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Cascavel,29/09/2024

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Ponte da Integração se aproxima dos estágios finais

Participação de Itaipu na construção foi formalizada no Governo Temer, em 2018


Ponte da Integração se aproxima dos estágios finais Ponte da Integração - Foto: Sara Cheida/Itaipu Binacional

A Ponte da Integração, nova ligação rodoviária entre Brasil e Paraguai, será um novo marco nas relações com o país vizinho, com impactos positivos no comércio internacional, integração logística, desenvolvimento regional, segurança e fiscalização. “Assim como Itaipu, a ponte é um símbolo da cooperação e do fortalecimento dos laços bilaterais, e resultado da ação contínua de diversos governos”, afirma o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri.


Diretores-gerais Enio Verri e Justo Zacarías Irún na Ponte da Integração - Foto: Sara Cheida/Itaipu Binacional

É também resultado do compromisso da Itaipu com o desenvolvimento sustentável de sua área de influência. A ponte foi integralmente financiada pela margem brasileira da usina, que previu os recursos necessários para sua construção ainda em 2018, para iniciar a sua execução no orçamento do ano seguinte. Hoje, a obra se aproxima dos estágios finais e a previsão é que, dentro de aproximadamente um ano, a perimetral que liga a BR-277 à ponte estará concluída, permitindo mais uma ligação logística entre os dois países. 

Verri destaca que o convênio entre Itaipu, DNIT e DER alusivo à ponte foi 100% executado. Os recursos providos por Itaipu (um total de R$ 373 milhões) foram integralmente transferidos, com o último pagamento e a prestação de contas realizados em fevereiro deste ano. As obras civis foram concluídas em outubro de 2023 e a iluminação cênica foi finalizada em fevereiro de 2024.

“A Ponte da Integração não apenas facilita o transporte e o comércio entre Brasil e Paraguai, mas também promove a integração regional, fortalecendo os vínculos culturais e econômicos. Essa obra é um testemunho do compromisso dos dois países com o desenvolvimento sustentável e a cooperação mútua, abrindo novas oportunidades para o crescimento e a prosperidade de ambas as nações”, explica Verri, que recentemente esteve na obra com o diretor-geral paraguaio, Justo Zacarías Irún, para verificar o andamento dos serviços. 


Ponte prestes a ligar Brasil e Paraguai, em agosto de 2022 - Foto: Rubens Fraulini/Itaipu Binacional

Histórico

Desde o início das tratativas para a construção da ponte, já se vão mais de 30 anos. Elas começaram em 1992, sob a presidência de Fernando Collor, quando os governos brasileiro e paraguaio firmaram uma Ata de Entendimento prevendo iniciar os estudos para a obra. O acordo foi encaminhado para apreciação do Congresso Nacional no ano seguinte, pelo então presidente Itamar Franco. 

A aprovação ocorreria em outubro de 1994, já no governo de Fernando Henrique Cardoso. Porém, a comissão mista, com técnicos de ambos os países, só viria a ser formada no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 8 de dezembro de 2005, em Montevidéu, Brasil e Paraguai aprovaram um novo acordo para a construção da ponte, estabelecendo que esta ligaria os municípios de Foz do Iguaçu e Presidente Franco. O documento definiu, ainda, que os estudos técnicos e ambientais, projeto básico, executivo e de engenharia ficariam a cargo do Brasil. 

Em dezembro de 2012, já no governo Dilma, o DNIT publicou o primeiro edital para a construção da nova ponte. Porém, por conta de divergências em relação aos valores do empreendimento, a licitação não prosperou. Um novo edital foi publicado em janeiro de 2014, com vitória do consórcio Construbase-Cidade-Paulitec. Porém, a licença ambiental só foi concedida pelo Ibama em fevereiro de 2017, já no governo Temer. 

Em 2018, o governo de Michel Temer encaminhou para a Advocacia-Geral da União (AGU) um pedido para avaliar uma solução para a construção da ponte envolvendo a Itaipu Binacional. A usina pagaria não apenas uma, mas duas novas pontes sobre o Rio Paraná: a da Integração, financiada pela margem brasileira, e outra ligando Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul, a Carmelo Peralta, no Paraguai. 

Pelo acordo, Itaipu também ficou responsável pelo financiamento de uma perimetral, com 15 quilômetros de extensão, conectando a nova ponte e uma nova aduana brasileira no acesso à Argentina, à rodovia BR-277.

O Tribunal de Contas da União (TCU) deu parecer favorável à solução envolvendo Itaipu em 17 de dezembro de 2018. No dia seguinte, durante a Reunião de Cúpula do Mercosul em Montevidéu, os presidentes Michel Temer e Mario Abdo Benítez acertaram os detalhes do empreendimento. Em 21 de dezembro, ambos anunciaram oficialmente a construção da ponte, em uma cerimônia na usina de Itaipu. 


Presidentes Michel Temer e Mario Abdo Benítez no anúncio da obra, em 2018 - Foto: Nilton Rolin/Itaipu Binacional

A execução da obra da ponte ocorreu no governo Bolsonaro. E a perimetral e a aduana seguem agora para finalização no terceiro mandato do presidente Lula. “Por suas características e tempo de execução, obras como a Ponte da Integração, ou a própria Itaipu, são projetos de Estado, que transcendem governos, e que deixam um legado que, certamente, beneficiará muitas gerações de brasileiros e paraguaios”, conclui Verri.

Essa ação da Itaipu está relacionada ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU de número 9 (Indústria, Inovação e Infraestrutura).

Saiba mais sobre os ODS.

Assessoria




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