exemplo das enchentes no Rio Grande do Sul —, sem manter a prática como um hábito.

Essa foi a conclusão da primeira grande pesquisa feita em todo o país sobre o comportamento e o engajamento dos brasileiros com causas sociais. Aqui estão os highlights:

Diferente de países da Europa e dos EUA, por aqui, são poucos os incentivos legais para doações — como as deduções de impostos. No final das contas, a filantropia é vista mais como caridade.

Sem essa noção de estar apoiando o desenvolvimento econômico e educacional, as contribuições deixam de ser algo constante e são feitas sem planejamento, com a decisão vindo no momento do pedido.

Zoom out: Pelo 6º ano seguido, o país mais generoso do mundo é a Indonésia. O Brasil caiu para a posição 89, depois de ficar entre as 20 nações mais generosas em anos anteriores.

TECNOLOGIA

A rede de fast-food que vai ter a sua própria Netflix

Sanduíches, fritas, milkshakes, desenhos, jogos e podcasts. É essa combinação que a rede americana de fast-food Chick-fil-A vai oferecer aos clientes a partir de novembro, quando lançar um app de entretenimento.

De quem estamos falando? Mesmo que você nunca tenha ouvido falar da marca — afinal, ela não tem lojas no Brasil — saiba que a Chick-fil-A é a segunda maior rede de lanchonetes dos EUA, especializada em sanduíches de frango.

Com quase US$ 8 bilhões de receita no ano passado, a rede só fica atrás de McDonald's e Starbucks em vendas — mesmo com bem menos unidades em território americano do que as concorrentes.

🤳 E por que investir em conteúdo? O app próprio veio depois que a Chick-fil-A percebeu que os clientes estão cada vez mais consumindo conteúdo nos horários das refeições — o famoso garfo numa mão e celular na outra.

Anywhere, anytime. Pelo aplicativo, o cliente vai estar ligado a Chick-fil-A mesmo não estando fisicamente numa loja. Não à toa, a estratégia foi batizada de “playground digital” — já que os físicos estão desaparecendo das redes de fast-food.

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NEGÓCIOS

EMS propõe fusão com Hypera para criar gigante farmacêutica

Mega deal no horizonte. A EMS, do empresário Carlos Sanchez, fez uma oferta para se fundir com Hypera Pharma, dona de inúmeras marcas como Benegripe, Engov e Neosaldina.

O negócio seria realizado mediante uma troca de ações, acompanhada de uma Oferta Pública de Aquisição de Ações (OPA) — quando uma companhia quer fechar o capital na bolsa — de 20% do capital dos acionistas da Hypera que quiserem deixar a operação.

Por que isso importa? Caso concretizada, a fusão criaria a maior empresa da indústria farmacêutica do Brasil, que lideraria segmentos como o de remédios genéricos, prescrição médica e hospitalar.

Montanha-russa na bolsa. Após a oferta, as ações da Hypera tiveram uma alta de 5%, mas, pouco tempo depois, voltaram a cair. A EMS disse que espera que o acordo seja confirmado dentro de 30 dias.

Curiosidade para fechar. Essa não é a primeira vez em se é discutida a venda da dona do Engov. Em 2022, a empresa entrou em negociações para ser adquirida tanto pelo Grupo NC quanto pela Eurofarma.

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ECONOMIA

Se não fossem os problemas internos, dólar estaria na faixa dos R$ 5,10

Do final do ano passado até hoje, o dólar saiu de um patamar de R$ 4,85 para embarcar numa jornada de alta constante até bater R$ 5,69 durante o pregão de ontem.

Novo normal? O brasileiro se acostumou a ver a cotação da moeda estrangeira acima da casa dos R$ 5. Só no 1º semestre deste ano, o real foi a 5ª moeda que mais desvalorizou no mundo em relação ao dólar (-13,4%).

😬🇧🇷 O tal do “risco Brasil”: Embora os fatores globais também influenciem no câmbio, no geral, os problemas e crises políticas por aqui são mais graves e constantes do que em outros países emergentes.

Para citar alguns exemplos de algumas pautas que pesam no dólar estão as incertezas sobre como o governo trata o BC e as estatais, as dúvidas sobre a política fiscal e o risco do país não conseguir controlar as dívidas.

Tudo isso pega mal… Se você fosse um grande investidor internacional, provavelmente não colocaria seus preciosos dólares num país que parece estar indo por um caminho mais arriscado — comprometendo as chances de retorno.

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5 OUTRAS MANCHETES

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