Execuções em massa para purificar o país. Com esse discurso, homens armados leais ao atual governo sírio atuaram nos últimos dias para reprimir remanescentes do antigo regime de Bashar al-Assad, segundo testemunhas. O pior surto de violência desde a deposição do ex-presidente começou na quinta-feira depois que combatentes leais ao regime de Assad emboscaram as forças de segurança em Jableh, na província costeira de Latakia, desencadeando uma onda de ataques de vingança, incluindo ações contra civis da minoria alauita, a mesma de Assad. Conflitos eclodiram novamente no domingo, depois que forças de segurança foram atacadas por partidários de Assad em uma usina de energia em Banias, também em Latakia. Há relatos de mais de mil mortos, a maioria civis. “Homens armados iam de casa em casa atacando pessoas como uma forma de entretenimento”, disse um morador de Latakia, que preferiu não se identificar. “As pessoas estavam fugindo, aqueles que não conseguiam eram mortos”, disse Bashir, outro morador da cidade. (CNN) A ONU condenou o que chamou de relatos “extremamente perturbadores” de famílias inteiras sendo mortas no noroeste da Síria. O comissário da ONU para Direitos Humanos, Volker Türk, pediu investigações e responsabilização. “A matança de civis em áreas costeiras no noroeste da Síria deve cessar imediatamente.” (Guardian) O líder da Síria, Ahmad al Sharaa, prometeu caçar os responsáveis pelos crimes. Em um discurso transmitido pela TV nacional e postado nas redes sociais, ele — que liderou o grupo rebelde que depôs Assad — acusou os partidários de Assad e “potências estrangeiras” de tentar fomentar uma instabilidade no país. Por causa dos confrontos, Estados Unidos e Rússia pediram uma reunião a portas fechadas do Conselho de Segurança da ONU hoje. (Reuters) Em meio a uma crescente tensão política e comercial com os Estados Unidos, o Partido Liberal do Canadá escolheu um tecnocrata com grande experiência em mercados financeiros para substituir Justin Trudeau como líder do partido e primeiro-ministro do país. Mark Carney, de 59 anos, presidiu o banco central canadense durante a crise financeira de 2008 e o banco central britânico durante o Brexit. Apesar de nunca ter assumido um cargo eletivo, venceu a disputa contra sua amiga e ex-ministra das Finanças Chrystia Freeland com 85,9% dos votos de membros do Partido Liberal. “Os EUA não são o Canadá. E o Canadá nunca, jamais, fará parte dos EUA de nenhuma maneira, forma ou formato”, disse em referência direta aos planos de Donald Trump de fazer do Canadá seu 51º estado. A posse como premier deve ocorrer no início desta semana, encerrando oficialmente o mandato de Trudeau. Mas, como Carney não tem assento no Parlamento, deve convocar eleições nacionais logo após assumir o governo. (New York Times) Já nos EUA, Trump não descartou uma recessão ou inflação mais alta. Mas, em entrevista à Fox News, rechaçou as preocupações dos empresários sobre falta de clareza a respeito das tarifas de importação. Ele afirmou que pode elevar ainda mais as tarifas de importação impostas ao México e ao Canadá. “As tarifas podem aumentar com o passar do tempo. Elas podem aumentar, não sei se é previsibilidade”, disse. Na semana passada, dias após a entrada em vigor de uma taxação de 25% sobre importados dos países vizinhos, o republicano anunciou um adiamento da cobrança até 2 de abril. Nesta semana, devem entrar em vigor o tarifaço, também de 25%, sobre importações de aço e alumínio, o que afeta o Brasil. (Financial Times) Após vazarem informações sobre um conflito na Casa Branca em que membros do gabinete de Trump desafiaram a autoridade de Elon Musk para remodelar seus departamentos, um dos principais aliados do presidente, Stephen Bannon, rapidamente se juntou aos críticos do bilionário. Bannon, que caracterizou o Musk como um intruso, um “imigrante ilegal parasita” e uma “pessoa verdadeiramente má”, sugeriu que o homem mais rico do mundo está pesando sobre Trump. Bannon e seus aliados defendem uma agenda mais populista, contra interesses dos magnatas, que ocupam posições-chave na órbita do presidente. (New York Times) Oito dias após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o perfil oficial do Ministério da Defesa publicou um tuíte com o endereço de um canal no Telegram exibindo um pedido de golpe de Estado. A publicação, de 7 de novembro de 2022, segue no ar. O ministro da pasta era o general Paulo Sérgio Nogueira, que já tinha sido comandante do Exército. Ele é um dos réus do processo sobre a trama golpista, assim como Bolsonaro. O tuíte orienta o usuário a conferir na íntegra uma nota sobre o relatório do trabalho de fiscalização do sistema eletrônico de votação, mas o link publicado leva para o Telegram, onde há uma única mensagem publicada: “Dê o golpe, Jair”, ao lado de um emoji da bandeira do Brasil. O ministério não quis comentar. Informalmente, membros da pasta não souberam dizer se o episódio se trata de um ataque hacker ou se houve o envolvimento de algum servidor. (Estadão) O presidente Lula dá posse hoje a Gleisi Hoffmann e Alexandre Padilha nos ministérios de Relações Institucionais e da Saúde, respectivamente. A ideia é melhorar a articulação do governo e preparar alianças para 2026. Mas, como conta Lauro Jardim, a mudança acontece sob uma guerra interna no PT. O grupo de Gleisi tenta inviabilizar a eleição de Edinho Silva, candidato de Lula, à presidência do partido. (Globo) Em tom de campanha, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), publicou um vídeo respondendo ao apelo do governo federal para que estados zerem o ICMS da cesta básica a fim de conter a inflação. “Não é de hoje que o ICMS no estado é zero para itens do dia a dia, como arroz, feijão, ovos, farinhas, legumes e verduras”, afirmou, dizendo que o estado “fez o dever de casa”. Ele ainda cutucou o Planalto ao dizer que “o que promove justiça social é a responsabilidade fiscal”. (Folha) Meio em vídeo. Nesta edição do Diálogos com a Inteligência, Christian Lynch recebe o ex-presidente da Petrobras Joel Rennó. No papo, o engenheiro fala de empresas que já foram estatais e hoje são privadas, além de avaliar até que ponto o governo deve manter uma empresa sob seu comando. Confira! (YouTube) Sucesso à brasileira
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