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Cascavel,25/04/2024

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Campus de Cascavel da Unioeste comemora 50 anos de fundação

Fonte: Assessoria
Campus de Cascavel da Unioeste comemora 50 anos de fundação

Muita emoção e sentimento de gratidão foi o que marcou
a celebração dos 50 anos do Campus de Cascavel da Universidade Estadual do
Oeste do Paraná iniciada pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras
(Fecivel) em 1972.

Reunindo toda comunidade acadêmica, ex-diretores,
acadêmicos e docentes a noite foi histórica e os presentes puderam conhecer a
trajetória de lutas e de conquistas que os pioneiros do ensino superior na
região de Cascavel travaram ao sonhar hoje a tão grandiosa e respeitada
Unioeste.

O reitor da Universidade, professor Alexandre Webber,
falou do privilégio de comemorar essa data ao lado dos fundadores da Fecivel.
“Estou aqui para agradecer aos que lutaram pela implantação do ensino superior
em Cascavel. Me formei e fiz minha carreira na Unioeste, primeiro como aluno,
depois como professor, coordenador, diretor e hoje reitor. Essa trajetória aqui
dentro sempre foi de lutas e batalhas”.

Alexandre ainda reforçou o papel das universidades
públicas: “tem que haver uma coerência pois, num País tão desigual isto é
fundamental para o desenvolvimento da nação e o que seria da nossa região se
vocês não tivessem sonhado com essa universidade? Todos foram fundamentais
nessa trajetória de conquista da Universidade. Insisto que a Universidade
Pública tem um papel, não apenas de formação, mas também da transformação da
sociedade. É um dia de comemorar e agradecer a todos que batalharam pela nossa
Universidade que só cresceu e se desenvolve. É impossível fazer um País melhor
e menos desigual sem uma educação pública de qualidade e gratuita que é
fundamental para equalizar a condição social. Vamos sempre lutar por uma
Universidade pública, gratuita e de qualidade”.
 

O diretor geral do Campus, professor Aníbal Mantovani
Diniz, fez um agradecimento a todos que se envolveram e se engajaram na causa
de implantar a primeira universidade de ensino superior na região. “Presto
homenagens aos visionários, sonhadores e lutadores. A educação do nosso povo
sempre foi e será a salvação da nação. É com ela que alcançamos a cidadania e
uma vida digna para todos, e aqui fazemos isso. Vivenciei a construção dos prédios,
a implantação dos cursos e, portanto, é uma missão nossa continuar esse
trabalho. Tenho orgulho da mudança e da adaptação da minha carreira que hoje
resultou na minha permanência no Campus. Continuo sonhando como nossos
pioneiros e trabalhando no ensino de graduação fazendo ciência através da
pesquisa e dos nossos cursos. É uma felicidade compartilhar desse sonho que
sempre nos impulsionará para o futuro pensado para as pessoas e que venham os
desafios as dificuldades, nos adaptaremos e seremos sempre gigantes com apoio
de todos”.

O superintendente da Seti (Superintendência Geral de
Ciência, Tecnologia e Ensino Superior), Aldo Bona, comentou que quando a
Fecivel  nasceu Cascavel deveria ter
cerca de 90 mil habitantes e que, certamente, a existência do ensino superior
tem contribuição relevante para o crescimento da cidade, que hoje tem mais de
300 mil habitantes. “ 50 anos para uma Universidade, significa que ela acabou
de nascer. Parabéns à Unioeste e sua comunidade acadêmica do passado, presente
e futuro. Que consigamos construir essa trajetória e que ela consiga ser
milenar porque é com ciência, tecnologia e soberania na produção do
conhecimento que vamos conseguir alcançar o nível máximo no País”.

O prefeito de Cascavel que também prestigiou a
celebração dos 50 anos, Leonaldo Paranhos disse não conseguir imaginar a cidade
sem a Unioeste. “Foi muito significativa decisão de um grupo pequeno lutar pela
Universidade. Quantas pessoas hoje que são empresários, médicos, professores,
mestres, doutores porque por aqui passaram. 
A Unioeste mudou a realidade da vida das pessoas. Foram tantos anos de
luta e valeu a pena”.

Os fundadores da Fecivel

O primeiro diretor da Fecivel, Jamil Lorenço, 86 anos,
abrilhantou a noite com seu depoimento de como foi fundada a primeira
instituição de ensino superior em Cascavel, a Fecivel que hoje se transformou
no Campus de Cascavel da Unioeste. “Quando vim para Cascavel há 50 anos fui
trabalhar como juiz da cidade, mas o prefeito da época me pediu para ajudar a
fazer um regimento interno para faculdade. Todos os dias depois do expediente
nos reuníamos para preparar o regulamento para aprovação da faculdade, mas
exigiam a nomeação de um diretor e foi pedido para que eu assumisse o cargo,
provisoriamente, mas o Ministério da Educação não aceitou, queriam definitivo,
e foi assim que me tornei o primeiro diretor da Faculdade. Foi uma escolha
optativa do prefeito”.

Jamil contou que fez o que um diretor faz, “estudei
para que ela prosperasse, sem deslizes. Nos primeiros dois anos fizemos a
nomeação dos professores, fizemos um concurso e os 20 poucos professores que
passaram assumiram. Eu gostaria de fazer uma homenagem a todos que me
auxiliaram nesse primeiro momento, todos os professores e servidores que
estiveram comigo nos primeiros anos da faculdade”.

Na homenagem o ex-diretor do Campus, professor Luiz
Gonzaga de Andrade, também fez um relato da 
passagem administrativa pelo Campus e lutas que travou para a
consolidação da Unioeste. “Comecei minhas atividades docentes e administrativas
nesse Campus, antes denominado Fecivel, em 1975, com apenas dois anos e meio de
vida. Em julho de 1978 fui eleito e nomeado diretor para mandato de quatro
anos. Em julho de 1982 fui eleito vice-diretor dando continuidade aos trabalhos
antes iniciados, em junho de 1984 com a renúncia ao cargo por parte do diretor
assumi novamente a direção desse estabelecimento para cumprir o mandato. Muitas
dificuldades enfrentamos, principalmente financeira. Além dessas, fomos
atingidos por um tornado, a biblioteca teve teto completamente arrancado e
arremessado sobre as demais edificações causando danos, perdermos 10% do acervo
bibliográfico e salvamos o restante graças a cooperação de professores, alunos
e funcionários que em plena escuridão e embaixo de chuva transportaram livros
para partes dos prédios parcialmente atingidos. Enquanto reconstruíamos o
prédio as aulas foram ministradas em escolas das redes municipais de ensino”.

Luiz contou ainda que em sua gestão foram reconhecidos
os primeiros cursos com os quais a Instituição foi implantada: Letras,
Pedagogia, Ciências e Matemática.” Criamos e reconhecemos os cursos de
Administração de Empresas, Ciências Contáveis, Ciências Econômicas, Enfermagem
e Engenharia Agrícola”.

Para a estadualização da Instituição, segundo o
ex-diretor, uma caravana foi à Curitiba com professores, prefeito Jaci
Scanagatta, representantes dos empresários, vereadores, deputados, professores
e alunos expor as dificuldades ao então governador Nei Braga que garantiu que
estudaria o caso, mas nada se consolidou. “Quando governador José Richa assumiu
o governo, com auxílio do deputado Mário Pereira, voltamos à Curitiba expusemos
nossas dificuldades e solicitamos a estadualização da Fecivel. O governador
disse que não poderia nos atender porque suas prioridades eram o ensino
fundamental e médio e que fossemos bater às portas do Governo Federal, e assim
o fizemos em caravana. Fomos recebidos pelo ministro da Educação e pelo
vice-presidente Marcos Maciel, prometeram estudar nosso caso, porém nada foi feito.
Conscientes que uma andorinha só não faz verão, convidamos outras faculdades
municipais do Oeste para se juntarem a nós. Através de inúmeras e incansáveis
reuniões juntamo-nos com Marechal Cândido Rondon, Toledo e Foz do Iguaçu e
chegamos ao que hoje somos. Quero agradecer e honrar aos professores
falecidos”, relatou.

O professor Carlos Roberto Calssavara, também
ex-diretor do Campus, contou sua trajetória docente em Cascavel. “Para mim é
uma honra muito grande participar dos 50 anos da Fecivel/Unioeste campus de
Cascavel. Vim de Cianorte, comecei como docente de ensino primário aos 16 anos,
nunca exerci outra atividade a não ser magistério. Ao terminar minha primeira
faculdade, Matemática, estava indo cursar engenharia Civil em Curitiba, passei
em concurso aos 18 anos e escolhi Cascavel. Aqui eu aprendi muito, porque vivi
internamente todos os momentos. De 1975 até 2012, quando me aposentei.
Participei da sala de aula à parte administrativa. Em todos os momentos da
Instituição, nos processos de desenvolvimento, nos projetos de novos cursos eu
participei, assim como outros também participaram. Em especial Engenharia
Agrícola que ajudei, fui primeiro coordenador, assim como no curso de
Informática. A gente aprendeu muito, porque as vezes o professor está em sala
de aula, mas é importante participar da parte administrativa, ver os problemas
que existem, que formam uma instituição. A Unioeste foi a primeira instituição
estadual a ser reconhecida pelo Conselho Estadual de Educação, foi uma
experiência incrível. Precisamos agilizar uma série de questões por ser uma
universidade multicampi. Fico muito feliz pelos 50 anos por ter participado
intensamente, como docente e também na parte administrativa. Fico feliz por
estar vivo, presente e participando desses 50 anos. Que a Universidade continue
nessa caminhada. Só quem viveu nesse tempo todo aqui dentro, sabe o quanto ela
é importante, os investimentos públicos que foram colocados. Quando começamos
mal tínhamos professores com especialização e hoje temos mais de 50 cursos em
apenas 50 anos.

O ex-diretor do Campus e ex-reitor da Unioeste,
professor Paulo Sérgio Wolff, comentou da participação de toda a comunidade
acadêmica no processo de transformação da Fecivel em Unioeste. “São tantos anos
nessa Universidade e noto que todas as pessoas contribuíram para o crescimento.
Fui três vezes diretor geral do campus de Cascavel e duas vezes reitor. Quero
dar um destaque aos 20 professores que iniciaram na Fecivel e também aos
funcionários que começaram aqui. Quero reverenciar todos os funcionários que
ajudaram construir com o papel social da Universidade. Além, é claro de
reverenciar nossos alunos. Nossa missão é que o jovem da região oeste e
sudoeste do Paraná tenha condição de ter uma grande oportunidade de estar em
uma Universidade como o jovem paulista. A Unioeste nunca vai parar, porque cumpre
o papel dela. Tenho muito orgulho de ter sido um dos dirigentes dessa
Universidade e todos vocês me ajudaram e me ajudam. Eu sou o que sou graças a
Unioeste”.

O professor Alfredo Petrauski, também ex-diretor do
Campus, disse que é com grande alegria poder saber como foi a criação da
Fecivel. Somos todos professores, servidores, acadêmicos presentes e todos
estamos muito felizes por esta data. A gente deseja qualidade na formação, que
vai além da técnica e que verdadeiramente dê significado para a vida humana,
que a gente tanto precisa. Infelizmente algumas pessoas muito importantes já
partiram. Eu tive a felicidade de optar pelo magistério, desde os 16 anos. Amo
o ambiente da sala de aula e sou hoje um professor realizado. A sala de aula é
o carro-chefe de toda Universidade, e se pudemos colaborar com uma equipe
esforçada por quatro anos como diretor do campus a gente deve aos exemplos que
tivemos”.

Na cerimônia também foram homenageados docentes e
agentes universitários, na ocasião, representados pelo professor Alberto
Rodrigues Pompeu e a servidora Sandra Regina Fernandes de Albuquerque Alves.

O professor Pompeu, emocionado, agradeceu a homenagem
como uns dos primeiros acadêmicos da Fecivel. “Aqui fizemos nossa vida sempre
juntos da Universidade eu ainda me sinto parte dessa Instituição pois a minha
família está aqui estudando nesta Universidade. Ainda vamos colaborar com a
Unioeste com a formação do museu. É incrível ver o que aconteceu50 anos
depois”.

Já a servidora Sandra Regina agradeceu a homenagem e
se disse orgulhosa de vivenciar e compartilhar durante 37 anos da história do
Campus. “O Campus de Cascavel foi berço da Unioeste é bom e desafiador
trabalhar nesta Instituição”.

Fecivel

Segundo os fundadores da Faculdade, as reinvindicações
pelo ensino superior em Cascavel 
iniciaram-se no final da década de 1960 e intensificaram se na década de
1970 sendo que o início do ensino superior na cidade foi marcado pela
instauração da Fecivel (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Cascavel)
em 1972, com os cursos de Auxiliar de Biblioteca, Comunicação e Expressão,
Educação Especial e Pesquisa Bibliográfica. Entretanto, era perceptível a
carência de professores titulados e a situação era agravada pelas dificuldades
orçamentárias. Dessa forma, em 1994, a Fecivel foi vinculada à Universidade
Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e se configurou como Campus de Cascavel.

Atualmente, o Campus de Cascavel da Unioeste possui 19
cursos de graduação, cinco de pós-graduação lato sensu, 22 pós-graduação
stricto sensu (15 mestrados e 7 doutorados) e três cursos de EAD (Educação à
Distância). Conta também com 136 agentes universitários efetivos e 14
temporários, 13 terceirizados, 79 estagiários e 527 docentes, sendo eles 118
mestres, 337 doutores e 27 pós-doutores. Estão matriculados no Campus 2.873
alunos de graduação presencial, 1933 alunos de graduação EAD, 99 alunos de
pós-graduação lato sensu e 1.076 alunos de pós-graduação stricto sensu, sendo
esses 649 discentes de mestrado e 427 de doutorado (Dados/ julho/2022.)
 

A Unioeste 

A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste)
foi instituída a partir de quatro faculdades municipais pré-existentes na
região – a Fecivel (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Cascavel) em
Cascavel, a Facisa (Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Foz do Iguaçu)
em Foz do Iguaçu, a Facimar (Fundação Educacional de Marechal Cândido Rondon)
em Marechal Cândido Rondon e a Facitol (Faculdade de Ciências Humanas Arnaldo
Busato) em Toledo, e depois, em 1999, a Unioeste passou a contar a Facibel
(Faculdade Municipal de Francisco Beltrão), ampliando geograficamente a área de
abrangência direta da Universidade alcançando o Sudoeste do Estado.

Em 1985, houve uma reunião na cidade de Guaraniaçu
sobre o tema central da criação de uma universidade de abrangência regional. Em
1986, uma caravana de diversos segmentos da sociedade regional, dirigiu-se a
Brasília para pleitear a manutenção federal desse projeto. Diante da
irredutível negativa do Governo Federal, as forças voltaram seu pleito ao
Governo do Estado. Daí para frente, a unificação das cinco instituições de
ensino superior seguiu um processo gradativo.

Legalmente, a Unioeste foi transformada em Fundação
Estadual do Oeste do Paraná (Funioeste) em 1987 e, em seguida, ainda ao início
de 1988, foi implantada a gratuidade do ensino aos seus estudantes.

Somente em agosto de 1994, o Conselho Estadual de
Educação aprovou o projeto de reconhecimento da Unioeste e encaminhou o
processo ao Ministério da Educação (MEC). Em 23 de dezembro de 1994, a Unioeste
finalmente foi reconhecida como Universidade, a primeira multicampi do Paraná.

A gestação, criação e instalação de uma universidade
multicampi regional de natureza pública e gratuita, na dinâmica e nos moldes da
Unioeste, foi um processo inédito no Paraná e no Brasil. A luta foi por uma
universidade criativa, democrática e crítica, comprometida com a história,
cultura, educação, economia, com os problemas sociais e com os grandes desafios
da região.

As duas regiões, Oeste e Sudoeste, que acolhem a
Unioeste são compostas por cerca de dois milhões de habitantes. Além disso, a
partir do final de 2000, o Hospital Universitário do Oeste do Paraná passou a
integrar a estrutura da Unioeste.

 

 

















































































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