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Cascavel,29/03/2024

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Cientistas testam remédio que reduz 94% da carga viral da covid-19

Resultados iniciais foram obtidos em testes em laboratório

Fonte: Divulgação
Cientistas testam remédio que reduz 94% da carga viral da covid-19


Nos próximos dias, cientistas
brasileiros vão iniciar os testes clínicos com um medicamento que apresentou
94% de eficácia em ensaios 
in vitro na redução da carga viral
em células infectadas pelo novo coronavírus. De acordo com o ministro da
Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes, os testes
serão feitos em 500 pacientes internados com covid-19, em sete hospitais do
país: cinco no Rio de Janeiro, um em São Paulo e um em Brasília.

O nome do medicamento só será
divulgado após o fim do protocolo de pesquisa clínica, até que seja demonstrada
a sua eficácia e segurança em pacientes, “para evitar uma correria em torno do
medicamento”. Mas, de acordo com Pontes, é um remédio de baixo custo, bem
tolerado e disponível inclusive em formulações pediátricas. “Por que isso é
importante? Ele tem uma vantagem muito grande, tem pouco efeito colateral e
pode ser empregado numa grande faixa da população”, explicou.

O ministro destacou a
importância e o trabalho da ciência brasileira na busca por soluções contra a
pandemia de covid-19. “Nós estamos falando de ciência feita no Brasil, uma
ciência respeitada em todo o mundo. Os nossos cientistas são muito
responsáveis, não só pelo conhecimento, mas pela atitude, esse pessoal tem
trabalhado dia e noite. Muitos são bolsistas e estamos conseguindo resultados
por meio do trabalho desses pesquisadores”, disse o ministro. “Espero que vocês
como brasileiros também tenham orgulho desses cientistas”, ressaltou.

Replicação
viral

Foram realizados testes com
2 mil medicamentos que já são comercializados em farmácias para verificar
se existe algum capaz de se ligar ao vírus e de bloquear a replicação viral. A
estratégia, chamada de reposicionamento de fármacos, foi adotada por cientistas
do Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), em Campinas, que integra o
Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização social
supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
(MCTIC).

Ao final, os pesquisadores
identificaram seis moléculas promissoras que seguiram para teste
 in
vitro 
com células infectadas com o novo coronavírus. Desses seis
remédios pesquisados, os cientistas do CNPEM descobriram que dois reduziram
significativamente a replicação do vírus. O remédio mais promissor apresentou
94% de eficácia em ensaios com as células infectadas.

O protocolo de ensaios
clínicos foi aprovado nesta terça-feira (14) pela Comissão Nacional de Ética em
Pesquisa. O medicamento será ministrado por cinco dias nos pacientes e mais
nove serão necessários para observação. Serão incluídos no estudo pessoas que
chegarem aos hospitais com pneumonia e sintomas de covid-19: febre, tosse seca
e as características da tomografia com vidro fosco.

O grupo de testagem será
amplo, com qualquer pessoa maior de 18 anos, mas não para os casos muito
graves. O paciente deverá assinar um termo de consentimento para participar do
protocolo, que consiste na administração aleatória do medicamento ou de
placebo. A expectativa é que o estudo seja concluído em quatro semanas. “Isso é
feito de forma extremamente científica, usando todo o formalismo científico,
para que a gente não tenha dúvidas”, destacou o ministro.

O desenvolvimento do estudo no
LNBio ocorre no âmbito da Rede Vírus do MCTIC, responsável pela articulação dos
laboratórios de pesquisa e especialistas na continuidade dos estudos com
pessoas infectadas pelo novo coronavírus.

Testes
e vacinas

O ministro também apresentou
hoje o resultado do trabalho do CTVacinas, da Universidade Federal de Minas
Gerais, que também por meio da Rede Vírus, desenvolveu um reagente nacional
que tem a mesma performance de reagentes importados para testes diagnósticos de
covid-19. “Isso dá autonomia para o país e a possibilidade de aumentar a
produção para os tipos de teste que estão sendo feitos no Brasil”, explicou
Pontes.

Outra pesquisa apresentada
pelo ministro é o desenvolvimento de um teste para detecção do novo coronavírus
que não precisa de reagente químico. “É um equipamento que faz reação com laser
a partir da saliva da pessoa que está sendo testado”, explicou. O processamento
do diagnóstico é feito por meio de inteligência artificial e o resultado fica
pronto em menos de 1 minuto.

O sensor está sendo
desenvolvido pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Teranóstica e
Nanobiotecnologia (INCT TeraNano), da Universidade Federal de Uberlândia, em
Minas Gerais. De acordo com Pontes, com a 
informatização das unidades de saúde, em 20 dias, será possível
colocar um número considerável dessas máquinas no país, cerca de mil máquinas
capazes de fazer até 500 testes por dia.

“Imaginando que tudo isso
funcione [o remédio e os testes], em meados de maio teremos ferramentas muito
efetivas para combater essa pandemia no Brasil e resolver todos esses
problemas”, disse o ministro.



































Texto:
Agência Brasil




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