Você já ouviu falar no termo
"pobreza menstrual"? Diz respeito a falta de recursos, infraestrutura
e até conhecimento por parte das meninas e mulheres envolvendo a própria
menstruação. Milhões de brasileiras vivem nessas condições, sem acesso aos
itens básicos de higiene. Essa situação gera problemas em cadeia: além de
agravar questões de saúde, também afeta a educação de meninas que, por vezes,
precisam abandonar a escola por falta de apoio e cuidado no período menstrual.

Um relatório elaborado pela
UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), apontou que atualmente, no
Brasil, aproximadamente 713 mil meninas vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro
em seus domicílios e mais de 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de
cuidados menstruais nas instituições escolares. Entre elas, 200 mil estão
totalmente privadas de condições de higiene em período menstrual nas escolas,
lidando com falta de absorventes e sabonetes.

O assunto tem ganhado um pouco
mais de debate no poder legislativo, com propostas que visam a distribuição
gratuita de absorventes por meio dos postos de saúde. Mas enquanto projetos
como esse não são aprovados, há urgência na mobilização da sociedade para
ajudar quem enfrenta a pobreza menstrual.

Pensando nisso, a Comissão das
Mulheres Advogadas da OAB Cascavel está promovendo a campanha “Absorvendo
Afeto”. “O objetivo é arrecadar absorventes e outros itens de higiene pessoal
como sabonetes e shampoo. As doações serão destinadas às mulheres em situação
de vulnerabilidade social. A entrega pode ser feita na sede da subseção, que
fica na Rua Assunção, 668, bairro Alto Alegre. A ideia é ampliar os pontos de
coleta em breve. Esta campanha é de extrema importância para as mulheres que
não têm condições de comprar absorventes cotidianamente”, ressalta a advogada
Neide Simões Pipa André, presidente da Comissão das Mulheres Advogadas da OAB
Cascavel.

Assessoria