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Cascavel,19/04/2024

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Despesa por pessoa com alimentação no Brasil era R$ 209 em 2017-2018

Área urbana contribuiu com R$ 186,28 (89,1%)

Fonte: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Despesa por pessoa com alimentação no Brasil era R$ 209 em 2017-2018

A análise por alimentação da
Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, divulgada hoje (19) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), constatou que a
despesa 
per capita (por indivíduo) mensal no Brasil foi de R$
209,12. A área urbana contribuiu com R$ 186,28 (89,1%), enquanto a área
rural ficou com R$ 22,84 (10,9%).

A região que mais contribuiu
para a renda mensal por pessoa foi o Sudeste (45,7% da média ou R$ 95,47),
quase o dobro da Região Nordeste (23,4% ou R$ 48,89). Segundo o IBGE, o grupo
de faixa etária compreendida entre 25 e 49 anos de idade contribuía à época
para o valor médio da despesa com alimentação com R$ 101,45, ou 48,5% da
média. 

A despesa per capita mensal
foi maior entre as pessoas com carteira assinada (R$ 50,66), fora da força de
trabalho (R$ 53,32) e por conta própria (R$ 42,58). Na composição da média da
despesa 
per capita com alimentação, observa-se que a
contribuição era 62,3% (R$ 130,18) na parcela da população formada por famílias
cuja pessoa de referência era homem, enquanto famílias que tinham uma mulher
como referência contribuíam com 37,7% (R$ 78,94).

A análise por diferentes
arranjos familiares mostra que a parcela da população composta pelas famílias
formadas por mais de um adulto com ao menos uma criança contribuiu com 35,5%
(R$ 74,33) do valor da média 
per capita com a despesa de
alimentação, enquanto a formada por mais de um adulto sem criança contribuiu
com 33,1% (R$ 69,23).

A despesa mensal por indivíduo
dentro do domicílio somou R$ 147,45, de acordo com a POF 2017-2018, divididos
entre R$ 129,47 na área urbana e R$ 17,98 na área rural. A análise regional
mostra que o Sudeste apresentou a maior despesa 
per capita mensal
com alimentação dentro de casa, de R$ 66,32, com maior concentração na faixa
etária de 25 a 49 anos de idade (R$ 67,89).

A diferença do gasto per
capita
 mensal é pequena entre famílias com pessoa de referência da cor
branca (R$ 73,50) e de pretos e pardos (R$ 71,38), indica a pesquisa do
IBGE. Entretanto, o gasto mensal por indivíduo é bem maior para famílias
lideradas por homens (R$ 90,48) do que por mulheres (R$ 56,97). Por arranjos
familiares, a despesa mensal por pessoa com alimentação no domicílio é maior
para famílias com mais de um adulto com pelo menos uma criança (R$52,54) e com
mais de um adulto sem criança (R$ 46,45).

Fora do domicílio

Por outro lado, a
despesa 
per capita mensal com alimentação fora de casa somou,
no período analisado, R$ 61,68, dos quais R$ 56,81 na localização urbana e R$
4,87 na área rural. De novo, destaque para o Sudeste do país, com contribuição
de R$ 29,14. Predominou nesse tópico a faixa etária entre 25 e 49 anos de idade
(R$ 33,57). A despesa mensal por pessoa com alimentação fora de casa foi maior
para quem tinha ensino superior completo (R$ 20,79).

Por forma de aquisição, a
maior contribuição para o gasto 
per capita mensal com
alimentação fora do domicílio foi encontrada entre os empregados com carteira
(R$ 16,91) e por conta própria (R$ 12,10). A pesquisa evidencia também que, no
caso da média Brasil, a despesa 
per capita com alimentação no
domicílio contribuía, à época, com 70,5% para a média, enquanto a alimentação
fora do domicílio contribuía com 29,5%.

Segurança alimentar

No Brasil, no período de
referência da pesquisa, o percentual da população que vivia em domicílios
identificados com o grau de segurança alimentar (SA) era de 59%, contra 41% que
conviviam com algum grau de restrição para acesso a uma alimentação em
quantidade e variedade desejadas. Com grau de insegurança alimentar leve foram
identificados 27% dos domicílios. As casas onde a qualidade e a quantidade
desejada em relação aos alimentos já estavam comprometidas alcançavam 13,9%.

Por localização geográfica,
52% da população brasileira viviam em áreas urbanas e em domicílios com o grau
de segurança alimentar (SA). Na área rural, esse percentual chegava a 7,1%.
A POF apurou que o percentual da população que vivia em domicílios nos
quais o padrão da alimentação foi considerado bom era 58,3%, contra 35,9% com
avaliação satisfatória e 5,8% com avaliação ruim. Entre os 41% da população que
residiam em domicílios com insegurança alimentar, 28,4% eram integrantes de
famílias com a pessoa de referência preta ou parda e 12,1% de famílias cujo
responsável era branco.

A maior parte da população que
vivia em domicílios identificados com o grau de SA vivia nas regiões Sudeste e
Nordeste, que concentravam 40,1% da população brasileira. Ainda segundo o IBGE,
o valor mensal mínimo por indivíduo, necessário para gastos com alimentação
familiar, por situação de segurança alimentar existente no domicílio, atingia
R$ 348,60, sendo R$ 311,84 na área urbana. O maior valor foi encontrado no
Sudeste (R$ 163,79).

Transportes

O IBGE constatou que o gasto
médio 
per capita familiar com transportes no país foi de R$
85,44, distribuídos 71,2% (R$ 60,81) em transporte particular, táxi e
aplicativos; 20,6% (R$ 17,57) em transporte coletivo; e 8,3% (R$ 7,06) em
transportes alternativos e outros. Nas famílias com pessoa de referência preta
ou parda, a contribuição para despesa
 per capita com o
transporte coletivo (R$ 10,30) foi maior do que a contribuição das famílias
chefiadas por pessoa branca (R$ 7,01).

Por regiões, o maior
gasto 
per capita com transportes foi observado no Sudeste (49%),
contra o menor (5%) na Região Norte. A distribuição acumulada das despesas por
pessoa com transportes mostra que 40% dos menores rendimentos foram
responsáveis por 17,1% dos gastos, contra 10% dos mais ricos, que responderam
por 27%.

Setenta e oito por cento dos
brasileiros viviam em famílias que utilizaram alguma forma de transporte
coletivo, dos quais 35,7% viviam em famílias que
declararam ter avaliação positiva, 20% avaliaram como satisfatório o
transporte coletivo e 22,2% tiveram avaliação ruim.

Lazer e viagens

A pesquisa do IBGE apurou uma
média total mensal em nível Brasil de R$ 53,93 para despesas com lazer e
viagens esporádicas, divididos entre lazer (R$ 14,87, ou 27,6%) e viagens
esporádicas (R$ 39,05, ou 72,4%). A maior despesa no total foi encontrada no
Sudeste: R$ 29,42.

Considerando a cor ou raça e o
sexo da pessoa de referência, o maior gasto envolvendo lazer e viagens
esporádicas a lazer foi encontrado entre os brancos (R$ 34,41) e entre os
homens (R$ 35,80).

A POF 2017-2018
mostra ainda que famílias cuja pessoa de referência estava na faixa
etária compreendida entre 25 e 49 anos de idade contribuíram com R$
26,76 
per capita do seu orçamento para consumo em lazer e
viagens. Esse valor equivale a 49,6% do total. Na faixa de 50 a 64 anos, a
participação foi de 33,3%. Já idosos (com 65 anos ou mais) corresponderam a
15,1%.

Famílias com pessoa de
referência com ensino superior completo representaram metade do total do
consumo com lazer e viagem, ou o equivalente a 50,2%. Do total de R$ 14,87 de
despesa média 
per capita com lazer, R$ 9,49 (63,8%) se
destinaram a eventos culturais, esportivos e de recreação e R$ 5,39
(36,2%) para leitura, brinquedos e jogos. Alimentação, transporte e hospedagem
responderam por 73,4% das despesas com viagens esporádicas a lazer, enquanto o
item passeios e eventos e pacotes turísticos nacionais e internacionais
representaram 6,6%.













































A avaliação subjetiva para o
tópico lazer mostrou proximidade entre os três níveis de classificação: 35,1%
para bom, 30,7% para satisfatório; e 34,1% para ruim. A POF destaca ainda
que entre os 10% da população com os maiores rendimentos, 54% viviam em
famílias que avaliaram seu padrão de lazer como bom e 14% como ruim. Por outro
lado, entre os 40% da população com os menores rendimentos, apenas 29% viviam
em famílias que consideraram bom o seu padrão de lazer e 42% viviam em famílias
que avaliaram como ruim.

Agência Brasil




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