O CEONC Hospital do Câncer, em Cascavel, é um dos três hospitais paranaenses, com Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que obteve pontuação máxima de todos os indicadores de segurança propostos na Avaliação Nacional de Práticas de Segurança do Paciente. A certificação é referente ao ano de 2022 e foi atribuída, na última semana, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

A avaliação passa por uma série de critérios e consiste em um instrumento composto por 21 indicadores (de estrutura, processo e gestão de riscos), relacionados às práticas de segurança do paciente. A vigilância sanitária estadual avaliou mais de 5 mil documentos enviados pelas unidades hospitalares com os indicadores. O resultado desta análise classifica como serviço de “baixa, média ou alta conformidade” em relação às Práticas de Segurança do Paciente.

Para a enfermeira do CEONC, Cintya Michelle Bento, a avaliação é uma importante estratégia para a promoção da cultura de segurança, da gestão de riscos, do aprimoramento da qualidade e da aplicação das boas práticas em serviço de saúde preconizados pelas RDC N°63/2011 e pelas RDC n°36/2013.

“O CEONC constituiu em 2018 a comissão do Núcleo de Segurança do Paciente, com a finalidade de que todos os colaboradores entendessem e compreendessem a importância de protocolos para que os pacientes fossem atendidos com segurança e não corressem riscos inerentes a um processo ou evento adverso”, explica.

Desta forma, afirma Cintya, todos se envolveram com os protocolos, incluindo treinamentos com os profissionais de saúde. Além disso, todo colaborador recebe orientação funcional desses protocolos, para que esse resultado fosse alcançado.

“A qualidade dos serviços de saúde é um elemento determinante para assegurar a redução e o controle dos riscos aos quais o paciente está submetido. Nesse sentido, um conjunto de ações complementares entre si, incluindo controle sanitário e regulamentação, foi imprescindível para identificar precocemente e prevenir a ocorrência de eventos que afetam a segurança do paciente e reduzir danos”, comenta.

Entre os protocolos estão o de Identificação do Paciente; Isolamento e Precaução de Contato; Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos; Cirurgia Segura; Prática de Higiene das Mãos em Serviço de Saúde; Quedas; Prevenção de Úlceras por Pressão; Prevenção de Pneumonia Associada a Ventilação Mecânica (PAV), de Infecção do Trato Urinário; Infecção de Corrente Sanguínea e Quimioterapia Segura.

Avaliação de segurança

Dos 121 hospitais com UTI existentes no Estado, 114 participaram da Avaliação e apenas 28 receberam certificados de Alta Conformidade e Adesão Plena às práticas de segurança do paciente para hospitais públicos, filantrópicos e privados com UTI, sendo que 25 atenderam 67% dos quesitos exigidos pela agência nacional. Os demais obtiveram a classificação de até 66%.

Desde 2016, a Anvisa promove anualmente a “Avaliação Nacional de Práticas de Segurança do Paciente”. Esta iniciativa está apoiada no Plano Integrado de Gestão Sanitária da Segurança do Paciente 2021-2025, como uma estratégia para a promoção da cultura da segurança, com análise na gestão de riscos, o aprimoramento da qualidade e a aplicação das boas práticas em serviços de saúde. A prática pode evitar erros e danos aos pacientes.

Dentro dos protocolos de segurança estão alguns critérios como a prevenção de infecção primária de corrente sanguínea associada ao uso de cateter central; prevenção de Pneumonia Associada ao uso de Ventilação Mecânica (PAV); prevenção de Infecção do Sítio Cirúrgico (ISC); monitoramento mensal de indicadores de infecções relacionadas à assistência à saúde; higiene das mãos; a identificação segura e correta do paciente; cirurgia segura; prevenção de lesão por pressão; prevenção de quedas; segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos, além de outras práticas de segurança.

Assessoria