O Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, cogita reunir os três indiciamentos do ex-presidente Jair Bolsonaro em uma só denúncia. Além da trama golpista, a peça trataria também da venda de joias sauditas recebidas pelo governo brasileiro e da falsificação de certificados de vacinas contra Covid-19. Bolsonaro não é réu em nenhum dos casos nem formalmente acusado. Juristas ouvidos pela Folha dizem que é possível tratar os casos conjuntamente, mas divergem sobre os riscos da estratégia. Por falar em estratégia, a defesa de Bolsonaro adotou uma nova: sugerir que altos oficiais militares planejaram um “golpe dentro do golpe” no final de 2022. Os generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto seriam os principais beneficiários de uma eventual ruptura institucional, que levariam a cabo para derrubar o então presidente e assumir o poder. Esta nova abordagem causou desconforto entre aliados militares de Bolsonaro, que veem o movimento como oportunista. (Folha) E o presidente Lula recebeu no Palácio da Alvorada o ministro da Defesa, José Múcio, e os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Os militares advogaram um alívio na idade mínima de 55 anos para a passagem remunerada para a reserva, apesar de terem dito que as Forças Armadas estão solidárias com o pacote de corte de gastos do governo. O tema da anistia aos militares golpistas ficou apenas nos bastidores. (CNN Brasil) Eliane Cantanhêde: “A conversa, fora da agenda e em pleno sábado, foi amena. Um tema especialmente sensível, o de uma inviável anistia aos indiciados e eventualmente julgados e condenados pela tentativa de golpe durante o governo Jair Bolsonaro, não foi abordado nesta reunião, até para não misturar questões objetivas com política”. (Estadão) Meio em vídeo. O economista e cientista político Ricardo Sennes é o convidado desta segunda-feira do Central Meio. Ao vivo, às 12h45. (YouTube) A juíza Rejane Zenir JungBluth Suxberger, da 1ª Zona Eleitoral de Brasília, colocou no banco dos réus o empresário e delator Marcelo Odebrecht, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-diretor de serviços da Petrobrás Renato Duque e mais 36 investigados da antiga Operação Lava Jato. Eles eram acusados de supostos crimes de corrupção, gestão fraudulenta de instituição financeira, lavagem de ativos e organização criminosa na construção e ampliação da “Torre de Pituba”, nova sede da Petrobras em Salvador. Dezoito meses de pesquisa historiográfica baseada em fontes documentais e depoimentos de 44 pessoas resultaram em A Serviço Da Repressão: Grupo Folha E Violações De Direitos Na Ditadura. Andrea Freitas entrevista a jornalista Flora Daemon, uma das autoras do livro, que mostra como o jornal colaborou com a ditadura militar. (Meio) A Rússia realizou uma série de ataques aéreos na Síria no último domingo, em resposta ao avanço das forças rebeldes após a captura de Aleppo, segundo o Observatório Sírio para Direitos Humanos (OSDH). Os bombardeios russos mataram cinco pessoas em um hospital em Aleppo e outras oito em Idlib, além de ferirem mais de 50 civis. Com o governo sírio perdendo o controle de Aleppo pela primeira vez desde o início do conflito, opositores tomaram quase toda a cidade, exceto territórios controlados por forças curdas. O Ministério da Defesa da Síria, contudo, informou ter recapturado várias cidades anteriormente dominadas pelos rebeldes. (BBC) O ex-ministro da Defesa de Israel Moshe Yaalon acusou o país de cometer crimes de guerra e limpeza étnica na Faixa de Gaza, uma crítica incomum vinda de um membro do establishment de segurança em tempos de conflito. As afirmações de Yaalon rapidamente foram refutadas pelos aliados do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que afirmaram que suas palavras poderiam prejudicar Israel e fortalecer inimigos. As declarações refletem o crescente descontentamento da sociedade israelense com a política militar do país, que ainda tem cerca de 100 cidadãos sequestrados pelo Hamas. (New York Times) Donald Trump anunciou que exigirá dos países integrantes do Brics um compromisso de não criarem uma nova moeda, sob pena de enfrentarem tarifas de 100% durante sua presidência. Trump deixou claro que a intenção dos países do Brics de se afastarem do dólar americano não será tolerada. A ameaça complementa suas promessas de aumentar os impostos sobre produtos de México, Canadá e China como resposta a questões relacionadas à imigração e crimes na fronteira, além de indicar seu comprometimento em adotar uma postura econômica agressiva. (CNN) Enquanto isso... Em fim de mandato, o presidente Joe Biden concedeu perdão “total e incondicional” ao seu filho, Hunter Biden, evitando uma possível sentença de prisão por condenações federais sobre a compra ilegal de arma e pela sonegação de US$ 1,4 milhão em impostos. Ele havia dito que não faria isso. (CNN) Mais de 600 brasileiros, incluindo 109 crianças, foram secretamente deportados do Reino Unido em três voos organizados pelo Ministério do Interior desde que o governo do Partido Trabalhista assumiu o poder, conforme revelou o Observer. Os retornos foram classificados como voluntários, e o governo britânico ofereceu um incentivo que chegava a £ 3.000 (cerca de 22,8 mil reais) para quem quisesse voltar. (Guardian) Para ler com calma. Depois de um ano na presidência, o argentino Javier Milei se mantém crítico em relação ao Estado. Em entrevista à revista Economist, afirmou que seu desprezo pela burocracia estatal é “infinito” e enfatizou sua determinação em eliminar qualquer interferência do Estado na economia. A abordagem de Milei consiste em desmantelar estruturas que, segundo ele, perpetuam a crise econômica no país. (Economist) Desglobalização
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