Está nas mãos da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal decidir se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados vão ou não ser tornados réus por tentativa de golpe de Estado. E a análise já tem data para começar. O presidente da Primeira Turma do STF, Cristiano Zanin, destinou três sessões — uma extraordinária, às 9h30 do próximo dia 25; uma ordinária às 14h do mesmo dia, e outra extraordinária, às 9h30 do dia 26 — para que ele, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino avaliem a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República. Nessa etapa, os cinco ministros decidem se a denúncia é sólida o suficiente. Se a denúncia for aceita, os oito se tornam réus e será aberta uma ação penal, que definirá sua absolvição ou condenação. (g1) A sessão foi agendada após a PGR rejeitar os argumentos da defesa dos oito denunciados e encaminhar a Moraes a denúncia contra o chamado “núcleo 1”, defendendo sua aceitação pelo STF. Esse grupo inclui Bolsonaro, quatro ex-ministros — Walter Braga Netto (Casa Civil e Defesa), Anderson Torres (Justiça), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) —, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência Alexandre Ramagem e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que fechou acordo de delação premiada. “A denúncia descreve de forma pormenorizada os fatos delituosos e as suas circunstâncias, explanando de forma compreensível e individualizada a conduta criminosa em tese adotada por cada um dos denunciados”, diz o documento da PGR. Gonet decidiu fazer ele mesmo a manifestação diante da Primeira Turma no dia 25. E, para agilizar a análise das provas, Moraes compartilhou com os colegas um HD com todas as peças processuais e as provas que compõem a denúncia apresentada pela PGR. (Globo) Os advogados dos acusados fizeram um périplo nos gabinetes dos ministros da Primeira Turma antes de Zanin marcar as sessões. Celso Vilardi e José Luis de Oliveira Lima foram recebidos por Moraes, pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, e por Zanin — a quem Lima lembrou que, por ter advogado para o presidente Lula na Lava Jato, sabe a importância de garantir o absoluto direito de defesa e preservar a integridade do julgamento. A velocidade do trâmite do processo preocupa os advogados: menos de cinco horas depois de receber a manifestação da PGR, Moraes liberou o caso. (Estadão) Caio Junqueira: “O entorno de Jair Bolsonaro (PL) trabalha com um cronograma de que o julgamento do ex-presidente seja concluído em setembro e que, portanto, ele deva estar preso já em 2025. Esse cenário faz com quase avalie um giro internacional tal qual a defesa do presidente Lula fez para denunciar ao mundo o que considerou um julgamento excepcional. O cenário vem sendo tratado nos bastidores do núcleo bolsonarista como um ‘massacre’ do STF”. (CNN Brasil) Bolsonaro usou as redes sociais para ironizar o ritmo do avanço do caso no STF. “Parece que o devido processo legal, por aqui, funciona na velocidade da luz. Mas só quando o alvo está em primeiro lugar em todas as pesquisas de intenção de voto para Presidente da República nas eleições de 2026.” (Folha) O Congresso aprovou o projeto de resolução que dribla o STF, mantendo a brecha para esconder os autores de emendas parlamentares. Elaborada pelas mesas da Câmara e do Senado, a proposta é fruto do acordo com o STF para dar mais transparência às emendas. O texto, no entanto, permite que os parlamentares façam indicações por meio de suas bancadas partidárias, constando apenas a assinatura do líder da sigla, sem nomear o autor original. Essa possibilidade será possível nas emendas de comissão. Nas emendas de bancada estadual, há brecha semelhante. Parlamentares contrários à iniciativa reclamaram que o texto foi protocolado oficialmente menos de 24 horas antes do início da votação. Apesar disso, o presidente do Senado e do Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP), decidiu manter a votação. (Folha) Saiba como cada parlamentar votou. (g1) E por seis votos a cinco o STF entendeu que a invalidade das “sobras das sobras” na divisão das cadeiras remanescentes nas casas legislativas deve ser aplicada às eleições de 2022 e não a partir de 2024, conforme decisão anterior da Corte. Isso altera a atual composição da Câmara dos Deputados, trocando sete parlamentares. A decisão será enviada à Justiça Eleitoral e à Câmara, que farão os cálculos dos votos e analisarão quem entra e sai. A decisão permite que todas as legendas e candidatos participem da distribuição das cadeiras remanescentes, independentemente de alcançarem a exigência dos 80% e 20% do quociente eleitoral. (Jota) Veja quem deve entrar e sair da Câmara. (UOL) O presidente do Senado e do Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP), não gostou nada de uma postagem do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) e decidiu pedir ao Conselho de Ética da Câmara a cassação do parlamentar. “Me veio a imagem da @Gleisi @lindberghfarias e o @davialcolumbre fazendo um trisal. Que pesadelo”, escreveu o deputado, marcando os três congressistas. Alcolumbre também decidiu ir à Justiça contra Gayer. As provocações de Gayer começaram após a declaração do presidente Lula de que nomeou uma “mulher bonita”, Gleisi Hoffmann, para a articulação política do governo porque queria melhorar a relação com o Congresso. A ex-presidente do PT é namorada de Lindbergh Farias. (Poder360) A fala de Lula causou desconforto na equipe do presidente. Já a nova ministra saiu em defesa do mandatário e afirmou que Lula é o líder que “mais empoderou mulheres” no país. “Não é qualquer líder que ousa lançar a primeira mulher presidenta do país, a primeira presidenta do PT, o que mais nomeou mulheres ministras, nas estatais, no Banco do Brasil, na Caixa, no Superior Tribunal Militar e outros tantos lugares.” (g1) O episódio machista de Lula foi o segundo de maior prejuízo para o presidente nas redes sociais, segundo levantamento da Bites, perdendo apenas para quando ele comparou a ação de Israel em Gaza à de Hitler na Segunda Guerra. (Globo) E a pesquisa Ipsos-Ipec (íntegra) divulgada ontem mostra que 41% avaliam o governo Lula como ruim ou péssimo, enquanto 27% o consideram ótimo ou bom. É a primeira vez neste terceiro mandato do petista que a avaliação negativa supera a positiva em um levantamento Ipsos-Ipec. O percentual de insatisfeitos cresceu sete pontos de dezembro para cá e o de satisfeitos caiu na mesma proporção. (g1) Meio em vídeo. Lula escolheu a circunstância e a forma de defender as mulheres petistas, reduzindo a indicação de Gleisi a sua beleza. Confira o que pensa Mariliz Pereira Jorge em De Tédio a Gente Não Morre. (YouTube) O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que apoia um cessar-fogo com a Ucrânia, mas fez uma série de perguntas e impôs condições à proposta americana para acabar com a guerra que já dura três anos. “Concordamos com as propostas para interromper as ações militares, mas partimos do fato de que essa suspensão deve levar a uma paz de longo prazo e eliminar as causas raízes da crise”, disse ao lado do presidente bielorrusso Alexander Lukashenko. Moscou insiste que qualquer acordo deve incluir o reconhecimento internacional do território tomado, um compromisso de que Kiev não se juntará à Otan e a promessa de que as forças de paz europeias não entrarão na Ucrânia. Putin vai se reunir com Steve Witkoff, enviado a Moscou por Donald Trump. (Politico) Trump quer taxar vinho europeu em 200%Marcelo Martinez 
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