Pesquisa registra retração de 30% no investimento em mídia no primeiro semestre
Desde o início do ano, houve a diminuição na exposição dos anunciantes na mídia brasileira
O
Cenp-Meios, que monitora junto às maiores agência de publicidade do País e
realizado pelo Conselho Executivo das Normas-Padrão (Cenp), registrou que R$
5,7 bilhões em compra de mídia no primeiro semestre de 2020, montante que
passou pelas 213 agências certificadas que enviaram dados consolidados no
período. De acordo com o levantamento, o resultado é 30% menor que o aferido no
primeiro semestre de 2019, quando 218 agências reportaram suas informações, sem
considerar a inflação do período. O Rádio foi um dos meios que tiveram a menor
retração nos investimentos.
De
acordo com as informações do Cenp, os valores somados pelo Cenp-Meios não
representam o total do bolo publicitário brasileiro, pois incluem a
movimentação financeira destinada à veiculação de publicidade que passa pelas
agências certificadas pelo Cenp e participantes do projeto. O reflexo do avanço
global da Covid-19 foi sentido inicialmente na divulgação do Cenp-Meios
relativa ao primeiro trimestre.
Desde
o início do ano, houve a diminuição na exposição dos anunciantes na mídia
brasileira. Isso foi registrado pelos números que mostraram queda de 22,3% no
período de janeiro a março na compra de mídia que passou pelas 209 agências
monitoradas, na comparação com o mesmo período de 2019, quando 214 empresas
enviaram informações ao levantamento.
O
Cenp ainda ressalta que essa pequena diminuição de cinco agências na base das
que remeteram seus dados ao Cenp-Meios não é relevante para influenciar no
valor total, que caiu de R$ 3,8 bilhões para R$ 2,9 bilhões, entre janeiro e
março, confirmando a queda no investimento. Entretanto, a crise se agravou no
segundo trimestre, quando a retração foi de 37%, na comparação dos R$ 2,8
bilhões somados de abril a junho de 2020, com os R$ 4,4 bilhões do segundo
trimestre de 2019.
Meio Rádio registrou queda
de 28%
Os
meios monitorados apresentaram quedas nas comparações dos primeiros seis meses
de 2019 com os de 2020. Com boa parte das salas de exibição fechadas, o Cinema
perdeu 64%. Os comportamentos nos demais meios foram: Revista (-48%), Jornal
(-46%), TV por assinatura (-42%), OOH (-39%), TV aberta (-29%), Rádio (-28%) e
Internet (-23%).
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