Especialista elenca doenças mais comuns entre as mulheres
Dia do Ginecologista e Obstetra reforça a importância do profissional que atua na manutenção da saúde feminina
Nas últimas décadas, o estilo de vida da população vem se transformando e tornando a rotina cada vez mais corrida, fazendo com que o cuidado com a alimentação saudável e exercícios físicos fiquem em segundo plano. No caso das mulheres, que em sua maioria além do trabalho ainda acumulam as atividades domésticas, o tempo de dedicação para esses cuidados é ainda mais escasso, o que traz inúmeros impactos para a saúde. “A vida moderna dificulta a boa alimentação e atividade física adequada, assim levando a paciente ao sedentarismo, obesidade, estresse, insônia e suas consequências”, alerta o ginecologista e obstetra do Policlínica Hospital de Cascavel, André Marchewicz.
Doenças mais comuns
Além do estilo de vida, outros aspectos também contribuem para o registro de doenças nas mulheres. “As mulheres estão propensas a algumas doenças com maior frequência devido a fatores hormonais, biológicos e sociais. Uma das condições mais comum é o câncer de mama, das doenças mais prevalentes entre as mulheres. A detecção precoce, por meio de mamografias e autoexame, é fundamental para aumentar as chances de tratamento eficaz. Além dele, temos ainda o câncer de colo do útero, causado principalmente pelo HPV, mas que é prevenível por meio de exames de Papanicolau regulares e vacina contra o HPV; e a osteoporose, comum em mulheres pós-menopausa, pois a queda nos níveis de estrogênio pode reduzir a densidade óssea, aumentando o risco de fraturas”, explica o médico.
O especialista alerta ainda para a ocorrência de doenças cardiovasculares, bem como depressão e ansiedade. “As mulheres são mais propensas a desenvolver transtornos de humor devido a variações hormonais, como as que ocorrem durante o ciclo menstrual, gravidez e menopausa. E embora mais associadas aos homens, as doenças cardíacas são também uma das principais causas de morte em mulheres. Fatores como menopausa e histórico familiar aumentam o risco”, observa.
O médico também aponta que os hábitos de vida saudáveis promovem uma menopausa com menos uso de medicamentos e mais saudável, diminuindo o risco de doenças como diabetes tipo 2 e hipertensão arterial.
Cuidado com informações falsas
“O acesso a internet traz muitas informações valiosas para promoção de saúde, porém infelizmente as informações falsas e sensacionalistas também estão presentes, por isso é importante retirar as informações de fontes técnicas e confiáveis”, alerta o especialista.
Acompanhamento periódico
Para garantir a manutenção de um quadro clínico geral positivo e o diagnóstico precoce de doenças é preciso realizar exames preventivos e acompanhamento com ginecologista, assegurando que cada fase da vida transcorra de forma saudável. “O recomendado é que a primeira consulta aconteça entre os 13 e 15 anos, ou no início da puberdade. Esse primeiro contato com o ginecologista pode ajudar a adolescente a entender seu corpo e abordar dúvidas sobre o ciclo menstrual, desenvolvimento corporal e cuidados com a saúde íntima. Em geral, a frequência das consultas é anual, dependendo da condição clínica de cada paciente”, completa.
Assessoria
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