Excesso de velocidade é a causa de 46% dos óbitos no trânsito de Cascavel em 2020
De janeiro a junho, 24 pessoas já perderam a vida nas vias e rodovias do Município
A imprudência continua
fazendo vítimas no trânsito em todo o mundo e, em Cascavel, não é diferente. A
principal causa provável de mortes nas vias e rodovias que fazem parte da
circunscrição do Município, neste primeiro semestre de 2020, foi o excesso de
velocidade, seguido de associação de álcool e direção e avanço de
preferencial/sinal. Essa constatação é dos membros do Cotrans (Comitê Intersetorial
de Trânsito)/PVT (Programa Vida no Trânsito), que em reunião por
videoconferência analisaram as 27 mortes registradas no perímetro urbano e
rodoviário que faz parte do Município de Cascavel no período de 1 de janeiro a
19 de junho deste ano.
Como o grupo analisa
detalhadamente as prováveis causas das ocorrências, com base em todos os dados
divulgados pelos órgãos de segurança e da Secretaria de Saúde, três óbitos - de
um total inicial de 27 - foram descartados como acidentes de trânsito deste
ano: dois foram classificados como causa natural (em duas situações foi
constado que os condutores sofreram AVC no trânsito) e um foi considerado
homicídio. Desta forma, até o momento são contabilizados 24 óbitos (geral),
sendo 11 no perímetro urbano e 13 em rodovias. Desses, 11 tiveram como causa
provável o excesso de velocidade (46%), seguido de quatro por uso associado de
álcool x direção (17%) e três por avanço de preferencial (13%), totalizando 18.
Os demais tiveram causas como ultrapassagem em local proibido, queda de moto,
fadiga e avanço de semáforo.
11% menos mortes
Este número, embora junho
ainda não tenha sido finalizado, é 11% menor do que igual período de 2019,
quando foram registradas de janeiro a junho 27 mortes no trânsito, conforme o
comparativo abaixo:
Comparativo de mesmo | 2019 | 2020 |
Motociclista | 8 | 7 |
Condutor Auto | 5 | 8 |
Pedestre | 7 | 6 |
Ciclista | 4 | 0 |
Passageiro Auto | 3 | 2 |
Passageiro Moto | 0 | 1 |
TOTAL | 27 | 24 |
Todos os números estão
positivos, com exceção do condutor de automóvel, que aumentou em 60% o número
de óbitos, passando de 5 em 2019 para oito este ano.
Participaram da reunião do
Cotrans a coordenadora da Educação de Trânsito da Cettrans/Transitar, Luciane
de Moura; o coordenador do Cotrans, major Amarildo, do 4º Grupamento de
Bombeiros, e representantes da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia
Rodoviária Estadual, da Polícia Militar, da Secretaria de Saúde e da 10ª
Regional de Saúde.
Falta de cinto de segurança
De acordo com Luciane de
Moura, além da causa principal, que é o excesso de velocidade, os especialistas
observaram ausência do cinto de segurança associada aos demais fatores de risco
em várias ocorrências. Em pelo menos três óbitos, a falta do cinto pode ter
sido fator determinante para agravar o trauma. “O cinto de segurança tem o uso
obrigatório como proteção do condutor há décadas e, sempre enfocamos nas ações
de educação de trânsito a importância, contudo, ainda há cidadãos que,
infelizmente, não dão importância ao equipamento de segurança”, enfoca Luciane
de Moura, enfatizando que “mesmo durante a pandemia, os trabalhos com Educação,
Engenharia e Fiscalização de Trânsito continuam ocorrendo em nossa cidade,
sempre visando à segurança e à vida de cada cidadão”.
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do Cidadão
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