A chegada de um novo integrante à família é um dos momentos mais aguardados e planejados pelos pais. Contudo, essa felicidade pelo nascimento dos filhos vem acompanhada de uma preocupação constante: a segurança do parto. Nesse contexto, um dos fatores mais importantes a ser considerado é o risco de nascimentos prematuros, que exigem cuidados e atenção especial para garantir a saúde da mãe e do bebê. 

Uma gestação dura em média 40 semanas, mas no Brasil essa realidade é diferente. Atualmente, ocupamos a 10ª posição mundial no ranking de bebês que nascem antes do prazo previsto. A pediatra do Policlínica Hospital de Cascavel Giselle Lustosa explica quais situações de nascimento são consideradas parto prematuro. “A prematuridade é definida como o nascimento antes de 37 semanas de idade gestacional, podendo ser subdividida em: prematuridade tardia – recém-nascidos prematuros com nascimento entre 34 e 37 semanas; prematuridade moderada – recém-nascidos prematuros com nascimento entre 30 e 34 semanas; e prematuridade extrema – recém-nascidos prematuros com nascimento abaixo de 30 semanas”, explica. 

Estrutura especializada 

Em nascimentos prematuros, o planejamento cauteloso e a escolha adequada do local de parto são essenciais para que os pais não se sintam apreensivos em relação aos cuidados com o recém-nascido. A especialista explica os aspectos que merecem atenção especial em casos de partos precoces, destacando a importância de um atendimento especializado e estrutura completa de UTI neonatal. “Os cuidados requeridos pelos recém-nascidos prematuros são inversamente proporcionais à sua idade gestacional, ou seja, quanto menor a idade gestacional, maior a necessidade de cuidados. Os prematuros, em especial os extremos, necessitam de controle térmico, glicêmico, nutricional, cardiovascular e respiratório que variam conforme a condição de nascimento e o motivo do nascimento prematuro”, afirma a médica. 

Quando o parto ocorre fora do ambiente adequado, o bebê é exposto a uma série de riscos que podem resultar em complicações, comprometendo o seu desenvolvimento. “O nascimento desta população de recém-nascidos deve obrigatoriamente ocorrer num hospital com cuidados de UTI neonatal, com suporte de incubadoras, ventilação mecânica e equipe multidisciplinar especializada em neonatologia. Os riscos para um recém-nascido prematuro que nasceu em local sem suporte são insuficiência respiratória, hipoglicemia, hipotermia, entre outras condições que podem inclusive resultar em óbito”, complementa a Dra. Giselle Lustosa.

Assessoria