O último dia de votação das eleições americanas chega em um ambiente tenso após uma campanha marcada por violência política, tentativa de assassinato e um debate que mudou a candidatura democrata. Mais de 78 milhões de pessoas já votaram e, nesta terça-feira, as pesquisas sugerem que dois candidatos que não poderiam ser mais diferentes estão presos em uma disputa acirrada, com todos os sete estados-pêndulo ainda em jogo. Mais do que uma eleição, Kamala Harris e Donald Trump disputam uma batalha existencial pelo caráter da nação e pelo futuro da democracia. Há muitas preocupações com a violência pós-eleitoral. E não à toa. Cerca de 1 milhão de mensagens analisadas pelo New York Times em quase 50 canais do Telegram com mais de 500 mil membros mostram que existe um movimento amplo e conectado de republicanos pronto para questionar a credibilidade do pleito, interferir no processo de votação e contestar o resultado, em caso de derrota de Trump. As mensagens se tornaram um prenúncio das ações potenciais e do caos que podem se desenrolar a partir de hoje. (New York Times) O agregador de pesquisas do Washington Post mostra, na véspera da votação, uma disputa acirrada em todos os estados-pêndulo, com a democrata e o republicano empatados tecnicamente. Kamala manteve a liderança nacional e em Michigan, Wisconsin e Nevada, mas sua vantagem na Pensilvânia diminuiu. Já Trump ainda lidera em Arizona, Geórgia e Carolina do Norte. (Washington Post) De olho nesses sete estados que não hesitam em mudar de partido de uma eleição para outra e que são decisivos no Colégio Eleitoral, a democrata e o republicano deram especial atenção à Pensilvânia, que tem o maior número de votos em jogo — 19. Foi lá que a democrata passou o último dia de sua curta campanha de 16 semanas. O republicano fez comício na Pensilvânia, um evento na Carolina do Norte e outro em Michigan. (Financial Times) O dia final da eleição é hoje, como sempre uma terça-feira, mas o resultado não sairá imediatamente. A cada pleito, mais americanos votam pelo correio e prolongam a contagem, pois cada voto por via postal precisa ser verificado. Quando o resultado será conhecido? Depende de quão apertada será a disputa e quão rápido os estados contarão seus votos. A expectativa é que a contagem seja concluída até o fim da tarde de sábado. (ABC News) Às 19h (horário local) se encerra a votação na Geórgia, primeiro campo de batalha onde as urnas são fechadas, meia hora antes da Carolina do Norte, às 19h30. A maioria das cédulas em ambos provavelmente será contabilizada e divulgada até meia-noite (2h de Brasília). Elas darão uma ideia antecipada se será ou não uma batalha de centímetros. Veja aqui a lista completa de horários. (New York Times) E o primeiro resultado já foi anunciado em Dixville Notch, pequena cidade de New Hampshire – um empate entre Kamala e Trump. (Axios) Stephen Collinson: “Os eleitores estão finalmente cara a cara com uma eleição que poderá mudar profundamente o país e o mundo e que faz com que pessoas de ambos os lados temam pelo seu modo de vida caso o seu candidato perca”. (CNN) Meio em vídeo. Eleições nos Estados Unidos, cortes de gastos no Brasil. Não faltam assuntos para a edição de hoje do Central Meio, que terá como convidados a economista Deborah Bizarria e o cientista político Guilherme Casarões. Não perca, ao vivo, às 12h45. (YouTube) Uma bebê se tornou a terceira vítima brasileira dos ataques de Israel ao Líbano, informou em nota o Itamaraty. Fatima Abbas, de um ano, morreu em Hadeth, ao sul de Beirute. “O governo brasileiro reitera a condenação, nos mais fortes termos, aos contínuos e injustificados ataques aéreos israelenses contra zonas civis no Líbano e renova o apelo às partes envolvidas para que cessem imediatamente as hostilidades”, diz o comunicado. Dois adolescentes brasileiros já haviam sido mortos no conflito. O avô da menina, Ali Abbas, disse que durante o bombardeio ela estava no carro com os pais, que também foram feridos. A família aguardava ser repatriada. (g1) As bancadas de PSDB, PSB e PDT, que somam 44 assentos na Câmara, têm reunião marcada hoje para definir quem apoiarão na disputa pela presidência da Casa. Inicialmente, as três siglas sinalizaram aval a Elmar Nascimento (União-BA), mas devem recuar em favor de Hugo Motta (Republicanos-PB), que já conta com as bênçãos de PL, PT, PCdoB, MDB, PV, Republicanos e Podemos. O União Brasil negocia sua indicação para o comando da Comissão de Constituição e Justiça em troca do apoio a Motta. O partido também quer a relatoria do orçamento e uma vice-presidência da Mesa Diretora. O PSD, de Antonio Brito, que também segue na disputa, deve abandonar a corrida pela chefia da Câmara. Já o PSOL deve apresentar um candidato próprio. (Globo) Enquanto isso... Em um sinal de afago a Elmar, Lira o escolheu como relator do projeto de lei que faz ajustes nas regras das emendas parlamentares. (Poder360) Meio em vídeo. Edinho Silva, o mais cotado para ser o próximo presidente do PT, deu uma excelente entrevista a Malu Gaspar, do Globo. Explicou com detalhes como pensa o PT. E mostrou por que a esquerda tem dificuldades tão profundas de se reencontrar com o povo. Confira o Ponto de Partida, com Pedro Doria. (YouTube) |
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