Pesquisa aponta comportamento do comércio após 19 meses de pandemia
Em relação aos indicadores econômicos, 23% das empresas faturaram entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão
Uma pesquisa contratada pela
Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap) mostra
que após um longo período de instabilidade econômica em função da Pandemia de
Covid-19, o comércio paranaense começa a dar sinais positivo e planeja ações
para consolidar a retomada com maior força do mercado.
Dos 385 comerciantes
ouvidos, entre os dias 03 e 08 de setembro, nas cidades de Curitiba, Londrina,
Maringá, Cascavel, Guarapuava, Ponta Grossa e Francisco Beltrão, 31% expandiram
seus negócios durante a pandemia. As duas cidades que se destacaram foram
Cascavel, onde 54,55% promoveram avanços e Ponta Grossa, em que o número foi de
45,16%. Em Curitiba, o percentual chegou a 30,23%.
Em relação aos indicadores
econômicos, 23% das empresas faturaram entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão. A
maioria dos empreendimentos com maior faturamento está em Curitiba (66,28%).
Além disso, a consolidação de uma retomada é evidente, já que 70% das empresas
do varejo estão com o mesmo número de funcionários que possuíam antes da
pandemia. Outro número significativo é que, ainda neste ano, 37% das empresas
ampliarão seus quadros de funcionários.
Inovação foi essencial para
sustentar negócio
A necessidade de inovar foi
um marco desse período. Com as mudanças impostas pela pandemia, os empresários
tiveram que buscar alternativas para manter suas vendas e o comércio online foi
o caminho mais utilizado.
- 80,05% implantaram pagamento
via pix ou por outros meios digitais;
- 73,32% passaram apostar na
divulgação em redes sociais;
- 48,96% implantaram serviço de entrega.
Apesar da mudança para o
home office por boa parte das empresas, no comércio apenas 30,57% saíram do
modelo de trabalho presencial para remoto ou híbrido. “O comércio tem algumas
peculiaridades e nem todos os trabalhadores puderam trabalhar em casa. Pela
natureza do setor, foi a mudança que menos ocorreu”, afirma Fernando Moraes,
presidente da Faciap.
Também é importante destacar
a mudança no modo de venda, por conta dos diversos decretos que impediram os
comércios de funcionar. Dos entrevistados, 69,43% ainda apostam em meios
tradicionais como o telefone, entretanto, 69,17% passaram a vender pelo
WhatsApp; enquanto 50% por e-mail. Já o modo de divulgação, quando segmentado,
mostra que 84,20% começaram a utilizar o WhatsApp; 77,46% o Facebook e 70,98% o
Instagram. “Os comerciantes aderiram às alternativas para manterem as portas
abertas. A necessidade de receber por
meio digitais e estar presente nas redes sociais fez com que mudanças fossem
adotadas”, diz Fernando.
Expansão dos negócios
Com o avanço da vacinação e
algumas incertezas econômicas ficando para trás, comerciantes demonstram o
desejo de expandir seus negócios. Entre os entrevistados, 62% pretendem
ampliá-los de alguma forma. Destes, 29% vão aumentar o estoque ou leque de
serviços; 22% pretendem reformar estruturas e abrir nova unidade e 11%
pretendem ampliar o número de funcionários.
Linhas de crédito
Só que para viabilizar essas
ações, empresários fazem um apelo para que o poder público e órgãos competentes
tomem providências em prol do setor. Cerca de 43% pedem linhas de crédito
facilitadas, 37% reivindicam auxílio com impostos através de reduções ou parcelamentos
e 36% solicitam a revisão das regras de distanciamento social. “Temos uma
grande fatia de empresários que, apesar de estarem cautelosos nas contratações
vão ampliar os seus negócios de alguma maneira. Mas para isso, é preciso que
sejam criadas linhas de crédito facilitadas, impostos diferenciados, e
principalmente, a revisão nas regras de distanciamento social, levando-se em
conta o avanço da vacinação”, enfatiza Fernando.
A pesquisa foi realizada
pela empresa Solucz - Soluções Inteligentes e a margem de erro é de 5%.
Serviço:
- Para conferir o resultado
completo. CLIQUE AQUI
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