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Cascavel,29/03/2024

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Pessoas que tiveram covid-19 podem ser reinfectadas, diz Fiocruz

Pesquisa mostra que casos brandos podem não produzir memória imune

Fonte: Reuters/ Phil Noble
Pessoas que tiveram covid-19 podem ser reinfectadas, diz Fiocruz

Pesquisadores da Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz) observaram que a primeira exposição ao coronavírus pode
não produzir memória imune em casos brandos, o que significa que uma pessoa que
teve covid-19 pode ser reinfectada pelo vírus. Para comprovar a tese, pesquisadores
fizeram o sequenciamento dos genótipos do novo coronavírus de quatro
indivíduos assintomáticos. A pesquisa foi coordenada pelo virologista Thiago
Moreno, pesquisador do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde da
Fiocruz (CDTS/Fiocruz). 

Quatro pessoas
assintomáticas foram acompanhadas semanalmente pelos pesquisadores a
partir do início da pandemia, em março, com testes sorológicos e RT-PCR (exame
considerado o padrão ouro no diagnóstico da covid-19) nos indivíduos
acompanhados. Todos testaram positivo para covid-19.

No sequenciamento dos
genomas, os pesquisadores confirmaram que uma pessoa contraiu o vírus associado
a um genoma importado para o país e outra apresentou uma estrutura viral
associada ao genoma que já circulava pelo Rio de Janeiro.

Ambiente familiar

No final de maio, uma
das pessoas acompanhadas procurou o grupo de pesquisa dizendo estar com sinais
e sintomas mais fortes de covid-19, como febre e perda de paladar e olfato,
informou Thiago Moreno.

“Quando fizemos o RT-PCR
mais uma vez, os quatro indivíduos testaram positivo. O que observamos foi uma
reinfecção dentro do ambiente familiar. Contudo, a pessoa que apresentou em
março o genótipo associado a casos importados no Brasil, agora estava infectada
por uma outra cepa.” 

Também foi observado, no
sequenciamento, que “o outro indivíduo, que tinha sido infectado com o genótipo
que circulava no Rio, continuava com o mesmo genótipo, mas tinha um acúmulo de
mutações que permitiu a interpretação de que era uma reinfecção e não uma persistência
de infecção”, esclareceu o pesquisador.

Moreno avaliou que o
trabalho reforçou a noção de que a reinfecção pelo novo coronavírus é possível,
e que é algo comum entre vírus respiratórios, o que quer dizer que a primeira
exposição ao vírus não é formadora de memória imune. “Casos assintomáticos ou
muito brandos, se forem reexpostos ao vírus, poderão ter novamente
uma infecção. Desta vez, pode ser que o quadro se agrave e que essa infecção
seja mais severa do que a primeira, como demonstrado na pesquisa. Por esse
motivo fez o alerta à população sobre a imunidade para o coronavírus. Em
alguns casos, as respostas imunes podem ser fortes num primeiro momento, mas
não significa que elas sejam duradouras”, disse o virologista da Fiocruz.

O resultado da pesquisa
Viral Genetic Evidence and Host Immune Response of a Small Cluster of
Individuals with Two Episodes of Sars-Cov-2 Infection foi publicado no
periódico 'Social Science Research Network' (SSRN).























Agência Brasil




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