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Cascavel,24/04/2024

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Cooperativismo e agronegócio serão ainda mais determinantes no mundo pós-pandemia

Websérie Top Coopers Agro, organizada pela MundoCoop, mostra a visão de ícones da área sobre o futuro do setor no Brasil e no mundo.

Fonte: Divulgação
Cooperativismo e agronegócio serão ainda mais determinantes no mundo pós-pandemia

 

Quatro
grandes nomes do cooperativismo e do agronegócio brasileiro participaram, na
tarde desta quinta-feira, 24, do quinto episódio da websérie Top Coopers Agro
organizada pela MundoCoop, uma das mais conhecidas e respeitadas publicações
especializadas sobre cooperativismo do País. O objetivo da sucessão de
encontros, que reúne líderes das 16 maiores cooperativas brasileiras, é
conhecer a visão de ícones da área sobre o futuro do setor no Brasil e no
mundo.

Os
convidados responderam a diversas perguntas, a primeira foi sobre a importância
do agronegócio para o planeta. O presidente da Cooxupé (Cooperativa Regional de
Cafeicultores em Guaxupé Ltda), Carlos Augusto Rodrigues Neto, afirmou que o
momento é diferente, em função da pandemia, mas de grande relevância para o
Brasil e ao agro, que participam com tanta força e importância do cenário
alimentar internacional. Por sua vez, o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli,
disse que em 30 anos o País cresceu 340% na produção de grãos e somente em 70%
em novas áreas.

Essas,
segundo Dilvo, são respostas relevantes que o Brasil dá ao mundo, comprovando
que o País, ao lado da América do Sul, tem as melhores condições para dar
segurança ao planeta quanto à crescente demanda por alimentos. E o
cooperativismo, por tudo o que representa, é indispensável nesse processo. “Os
dados nos credenciam para uma nova jornada, com reserva cambial de US$ 370
bilhões conquistadas pelo agronegócio, e fizemos isso com novas tecnologias,
aumento de produtividade e com trabalho dos nossos produtores rurais. O Brasil
é e será um grande produtor de alimentos sustentáveis. Somos os que mais temos
áreas verdes preservadas e condições de expandir na agricultura”.

A
segurança alimentar é um tema crítico, citou o CEO Brasil da UPL, Fábio
Torretta. “A população mundial crescerá nas próximas décadas e a produção de
alimentos precisará expandir em 70% para fazer frente à demanda. Mas essa
questão chama atenção também aqui, onde, segundo o IBGE, há mais de dez milhões
de pessoas em insegurança alimentar grave. Por isso, o agro e o cooperativismo
assumem papéis preponderantes. O Brasil será responsável para adicionar 30
milhões de hectares à produção de alimentos sem derrubar uma única árvore
sequer. Por isso, somos estratégicos nesse tema para todo o mundo”.

O
consultor, escritor e especialista em temas do agro, José Luiz Tejon, ressaltou
que o mundo nos próximos dez anos dará um salto extraordinário, vai consumir
mais de tudo. “A história mostra avanços impressionantes depois de grandes
crises. O País evoluirá no empreendedorismo, produtividade e renda. Teremos uma
intercooperação global nunca antes vista. Não se prospera sem cooperação, que é
a essência da vida. O cooperativismo hoje e para esse futuro próximo é
imprescindível”. Carlos Augusto, da Cooxupé, afirmou que as cooperativas se
mantêm primordiais, tanto no que diz respeito à produção quanto à geração de
empregos e renda.

A força da cooperação

Sessenta
por cento do movimento de todo o agronegócio paranaense passa pelas
cooperativas, que terão faturamento próximo de R$ 100 bilhões em 2020, observou
Dilvo Grolli. Os investimentos do agro para este ano no Estado fecharão em R$ 2
bilhões e as exportações ultrapassarão os R$ 4 bilhões. “No Paraná, onde tem
cooperativa há IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) alto. O Oeste foi
fortemente influenciado pelas cooperativas, que fizeram dos grãos proteínas
vegetais e animais e isso melhora as condições de emprego e de qualidade de
vida. Aqui, na nossa região, o volume de recursos do agro que passam pelas
cooperativas chega a 72%”, afirmou o presidente da Coopavel.

O
Paraná detém apenas 2,3% do território nacional e produz perto de 20% da
produção de grãos, com preservação de 27% do seu território. É nesse contexto
que as cooperativas se inserem, sempre agindo com responsabilidade na
preparação do produtor rural e do seu entorno para que os projetos em curso
deem o retorno esperado. Tejon falou sobre uma pesquisa mundial que indica que
onde há cooperativas existe riqueza e onde elas não estão há pobreza. Fábio
Torretta pontuou sobre tecnologia, produtividade e inovação, aspectos que têm
as cooperativas como grandes disseminadoras. Outro movimento em curso é o do
fortalecimento das marcas, que reverenciam origem e mostram a pujança do Brasil
para todo o mundo.

O
diretor da MundoCoop, Luiz Cláudio, perguntou sobre a participação das mulheres
e a inserção dos jovens no movimento cooperativista. “Temos programas
específicos para formação de jovens e mulheres. De alguns anos para cá, há
mudanças significativas principalmente quanto ao envolvimento de agricultoras
no agro. As famílias passam a se envolver mais no universo das cooperativas e
percebemos isso com força aqui na Cooxupé, que conta com mais de 15 mil
associados”, disse Carlos Augusto. Ele destacou o papel das cooperativas no
processo de divulgação de novas tecnologias e conhecimentos que impulsionam
indicadores sociais e econômicos.

A
mulher hoje está muito mais ativa no agro do que há 20 anos, acentuou Dilvo
Grolli. E isso tem relação com os avanços do negócio nas últimas décadas aliada
à busca de formação técnica e acadêmica pelos filhos e netos dos agricultores.
Há forte disrupção com o passado. A nova geração assume funções destacadas e posições
de comando nas propriedades. “A volta da juventude para as propriedades rurais
é uma grande oportunidade de negócios, com possibilidades e ganhos mais
expressivos”, afirmou o presidente da Coopavel.

O
quinto episódio da websérie também tratou sobre intercooperação, busca da
excelência em toda a cadeia do agro, agregação de valor, saúde vegetal e
perspectivas. “Diante de tudo o que o Brasil tem e representa nessa área, é
possível afirmar que o País assumirá um protagonismo interessante em um segmento
tão importante”, disse Fábio Torreta. E quanto à produção nacional de grãos,
Dilvo Grolli afirmou que deverão ser colhidas em 2025 cerca de 300 milhões de
toneladas e em 2030, 450 milhões. O crescimento será significativo também na
produção de carnes, assegurou ele.

Assessoria































 




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