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Cascavel,29/03/2024

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Pesquisa mostra como população se deslocava para compras antes da pandemia

Dados são relativos a 2018 e contemplam a população que precisa sair do próprio município para comprar vestuário, calçados, móveis e eletroeletrônicos

Fonte: Acervo IBGE
Pesquisa mostra como população se deslocava para compras antes da pandemia


O IBGE divulga hoje (21) a
pesquisa Regiões de Influência das Cidades (Regic) 2018 – Informações de
deslocamentos para Comércio, com dados preliminares, análises e regionalizações
que identificam cidades que funcionam como polos comerciais para compra de
roupas, calçados, móveis e eletroeletrônicos. Os dados, relativos a 2018, foram
antecipados com o objetivo de contribuir com diagnósticos do impacto econômico
da Covid-19. Em breve, as informações também serão disponibilizadas em mapas
interativos, no hotsite 
covid19.ibge.gov.br/

A
pesquisa mostra que o deslocamento médio dos brasileiros que precisaram sair de
seu município para comprar eletroeletrônicos e móveis foi de 73 km. Já para
adquirir vestuário e calçados, essa média aumenta para 78 km. De acordo com a
pesquisa, o atendimento às demandas das cidades afastadas dos grandes
centros urbanos frequentemente é feito pela internet, mas há locais que atraem
pessoas de distâncias maiores, por possuírem comércio diversificado de
eletrônicos, por exemplo.

Com
o isolamento social atual, houve mudanças no padrão geográfico de consumo por
causa da redução da atividade comercial e de restrições de deslocamentos entre
municípios. De acordo com o gerente de Redes e Fluxos Geográficos do IBGE,
Bruno Hidalgo, a pesquisa pode contribuir para fazer diagnósticos mais
detalhados de impacto específico para essas cidades que funcionam como centros
comerciais.

“As
cidades que são destinos recorrentes para realização de compras dos itens
investigados pela pesquisa podem sofrer redução de vendas específicas durante
esse período de pandemia em razão de receberem menos consumidores do que o
habitual”, explica.

Parte
dessas repercussões negativas no comércio pode ser observada pelos resultados
da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE, que mostram que as vendas no
varejo recuaram 2,5% em março de 2020 em relação a fevereiro. A queda foi ainda
maior nos itens analisados nos quesitos de comércio da Regic: tecidos,
vestuário e calçados tiveram um volume de vendas 42,2% inferior e o setor de
móveis e eletrodomésticos teve uma redução de vendas de 25,9%. Em março de
2020, esses dois setores representaram 4,5% e 8,4%, respectivamente, do varejo
nacional, segundo a PMC.

A Regic apresenta também um
índice de atração, que aponta uma dimensão da quantidade potencial de pessoas
que a cidade pode atrair para a aquisição de determinado bem ou serviço. O
índice é calculado a partir da população residente nos municípios entrevistados
e o percentual dos destinos. Nesse quesito, em relação ao comércio de vestuário
e calçados, observa-se que entre os polos de comércio identificados, há os
extremos de São Paulo (SP) e de São Francisco de Goiás (GO), o município com
menor índice de atração.

Entre
as mais atrativas para compras de vestuário e calçados, o arranjo populacional
de Goiânia (GO) polariza o maior número de municípios (161), atraindo
consumidores de grandes distâncias, como do Tocantins, sudeste do Pará, norte
de Mato Grosso e oeste da Bahia. A segunda maior centralidade nesse tema é a
cidade de Caruaru (PE), seguida de Feira de Santana (BA).

Entre os
polos identificados como destino de compras de vestuário e calçados,
destacaram-se também o arranjo populacional de Franca (SP), o município de Jaú
(SP), o arranjo populacional de Brusque (SC), Tobias Barreto (SE), Santo
Antônio de Jesus (BA), Cianorte (PR), Divinópolis (MG), Santa Cruz do
Capibaribe (PE) e Toritama (PE).
Região Norte apresenta maior distância
percorrida para compras de vestuário e calçados.

Enquanto
na região Norte, polarizada pelo município de Manaus (AM) e pelo arranjo
populacional de Belém (PA), as distâncias a serem percorridas para aquisição de
vestuário e calçados, em média, superam os 160 km, os deslocamentos nos estados
do Sudeste e a maioria dos estados das regiões Sul e Nordeste ficam em torno de
50 km a 75 km. A exceção é Tocantins, que segue a média de 85 km a 95 km dos
vizinhos Maranhão, Piauí e Bahia.

A
maior média de deslocamentos para compra de vestuário e calçados ocorre no
Amazonas, com 342 km, quase exclusivamente em direção à capital. Já a menor
ocorre em Santa Catarina, com média de 33 km, onde a profusão de centralidades
intermediárias existentes (capitais regionais, centros sub-regionais e centros
de zona).

Os
deslocamentos destinados ao arranjo populacional de Goiânia (GO), que polariza
o maior número de municípios do país, apresenta uma média de 403 km.

Zona Franca de Manaus atrai
população para compra de eletroeletrônicos no Amazonas 

As
distâncias percorridas partindo de cidades do Amazonas para a compra de
eletroeletrônicos e móveis (388 km) é duas vezes superior à segunda maior
distância média, registrada no Mato Grosso (181 km). Isso ocorre por haver
poucas cidades de níveis hierárquicos intermediários que poderiam atender a
essa demanda no estado, além disso há a Zona Franca de Manaus, onde há
fabricação e comércio especializado em eletroeletrônicos, mais um fator que
contribui para a atratividade de Manaus. Sete cidades do oeste paraense e Boa
Vista (RR) também indicaram Manaus (AM) como destino para esse tema.

Rondônia,
por sua vez, com maior presença de cidades de hierarquias intermediárias – como
Cacoal (RO), Ji-Paraná (RO) e Ariquemes (RO) – atrai as cidades próximas de
menor porte e apresenta média de deslocamentos de 114 km, inferior em três
vezes a média amazonense par compra de móveis e eletroeletrônicos.

O
segundo estado com maior distância média percorrida entre as cidades para
compras de eletroeletrônicos e móveis é Mato Grosso, totalizando 181 km. O
estado costuma apresentar médias de deslocamento mais semelhantes às
encontradas na região Norte do que aos demais estados da região Centro-Oeste,
sobretudo por conta do padrão de deslocamentos encontrados no leste do estado.

Em
um padrão intermediário, Tocantins, Maranhão, Goiás e Piauí apresentaram médias
semelhantes de deslocamentos para compras de eletroeletrônicos e móveis (entre
85 km e 95 km), seguidos pela maioria dos estados do Nordeste, Sul 
e  Sudeste  com  deslocamentos médios de 45 km a 75 km.

O
destaque para curtas distâncias foi, assim como nas compras para vestuário e
calçados, Santa Catarina, com apenas 36 km e a Paraíba, com 38 km. Nesse
estado, os arranjos populacionais de Campina Grande (PB) e Patos (PB) foram
centralidades de referência para compra de eletroeletrônicos para as cidades
vizinhas, reduzindo a necessidade de deslocamentos por distâncias maiores.

Verificando
as cidades que possuíam atração proporcionalmente mais forte para o tema de
compras de eletroeletrônicos e móveis, além de São Paulo (SP) e Manaus (AM),
destacaram-se Carmo do Cajuru (MG) e os arranjos populacionais de Ubá (MG) e
São Bento do Sul (SC)/Rio Negrinho (SC), além de cidades fronteiriças, como os
arranjos populacionais internacionais de Foz do Iguaçu (Brasil)/Ciudad del Este
(Paraguai) e Pedro Juan Caballero (Paraguai)/Ponta Porã (Brasil). 

Agência
de notícias IBGE











































 




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