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Cascavel,25/04/2024

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Chancela como área livre de febre aftosa sem vacinação foi a defesa agropecuária em 2021

Soma de esforços entre poder público e iniciativa privada fez com que o ano se tornasse histórico. O Estado conquistou também a certificação de zona livre de peste suína clássica independente

Fonte: Gilson Abreu / AEN
Chancela como área livre de febre aftosa sem vacinação foi a defesa agropecuária em 2021

Uma soma de esforços entre
iniciativa pública e privada fez com que o ano de 2021 se tornasse histórico
para o setor agropecuário paranaense. No mês de maio, o Paraná recebeu da
Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) o reconhecimento internacional como
área livre de febre aftosa sem vacinação. A entidade também concedeu ao Estado
a certificação de zona livre de peste suína clássica independente.

“Foram passos importantes, que
permitiram ao Paraná se tornar ainda mais competitivo no mercado internacional,
gerando novos empregos e mais renda”, diz o secretário estadual da Agricultura
e do Abastecimento, Norberto Ortigara.

O Estado lutava há cerca de 50
anos por essa chancela, que tem potencial para transformar significativamente o
patamar de produção da pecuária paranaense. “Para que a conquista se concretizasse,
foi fundamental o apoio das entidades do setor produtivo e organização da
estrutura de saúde animal”, diz o diretor-presidente da Agência de Defesa
Agropecuária do Paraná (Adapar). Otamir César Martins. 

Desde que o último foco da
doença foi confirmado, em 2006, o governo e o setor produtivo se organizaram
para melhorar a estrutura sanitária paranaense, o que incluiu a criação da
Adapar, o reforço da fiscalização nas divisas  e do controle dos rebanhos,
além da contratação de profissionais por meio de concurso público realizado em
setembro.

A imunização contra a aftosa
no Estado foi interrompida em 2019 e a campanha de vacinação, que acontecia
duas vezes por ano, foi substituída pela campanha de atualização de rebanhos,
que foi modernizada e pode ser feita de forma online. Nos últimos anos também
foi realizado um extenso inquérito epidemiológico, com coletas de amostras do
sangue de quase 10 mil animais em 330 propriedades rurais, provando que o vírus
já não circula no Paraná.

E o esforço foi reconhecido.
Em 2021, a Adapar foi a vencedora na categoria “Destaque em Políticas Públicas”
do Prêmio Clotilde de Lourdes Branco Germiniani de Saúde Única, concedido pelo
Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná (CRMV-PR). Também recebeu o
Prêmio Saúde Animal, do Sindicato dos Médicos Veterinários do Estado do Paraná
(Sindivet), em razão dos serviços prestados. 

PRODUÇÃO  Maior
produtor e exportador de proteína animal do País, com liderança em avicultura e
piscicultura, o reconhecimento internacional vai ajudar a abrir mercados para a
carne paranaense e outros produtos de origem animal, com a possibilidade de
comercialização a países que pagam melhor pelo produto, como Japão, Coreia do
Sul e México.

Em 2020, o Estado produziu mais
de 5,7 milhões de toneladas de carne de porco, boi e frango, quase um quarto do
que foi produzido no País. O Estado é responsável por 33% da produção nacional
de frango e 21,4% em piscicultura, liderando os setores.

Também ocupa o segundo posto
em relação à carne suína, com 21% da produção brasileira e mantém a
vice-liderança na produção de leite (13,6%) e ovos (9%). A expectativa com a
abertura de mercados é que o Estado atinja a liderança nacional na produção de
suínos.

PESTE SUÍNA – Já a
classificação de zona livre de peste suína clássica independente confirmou
definitivamente o Paraná fora de um grupo atualmente formado por 11 estados,
garantindo vantagens sanitárias aos produtores locais no mercado internacional.
Essa chancela permite aos suinocultores paranaenses ganhar volume.

DEFESA VEGETAL – Na
área vegetal, a Adapar iniciou o ano de 2021 se deparando com a detecção de um
foco de 
Ralstonia solanacearum raça 2 (Moko da bananeira),
praga quarentenária ausente no Paraná, e com grande potencial de causar danos e
restrições comerciais para a Bananicultura no Estado.

Mas a Agência erradicou
rapidamente o foco e realizou a inspeção de uma área de 5 quilômetros ao redor
do ponto, inclusive com a utilização de drones, ferramenta que permitiu as
inspeções em áreas de difícil acesso. Após meses de trabalho a praga foi
contida, e o status fitossanitário de Praga Ausente foi mantido no Paraná.

A Agência também iniciou um
trabalho de monitoramento de plantas daninhas resistentes a herbicidas, cujo
objetivo é auxiliar o setor produtivo no manejo adequado destas pragas por meio
da detecção precoce de focos do problema e auxílio das entidades de pesquisa
para eliminação das plantas, impedindo a disseminação e aumento no uso de
herbicidas.

Um importante avanço para a
Defesa Agropecuária foi a publicação da Portaria Nº 63/2021 a qual estabelece a
obrigatoriedade da notificação de novas pragas no Paraná. “Já colhendo os
frutos desta Portaria, foi identificada a presença da lagarta Rachiplusia nu,
em plantas de soja resistentes a lagartas”, conta o gerente de Sanidade Vegetal
da Adapar, Renato Rezende Young Blood.

Em outubro, junto com a
Polícia Civil, a Adapar apreendeu 111 toneladas de fertilizantes NPK ilícitos
que seriam comercializados. A ação impediu perdas significativas ao setor
produtivo.

DERIVA 
Quanto ao uso de agrotóxicos, a equipe da Adapar foi capacitada para inspeção
de equipamentos de pulverização, facilitando a identificação de problemas
primários, reduzindo as derivas de agrotóxicos, que têm trazido grandes
prejuízos para a saúde humana, meio ambiente, produtores de bicho da seda,
fruticultura e apicultura.

Em 2021, com o objetivo de
aperfe
içoar a ação do Estado nesse sentido, o Grupo Gestor (instituído pela
Adapar e composto por entidades do setor privado como Faep, Ocepar, Fetaep,
além da Embrapa e Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Iapar-Emater
(IDR-Paraná) estabeleceu um redirecionamento na estratégia.

As iniciativas incluem
localização georreferenciada das propriedades com culturas sensíveis
(Sericicultura, Apicultura, Viticultura e propriedades orgânicas); cruzamento
dos dados obtidos; identificação de regiões e municípios com maior impacto;
organização de ações de orientação, capacitação, assistência técnica e
fiscalização.





































 AEN




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