Seja bem vindo
Cascavel,19/04/2024

  • A +
  • A -
Publicidade

Quebra de milho safrinha deve chegar a 70%, estimam produtores

Qualidade dos grãos também preocupa agricultores. Relatos foram apresentados na reunião de Comissão Técnica do Sistema FAEP/SENAR-PR

Fonte: Faep
Quebra de milho safrinha deve chegar a 70%, estimam produtores

O Paraná deve enfrentar uma
quebra acentuada do milho safrinha em todas as regiões do Estado. As
perspectivas de perda foram relatadas por produtores rurais, durante a reunião
da Comissão Técnica (CT) de Cereais, Fibras e Oleaginosas do Sistema
FAEP/SENAR-PR, realizada nesta segunda-feira (12). Segundo os agricultores, as
perdas chegam a uma média de 70% da lavoura. Mesmo nas áreas em que as plantas
continuam em desenvolvimento, há preocupação de que os grãos não se desenvolvam
com a qualidade esperada.

Segundo os produtores, a
quebra de safra está relacionada a dois fenômenos: a falta de chuvas e a
ocorrência de geadas entre o fim de junho e o início de julho. Em Maringá, no
Norte do Paraná, por exemplo, os agricultores esperam que a quebra fique entre
60% e 70% da lavoura. Para quem semeou fora da janela de plantio, o prejuízo
pode chegar a 100%.

“Tivemos três geadas seguidas
e a segunda delas foi muito forte. Até agora, estamos avaliando os danos. Se
notam que muitos pés estão morrendo e não vão ter granação. O que ficou vai ter
baixo padrão de qualidade”, relatou o produtor César Schmitt.

Em Londrina, também no Norte
do Estado, o cenário é parecido. A pedido do Sindicato Rural do município, a
prefeitura decretou estado de calamidade. A expectativa dos produtores é de que
a medida ajude os produtores que tiveram perda no diálogo com as seguradoras.
Na região Oeste, o alerta também se estende à classificação dos grãos que se
desenvolvem após as geadas. No Norte Pioneiro, as lavouras foram plantadas mais
tardiamente e também sofreram com as geadas.

“No Oeste, teremos quebra em
termos de 60%. E tem a questão da qualidade do grão. Os grãos não estão vindo
em uma qualidade tão boa”, disse o produtor Heitor Richter. “Aqui no Norte
Pioneiro, creio que vamos ter perda de 70% a 75%. Vamos ter também um problema
maior na classificação, porque os grãos não estão de boa qualidade”, observou o
produtor Marco Antônio.

Seguro rural

A reunião da CT também contou
com uma apresentação sobre seguro rural, proferida por Pedro Loyola, diretor do
Departamento de Gestão de Riscos, da Secretaria de Política Agrícola, do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Para 2022, o
Programa de Subvenção ao Seguro Rural (PSR) disponibiliza R$ 1 bilhão. São
158,5 mil apólices contratadas, que correspondem a 10,7 milhões de hectares de
área segurada. A produção coberta pelo PSR é estimada em R$ 55,4 bilhões.

Loyola também abordou aspectos
da consolidação do PSR, que passou por uma simplificação de regras e
pulverização da carteira de seguros em seis atividades agropecuárias. Ele
também mencionou um projeto-piloto do PSR voltado a produtores do Programa
Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que deve chegar a
R$ 50 milhões em recursos. “O desafio ainda é enorme. Hoje, menos de 20% da
área de soja são cobertas pelo seguro rural, por exemplo. Mas estávamos
avançando bastante”,  resumiu o diretor.

Outros assuntos

A reunião da CT começou com o
respeito de um minuto de silêncio em homenagem póstuma ao líder rural Nelson
Natalino Paludo, que faleceu em 5 de julho, em decorrência de complicações
causadas pela Covid-19. Produtores destacaram o protagonismo, o companheirismo
e o legado deixado por Paludo, que comandou a Comissão Técnica de Cereais,
Fibras e Oleaginosas, foi presidente do Sindicato Rural de Toledo e
vice-presidente da FAEP.





















O encontro também contou com
apresentações sobre a ferrugem asiática e com orientações jurídicas sobre
contratos de venda do milho segunda safra.

FAEP




COMENTÁRIOS

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.