Amanhã milhões de americanos irão às urnas escolher o próximo presidente. Os candidatos Kamala Harris e Donald Trump disputam voto a voto nos chamados estados-pêndulo, aqueles que, tradicionalmente, não apresentam uma preferência por republicanos ou democratas, como ocorre no restante do país. Uma pesquisa publicada neste domingo pelo New York Times, em parceria com o Siena College, mostra Kamala ligeiramente à frente em Nevada, Carolina do Norte e Wisconsin. Trump, por sua vez, lidera no Arizona. Os dois aparecem empatados em Michigan, Geórgia e Pensilvânia. Os resultados nos sete campos de batalha, porém, estão dentro ou muito próximos da margem de erro de 3,5 pontos percentuais. (New York Times) Os estados-pêndulo correspondem a 93 dos 538 delegados em disputa. Para vencer, é preciso obter 270 delegados, isto é, maioria simples do total. Kamala já tem apoio de 226, ante 219 de Trump. A pesquisa Exame/Ideia realizada na Pensilvânia, mais importante dos sete estados pelos seus 19 delegados, mostra empate – cada um deles soma 48% dos votos. No sistema eleitoral americano, a votação é indireta. Assim, o voto popular não escolhe o novo presidente, mas sim o Colégio Eleitoral. O candidato que vence em um estado conquista todos os votos dos delegados daquele local no Colégio Eleitoral. Assim, a disputa presidencial é feita estado a estado. (Exame) Em Iowa, a candidata democrata ultrapassou o republicano na pesquisa Des Moines Register/Mediacom Iowa divulgada no sábado, com o apoio das mulheres sendo o principal fator para a mudança em um local que Trump venceu facilmente em 2016 e 2020. A pesquisa, realizada com 808 prováveis eleitores, mostra Kamala à frente de Trump por 47% a 44%. (g1) Neste último dia de campanha, Kamala passará o dia na Pensilvânia. Visitará áreas da classe trabalhadora e, à noite, fará um comício na Filadélfia com Lady Gaga e Oprah Winfrey. Trump planeja quatro comícios em três estados, começando em Raleigh, Carolina do Norte, e parando duas vezes na Pensilvânia, com eventos em Reading e Pittsburgh. O ex-presidente encerra sua campanha em Grand Rapids, Michigan. (AP) No fim de semana, a democrata surpreendeu o público ao aparecer no programa Saturday Night Live imitando a versão de Maya Rudolph em um espelho duplo na abertura. “É ótimo te ver, Kamala”, disse a vice-presidente a Rudolph, exibindo um sorriso largo que manteve durante todo o esquete, que teve trocadilhos com o nome da candidata. A atriz e comediante interpreta Kamala desde 2019 e arranca elogios inclusive da própria. Após a participação no programa ao vivo, Kamala voou para o Michigan. (The Guardian) Já o republicano participou neste domingo de um comício em Lititz, Pensilvânia. Ele abriu o comício com a pergunta: “Você gosta mais de agora ou de quatro anos atrás?”, indagou, antes de mergulhar em temas como imigração e economia. (CNN Brasil) O presidente Lula declarou publicamente sua preferência por Kamala. Em entrevista ao canal de TV francês TF1, ele afirmou que a vitória da atual vice-presidente é a “opção mais segura para o fortalecimento da democracia nos EUA”. (Folha) Guga Chacra: “Foi equivocada a manifestação de apoio à Kamala Harris feita pelo presidente Lula. Não cabe a um chefe de Estado estrangeiro se posicionar abertamente sobre o processo eleitoral democrático em um outro país. (...) O correto seria esperar pelo resultado, parabenizar o vencedor ou vencedora e dizer estar disposto a manter o diálogo entre os dois países”. (Globo) Meio em vídeo. É a reta final das eleições americanas e os democratas miraram um público específico: os gamers. A campanha de Kamala Harris investiu num mapa em Fortnite para espalhar seus ideais. Será que cola com os jovens? É o que pergunta Bruna Buffara na Curadoria. (YouTube) Mais Meio em vídeo. E a eleição nos Estados Unidos é um dos temas de hoje do Central Meio, nosso programa diário de notícias, análises e entrevistas. Não perca, ao vivo, às 12h45. (YouTube) E o Meio preparou uma lista com filmes, séries e livros sobre as eleições americanas, entre eles a comédia Mera Coincidência, de Barry Levinson, estrelada por Dustin Hoffman e Robert De Niro. Veja a lista completa em nosso site. (Meio) Com que roupa?...
A pedido de Lula, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cancelou viagem que faria à Europa para se dedicar ao desenho do pacote de corte de gastos a ser implementado pelo governo. O embarque estava previsto para a tarde de hoje com retorno no sábado. Segundo a assessoria da pasta, Lula pediu que o ministro ficasse em Brasília “dedicado aos temas domésticos”. Haddad teria compromissos em Paris, Londres, Berlim e Bruxelas. O cancelamento da viagem ocorre após estresse do mercado financeiro e alta do dólar com a demora do anúncio das medidas de corte de gastos, que elevou as incertezas fiscais sobre a sustentabilidade da dívida pública num cenário de alta dos juros no Brasil. O dólar fechou na sexta com alta de 1,52%, cotado a R$ 5,869, o maior patamar para a moeda norte-americana desde o início da pandemia. (Folha) E o presidente está preocupado com a “lavação de roupa suja” no PT e o futuro do partido após o mau desempenho nas eleições municipais. Lula cobra um freio de arrumação no discurso da sigla, que precisa conquistar os chamados empreendedores, atraídos pela retórica bolsonarista. Não é de hoje que ele também tem criticado a falta de aproximação com a nova classe média, os evangélicos e a juventude, embora seu governo também não tenha conseguido aumentar a popularidade nesses segmentos. (Estadão) Meio em vídeo. No Diálogos com a Inteligência desta semana, Christian Lynch recebe a cientista política Argelina Figueiredo. No papo, o que é o presidencialismo de coalizão, as questões da constituição relacionadas às demandas parlamentares, as negociações políticas e a grande pressa por mudança do Brasil. (YouTube) |
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