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Cascavel,24/11/2024

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Unioeste aponta aumento na cesta básica pelo 2º mês consecutivo

Em Toledo, a cesta básica está custando R$ 643,21, segundo maior valor registrado no ano de 2024


Unioeste aponta aumento na cesta básica pelo 2º mês consecutivo Divulgação

O custo médio da cesta básica individual em Toledo registrou novo aumento de 4,55% em outubro de 2024, que vem seguido de alta de 4,46% em setembro. Em termos de valores, a cesta básica está custando R$ 643,21, segundo maior valor registrado no ano de 2024, que chegou a R$ 652,68 em junho. Os resultados foram obtidos pela pesquisa realizada pelo Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) campus de Toledo em parceria com a Prefeitura Municipal de Toledo. 

 A pesquisa indica que o custo médio da cesta básica acumula um aumento de 10,38% nos últimos 12 meses quando comparado com os R$ 582,72 de novembro de 2023. Já em relação ao índice acumulado apenas no ano de 2024, a cesta básica registra aumento de 5,70% em comparação com o valor de R$ 608,53 de janeiro, período que foi marcado por altas de até 6,99%, como em junho, e quedas de até -5,80%, como ocorreu em julho deste ano. 

A principal responsável pelo aumento mensal da cesta básica foi a carne, que teve impacto de 2,11 pontos percentuais dos 4,55% de aumento da cesta. Isso acontece porque embora o preço da carne tenha aumentado 5,25%, ela representa aproximadamente 40% do valor total da cesta. 

Dos 13 itens que compõem a cesta básica, 10 produtos apresentaram aumento do preço médio, que foram: a batata (12,63%); o óleo de soja (11,74%); o tomate (11,70%); o café (8,91%); o pão francês (5,58%); a carne (5,25%); o açúcar (3,47%); o arroz (3,42%); o feijão (2,63%); e a margarina (2,14%). 

A coordenadora da pesquisa, professora Dra. Crislaine Colla, explica que alguns fatores explicam a variação de preços dos produtos. Segundo ela, o produto que apresentou maior aumento, a batata, foi principalmente em função da redução da demanda. “O óleo de soja apresentou o segundo maior aumento, de 11,74%, pois houve aumento do volume exportado e redução da oferta interna. O aumento do tomate (11,70%) está relacionado à redução da oferta pelo fim da safra de inverno. O café aumentou 8,91% por conta do aumento da exportação do grão e redução da produção em função do clima seco e estiagem”, destaca. 

Três produtos da cesta básica tiveram queda no preço médio no período, que foi o caso da farinha de trigo (-13,19%); o leite (-3,66%); e a banana (-0,90%). Sobre as quedas de preços, Crislaine explica que a farinha de trigo e o leite registram uma trajetória diferente do que ocorreu com o preço no restante do país, como se observa nos dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). 

Em relação ao salário-mínimo líquido, que é R$ 1.306,10 com desconto de 7,5% do INSS, o custo da cesta básica individual representava 49,25% em outubro, enquanto que em setembro essa proporção era de 47,10%. Em quantidade de horas de trabalho, em outubro eram necessárias 100 horas e 13 minutos para adquirir uma cesta básica, e em setembro a quantidade era de 95 horas e 51 minutos. Quando se leva em consideração a cesta básica familiar para dois adultos e duas crianças, o valor em outubro alcançou R$ 1.929,62, o que é 47,74% maior que o salário-mínimo líquido. 

Quando comparado à cidade vizinha, Cascavel, Toledo apresentou aumento levemente maior em outubro: 4,55% de Toledo contra 4,51% de Cascavel. Mesmo assim, o custo médio da cesta básica de Cascavel ainda permanece levemente mais alta que o de Toledo, R$ 645,99 contra R$ 643,21 respectivamente. 

Clique aqui para acessar o relatório completo.

Assessoria




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