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Cascavel,28/03/2024

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Servidores do HUOP iniciam curso de idioma crioulo haitiano

Com isso, o HUOP se torna o primeiro hospital do país a oferecer essa qualificação, desde o acolhimento na recepção até o momento da consulta com um médico


Servidores do HUOP iniciam curso de idioma crioulo haitiano Guilherme Silveira/ assessoria

Servidores do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), iniciaram nesta terça-feira (14), o curso de idioma Crioulo Haitiano. A iniciativa nasceu do intuito de buscar melhor atendimento às pessoas de origem haitiana. Com isso, o HUOP se torna o primeiro hospital do país a oferecer essa qualificação, desde o acolhimento na recepção até o momento da consulta com um médico.    

Para o reitor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Alexandre Webber, esse curso reforça o fato de que todo paciente do HUOP, seja de qual origem for, merece ter um atendimento humanizado.    

“Cresce o número de estrangeiros que saem do seu país de origem e escolhem o Brasil para poder viver e criar sua família, e nossa região tem recebido essas pessoas, que consequentemente buscam por atendimento no Hospital Universitário do Oeste do Paraná. Então, é fundamental todo esse trabalho da interpretação do idioma crioulo haitiano durante uma consulta médica; trabalhamos para que todos tenham condições de entender tudo que vai ser realizado durante o tratamento, tanto para o paciente, quanto para a equipe de profissionais. O HUOP sem dúvida é referência na saúde, mas também é referência no tratamento humanizado e isso, é essencial para consolidar cada vez mais nosso hospital universitário”, enfatizou Webber

Segundo Rafael Muniz de Oliveira, diretor geral do HUOP; com essa necessidade da interpretação e buscando novas formas de atendimento, o assunto foi abordado e agora está sendo colocado em prática com o curso aos servidores do hospital, “Depois do aumento considerável de pacientes que buscam atendimentos no HUOP; acolhemos a ideia com o setor de Educação Permanente e da Assessoria de Igualdade e Promoção Social da Unioeste. Nossos servidores vão ser treinados para melhorar ainda mais o atendimento a essa população que tem uma língua tão diferente e ao mesmo tempo tão presente. Buscamos sempre um atendimento mais acolhedor, mais humanizado”, explicou Muniz.


Sobre o curso

No total 30 vagas foram disponibilizadas aos profissionais do HUOP, cinco servidores do poder municipal também fazem parte da turma de alunos. As aulas são ministradas por Joice Ogea e Jacqueline Domingos, tradutoras e intérpretes do idioma Crioulo do Haiti. A primeira aula aconteceu nesta terça-feira (14) e segue nas seguintes datas: 28 de fevereiro de 2023. 7, 14, 21 e 28 de março de 2023. 4, 11, 18 e 25 de abril de 2023.    

Em uma rápida conversa antes da primeira aula, Joice disse que o primeiro contato com o idioma aconteceu há cerca de dez anos aqui em Cascavel.      

“Em 2010, o HUOP realizou um curso de idioma Crioulo Haitiano de dois meses, eu e a Jacqueline fizemos esse curso e depois fomos buscar aprender mais sobre a cultura deles. Fomos passar um período no Haiti para realmente aprender o idioma. Agora, estamos aqui para ensinar um pouco desse cultura tão linda e tão rica aos servidores do Hospital Universitário do Oeste do Paraná, com isso implementamos inclusão as pessoas”, explicou Joice.

Contato cultural

Os servidores aprenderam mais sobre o país com quase dois milhões de habitantes. Temas como expressões médicas, cultura e tradições, saudações e expressões básicas, letras e vocabulários devem ser repassadas aos servidores.

No primeiro foi abordado um pouco sobre a culinária, a educação, doenças, a falta de saneamento básico em muitos lugares e até mesmo que água e luz que são itens comuns no dia a dia dos brasileiros, são ofertadas em poucas regiões do Haiti de forma gratuita a população. Muitos haitianos têm a cultura de buscar a em um poço comunitário depois tratá-la em casa com produtos específicos para o consumo diário.       

As roupas são lavadas em rios, ou nascente pelas mulheres, elas são as líderes das famílias e o companheiro ajuda na renda do lar. Muitas famílias que têm condição de vida melhor usam o sistema de placa solar em casa, os haitianos não fazem o uso de geladeira dentro das residências. Então, um sistema de captação solar é usado para fonte de energia acoplada em bateria de moto que converte para energia elétrica comum: Esse item é exclusivamente para carregar o telefone celular e assim, os haitianos poderem ter contato com os familiares que estão fora do país em busca de uma vida mais digna.

Inclusão

Ivan José de Pádua, servidor há 21 anos e coordenador de assessoria de Igualdade e Promoção Social da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), explica que buscou saber mais sobre a inclusão da língua crioula depois de tomar conhecimento sobre uma mulher de origem haitiana que não conseguia se comunicar com a equipe médica quando o próprio filho esteve internado no hospital.

“Pensando em um atendimento mais humanizado, tanto a Unioeste quanto o HUOP, buscam formas de inclusão para todas as pessoas e ao saber sobre o caso da mãe que não conseguia se comunicar com os médicos, nasceu a ideia do curso junto com a reitoria da Unioeste, a direção geral e administrativa do HUOP”, ressaltou Ivan.

Assessoria





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