Seja bem vindo
Cascavel,20/04/2024

  • A +
  • A -
Publicidade

Estado quer ampliar crédito para cooperativas da agricultura familiar

Maior entrave passa pelas dificuldades de garantia de cooperativas e associações de pequenos produtores

Fonte: AEN
Estado quer ampliar crédito para cooperativas da agricultura familiar

 

O
Paraná conta hoje com 179 pequenas cooperativas da agricultura familiar, que
congregam 41.542 associados, e 517 associações da agricultura familiar com 25
mil integrantes. Juntas elas faturaram no último ano R$ 500 milhões. O
fortalecimento dessas instituições, a exemplo do que ocorreu com as grandes
cooperativas paranaenses na década de 60, passa pelo acesso ao crédito e
financiamento a investimentos.

Essas
questões foram temas de encontro virtual promovido pela Secretaria da
Agricultura e Abastecimento, por meio do programa Coopera Paraná, na última
sexta-feira (25). Mais de 100 pessoas participaram ativamente da discussão
online. Atualmente, o maior entrave a esse crédito passa pelas
dificuldades de garantias de pequenas cooperativas e associações e que muitas
vezes podem ser substituídas por alternativas que hoje são aceitas pelas
instituições financeiras.

O
secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, falou sobre
uma ação mais agressiva de crédito para atender a agricultura familiar por
parte das instituições do Governo do Paraná, como a Agência de Fomento e o
Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). “É uma
determinação do governador Carlos Massa Ratinho Júnior que o Estado do Paraná
promova uma ação mais ousada de crédito e políticas de redução do custo do
dinheiro”, disse.

Segundo
Ortigara, será encaminhado para a Casa Civil adequações da Lei de Subvenção
Econômica, introduzindo o conceito de juros zero que pode chegar no máximo a 3%
para projetos bem estruturados nas áreas de olericultura, frutas, flores,
leite, carnes, peixe, erva mate, pinhão, seda, café, agroindústria familiar,
cooperativas da agroindústria familiar e apoio à irrigação e a energias
renováveis. Concomitante a essa iniciativa será encaminhada à Assembleia
Legislativa do Estado o Orçamento para 2021 que propõe apoio financeiro às
cooperativas da agricultura familiar que precisam de capital para se
estruturarem. “Com o programa Coopera Paraná queremos ajudar essas instituições
a se solidificarem e promover um avanço importante para gerar emprego e renda
no Estado”, afirmou.

O
secretário lembrou que a Coamo, uma das maiores cooperativas do Brasil, hoje
fatura cerca de R$ 17 bilhões por ano e a Cvale, outra grande cooperativa
paranaense, fatura cerca de R$ 11 bilhões por ano. “E elas começaram pequeninas
há mais de 50 anos, também com a ajuda do Estado. Hoje vivem como grandes
organizações que são”, disse ele. “Para isso é preciso se estruturar e ter uma
construção permanente, que certamente vai ampliar e muito as chances de sucesso
para essas cooperativas da agricultura familiar que estão hoje sendo atendidas
pelo programa Coopera Paraná”.

EXITOSAS -mso-bidi-font-weight:bold"> Durante a Webinar foram apresentadas as
experiências exitosas de duas cooperativas da agroindústria familiar, do Rio
Grande do Sul e do Paraná, que superaram as dificuldades, tiveram acesso ao
crédito e hoje estão em ritmo de expansão de seus negócios.

A
Cooperativa de Produção Agropecuária Nova Santa Rita (Coopan/RS) colocou a
produção armazenada em garantia de um empréstimo obtido a 5,5% ao ano. Essa foi
a alternativa encontrada pela cooperativa para complementar os recursos
necessários a conclusão das obras de modernização de um abatedouro de suínos,
cujo valor total ficou em R$ 11 milhões.

A
Cooperativa Agroindustrial da Lapa (Coopersui/PR) recorreu ao financiamento aos
produtores para financiar uma fábrica de ração para os suinocultores integrados
e também a industrialização do feijão com a aquisição de máquinas de
beneficiamento e de empacotamento.

Cerca
de 80% dos sócios da Coopersui são da agricultura familiar e a cooperativa
conseguiu, junto ao BRDE, o financiamento com base nas cotas partes dos
associados, o que gera mais comprometimento dos sócios. Com a industrialização
do feijão, a cooperativa pretende baixar os custos dos associados e
proporcionar melhor renda

BONS PROJETOS -mso-bidi-font-weight:bold"> A Webinar foi conduzida pelos técnicos
Jefferson Vinicius Meister, do Departamento de Desenvolvimento Rural
Sustentável (Deagro) da Secretaria da Agricultura e Abastecimento, e o assessor
técnico da Unicafes Nacional, Alcidir Mazuti Zanco.

Participaram
os representantes das instituições financeiras BRDE, Carmem Truite, e o diretor
administrativo da Cresol/Baser, Adnan Francisco Kielb, que falaram da
necessidade de as cooperativas terem bons projetos, boa governança e boa gestão
para conquistarem acesso ao crédito mais facilitado. Também abordaram a
disposição dessas instituições em aceitar alternativas às garantias reais para
os financiamentos, desde que haja o comprometimento dos produtores sócios das
cooperativas.

Kielb,
da Cresol defendeu o fortalecimento da assistência técnica às instituições
porque qualifica a operação de financiamento. Ele destacou a
 disponibilidade de financiamento com o viés do desenvolvimento
sustentável.

Valter
Bianchini, representante da FAO para a região Sul abordou a importância do
crédito para o desenvolvimento das potencialidades das cooperativas e
associações da agricultura familiar. Ele defendeu uma política de
fortalecimento das integralizações de cotas-parte (que corresponde a
participação do produtor na cooperativa) com a participação dos homens e
principalmente das mulheres e dos jovens produtores para fortalecer o processo.

VANGUARDA mso-bidi-font-weight:bold">- O professor do Departamento de Economia Rural da
Universidade Federal de Viçosa (MG), Alair Ferreira de Freitas, falou sobre as
dificuldades das cooperativas da agricultura familiar em se financiarem devido
ao baixo retorno de suas atividades e extrema dependência de programas
institucionais como Merenda Escolar e Compra Direta.

Ele
elogiou a iniciativa do governo do Paraná em apoiar esse segmento por meio do
programa Coopera Paraná e a estratégia de criar um modelo de governança para
essas instituições. “É importante introduzi-las no mercado financeiro, o que
ajuda a desmistificar as dificuldades de acesso ao crédito”, destacou.

Para
Freitas, o Paraná está criando pontes e essa iniciativa está na vanguarda do
que é fundamental que é o apoio ao cooperativismo. “O Paraná sai na frente e
certamente outros Estados terão muito a compartilhar com essa
experiência”. 

SUSTENTÁVEIS -mso-bidi-font-weight:bold"> A Webinar contou ainda com a participação de
Andrea Azevedo, dirigente do Instituto Conexus, instituição com dois anos e
meio de existência e que vem financiando cooperativas da agricultura familiar
em várias partes do País. Ela falou da transição da economia tradicional para
uma economia sustentável e lembrou que os novos projetos a serem financiados
com recursos de crédito devem apresentar rastreabilidade da produção,
participação dos jovens, das mulheres, “que parece que será a tônica do período
pós-Covid”, recomendou.

AEN











































 




COMENTÁRIOS

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.