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Cascavel,25/04/2024

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"Vacina contra a Covid-19 protege”, afirma primeira paranaense imunizada

Enfermeira Lucimar Josiane de Oliveira recebeu a primeira dose dia 18 de janeiro de 2021

Fonte: Gilson Abreu / AEN

A parnanguara Lucimar Josiane
de Oliveira, de 44 anos, recebeu a 
primeira dose da vacina contra a
Covid-19 exatamente às 21h48 do dia 18 de janeiro de 2021. A enfermeira,
que atua no Complexo Hospitalar do Trabalhador (CHT), foi a primeira paranaense
a ser vacinada contra o novo coronavírus. Nesta sexta-feira (16), quase seis
meses depois, são 5.364.524
 vacinados com a primeira dose ou
com a dose única da vacina e quase 7 milhões de um mesmo gesto: vacina no
braço.

“Assim que eu fui informada de
que tinha sido escolhida como a primeira mulher, negra e enfermeira, a ser
vacinada, me senti honrada. Fiquei muito feliz, muito grata e um pouco
ansiosa, principalmente por estar na linha de frente. Naquele momento a gente
ainda aprendia a lidar com doença, o que era correto ou não, o que era
preciso ser feito, era um momento muito triste”, conta a enfermeira.

A vacina de Lucimar e de
colegas da área da saúde marcou o início da campanha de imunização do
Governo do Estado. Neste dia, pousou em solo paranaense, pela primeira vez, um
avião carregado com 265.600 doses do imunizante CoronaVac, produzido pelo
laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Seis meses
depois algumas dezenas de aviões pousaram em solo paranaense trazendo
 cerca
de 8 milhões de imunizantes.

Além do início da campanha de
imunização, naquele momento a data marcou o 
74º aniversário do Complexo Hospitalar do Trabalhador.
A noite de 18 de janeiro foi realmente especial para os profissionais de saúde
do complexo, que se tornou referência no atendimento de pacientes de
Covid-19 na Capital e no Paraná.

Atualmente o Complexo Médico
do Trabalhador conta com 91 leitos exclusivos para Covid-19 e 94 leitos de
isolamento também separados para pacientes infectados com o novo
coronavírus.

DESAFIO  Lucimar
se formou em enfermagem em 2020 e nem desconfiava do desafio que enfrentaria
naquele mesmo ano, em meio à maior crise sanitária do planeta. Contratada como
bolsista em meados de março do ano passado, durante os reforços preparados pelo
Governo do Estado na luta contra a pandemia, em alguns meses foi efetivada como
enfermeira. Era preciso aumentar o quadro de profissionais da saúde que
atuariam na linha de frente.

Seis meses depois de imunizada
e um ano e meio do início do combate à doença, Lucimar reforça um alerta para
que a população continue a manter os cuidados e lembra que a luta contra a
doença que ainda não acabou.

“Estando na linha de frente,
eu tenho que ter a consciência de que eu estou imunizada, mas os pacientes não,
na maioria dos casos. Sempre oriento que mantenham o uso das máscaras, uso da
lavagem das mãos e o uso do álcool gel. A vacina protege, mas a gente tem que
ter o hábito de se proteger por conta própria. Ainda não podemos baixar a
guarda. Ainda estamos numa guerra, né? Mas vamos chegar lá”, afirma a
enfermeira.

No pronto-socorro de Covid-19
desde o início da pandemia, Lucimar conta que, apesar da vacina, a rotina no
trabalho continua intensa. A enfermeira avalia que sem a proteção a situação
estaria muito pior e lamenta que a divulgação de notícias falsas com relação à
vacina tenha afastado muitas pessoas da fila imunização.

“Precisamos evitar as fake
news, há muitas pessoas dizendo por aí que a vacina mata. Não, a vacina não
mata, ela te protege. E não é porque eu fui imunizada que eu posso não adquirir
a Covid-19, mas ter sido vacinada não deixa o vírus tão agressivo como ele
pode ser em quem ainda não se vacinou”, explica.

Sobre a escolha das vacinas,
outra novidade ruim da campanha de imunização e que estava completamente fora
da imaginação coletiva nacional naquele 18 de janeiro, a enfermeira diz
que os profissionais de saúde do setor público e privado estão orientando
diariamente sobre a importância da imunização com a vacina que estiver
à disposição nos pontos de atendimento.

“De fato as pessoas abrem mão
de tomar a vacina que está disponível, esperando a vacina escolhida, como se
isso fosse possível. A gente vem orientando muito que não é hora de escolher a
vacina, a gente tem que ser imunizado”, enfatiza.

ESTRATÉGIA  Para
o diretor-geral do Hospital do Trabalhador, Geci Labres de Souza, a estratégia
de vacinação do grupo de saúde foi fundamental para a segurança no combate da
doença. Seis meses depois dos primeiros vacinados, todos os trabalhadores do
complexo estão completamente imunizados e o grupo não perdeu nenhum
colaborador desde o início da vacinação.

“É importante destacar que
durante todo o ano passado fomos um centro de referência de atendimento à
Covid-19 na forma grave e ainda não havia vacina. Então vivemos o momento do
medo das pessoas em levar a doença para casa, contaminar os familiares, alguns
não queriam nem atender essa patologia”, recorda Geci.

“O complexo foi escolhido para
a estreia da vacinação como reconhecimento a essa coragem e a essa disposição
de atender as doenças infecciosas, algo que se espraia até os dias de hoje”,
conta.

O diretor explica, ainda, em
relação à imunização, que naquele momento foram vacinados os profissionais das
UTIs, depois do pronto-socorro Covid-19, e em seguida os demais. A decisão
trouxe segurança para todo o grupo, o que refletiu também na garantia de
atendimento aos pacientes.

“Isso trouxe segurança e
reconhecimento à importância desses profissionais. Além do risco de ter uma
evolução desfavorável, poderíamos perder esse profissional para atender os
leitos diariamente. Portanto, a estratégia de vacinar os profissionais de
saúde, em especial os hospitais de referência para Covid-19, foi muito acertada
e ficamos felizes porque recebemos no ano passado os primeiros
pacientes do Estado do Paraná”, afirma o médico.

“Salvamos muitas pessoas com
os nossos leitos estando abertos o todo tempo. Alguns hospitais tiveram quase
metade dos seus funcionários contaminados no ano passado. Nós tivemos um número
muito pequeno de contaminados e graças a Deus não perdemos nenhum funcionário
durante toda pandemia por óbito em contaminação nesse hospital”, comemora.

MARCO  A
vacinação foi um marco no combate da doença. Porém, ainda é cedo para que a
população relaxe na rotina de cuidados. Os casos estão diminuindo após a
vacina, mas ainda não se trata de uma redução definitiva, segundo a Secretaria
de Estado da Saúde.

“Me perguntam se está
diminuindo e eu digo: está reduzindo sim o número de consultas em Unidades
de Pronto Atendimento e o número de novos contaminados diariamente. Mas
ainda estamos longe do ideal. Os leitos dos hospitais mais complexos estão
ocupados e é preciso ter cuidado”, explica Geci.

“É indispensável entender que
a única solução para um problema tão grave é a vacinação, que é coletiva. Todas
as vacinas são eficientes e, portanto, todas são benéficas para a sociedade”,
enfatiza.

VACINAÇÃO 
Quase seis meses após o início da vacinação, o Paraná é o sexto em números
absolutos que mais aplicou doses e o terceiro na contagem da população em geral
(18 a 59 anos). Mais de 
60% da população vacinável está imunizada com
ao menos uma dose e 
20% com a dose única ou segunda dose













































 AEN




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