Uma pesquisa recente realizada pelo Serasa Experian apontou que mais de 27% dos produtores rurais brasileiros estão endividados. Este índice aponta que pelo menos 3 em cada 10 agricultores possuem dívidas ativas.

Apesar de não ser um número alarmante frente à situação econômica do país, a proporção indica um despreparo dos produtores rurais quando o assunto é evitar prejuízos e conseguir bons acordos de renegociação.

Segundo o advogado especialista Marcos Boschirolli, a principal indicação para que o agricultor evite prejuízos e futuros endividamentos é o uso do seguro rural. “A recomendação expressa é usar o seguro rural para impedir que uma intempérie, adversidade ou até uma queda brusca no preço atinja as finanças do produtor rural de tal maneira que traga prejuízos, podendo chegar a casos extremos de ter que vender parte ou completamente a propriedade”.

Se a dívida já for uma realidade, o produtor rural precisa ficar atento às propostas para não ficar ainda mais no prejuízo com juros exorbitantes. “Muitas instituições financeiras, para quitar o financiamento rural, oferecem ao produtor um empréstimo pessoal, em que todas as condições, inclusive os juros, são muito prejudiciais. Por isso, é essencial que o agricultor tenha em mente que em um financiamento rural ele possui amparo da lei, com juros mais baixos, que são fixados legalmente”, afirma o advogado. 

Advogado Marcos Boschirolli - Foto: Assessoria